Medo

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-MAT-
Acordo às 17:49, ontem cheguei muito tarde, acho que foi umas 7:30, mas fui dormir lá pelas 9:00, minha cabeça girava, estava com dor em tudo, meu corpo latejava, ontem esperimentei de tudo, o Gabriel me xingou pois eu até injetei drogas, o que é super perigoso, mas que se foda, olho ao meu redor e vejo um bilhete, deve ser da minha vó, então nem leio e o rasgo, deve ser um chingamento ou falando pra eu não sair mais, escuto algumas risadas, acho que a galera esta aí, o que é super estranho pois eles não vêm mais aqui a uns bons meses, que se foda, vou é dormir que eu ganho mais, falou.
-Bruna-
Se você está pensando que eu fiquei aqui e não fui pro Rio ajudar o meu MAT, sim, você errou, eu fui, e se eu estiver fazendo a coisa errada, que se foda, só Deus sabe o que é certo, agora eu me encontro no voo ao lado do meu irmão, não sei se o Gui está feliz, ele parece meio bravo, e eu não sei ao certo o porque, ele não disse nada, quando falei em não vim ele retrucou, falou para que eu corresse atrás do pai do meu filho, mais agora está quieto, na dele, não fala nada, e está bem nervoso, como eu sei? Ele faz movimentos circulares em seu cabelo quando está muito nervoso, eu poderia falar que é medo de avião, mais não, eu sei que não é, até porque eu tenho mais medo que ele, e olha que eu não tenho tanto medo assim, estou preocupada com a preocupação dele (sim essa frase foi confusa), já faz um bom tempo que estamos enfiadas nesse avião, já devo estar com a BUNDA quadrada, meu filho não para de se mexer, parece que ele sabe que vai ver o pai, mas o pai não sabe que vai vê-lo, nem o pai e nem ninguém, até porque eu não avisei ninguém, mentira eu não aguentei, eu avisei sim todo mundo, até minha vó, ela ficou tão feliz que chorou junto comigo, sim eu também chorei, essa gravidez me deixou muito emocionada, fico fazendo carinho na minha barriga e acabo pegando no sono, acordo com o avião vazio, nem o Gui estava ao meu lado, tá isso está muito estranho, em todas as viagens que fomos em toda minha vida ele sempre me acordou, sempre mesmo, pego minhas coisas e desço do avião, acho ele falando com alguém no telefone e quando me aproximo ele desliga, não sou dessas de perguntar eu começo meio que "investigando", pegamos um táxi e partimos pra casa da minha vó, esse cheiro de Rio de Janeiro fez com que meu filho não parece de chutar me fazendo abrir um sorriso enorme, sussurro bem baixo para que só eu e meu filho escute "estamos chegando para ver seu papai meu amo, ele é muito gato viu? E acho vai amar te ver, ou melhor saber que você existe coisinha!❤️"
Nem percebo e já estamos parados em frente aquela casa, a sacada do MAT está fechada, mas a umas garrafas de aparentemente vodka na mesinha da sacada, piso naquela calçada com o pé direito, pra dar sorte, entro lá dentro sem tocar campainha mesmo, e todos estavam lá, eles me ajudam com a bagagem, que saudade daquela turminha, ficamos ali por um bom tempo, eu sendo paparica por todos, eu e o meu duduzinho, mudando de assunto o Gui continua muito preocupado, a Lua não estava ali, falaram que ela foi em um almoço de família importante, por isso não pode vir, fiquei um pouco triste mas depois ela concerteza vem, conheço aquela peça, já são 20:49 e o MAT ainda não acordou, já cansei de esperar, subo as escadas um pouco desconfortável por conta da barrigona e pato em frente ao seu quarto, e agora? Entro ou não? Abro a porta lentamente e...
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O Trouxa Do Meu Primo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora