Ora seu...!

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Jimin não sabia ao certo como sua briga com o esposo havia começado, mas em um momento estavam assistindo um filme romântico abraçadinhos e no outro estavam jogando tudo que mais odiavam um no outro como o casal do filme fazia, porém como aquilo não era um filme fictício, muito menos romântico, a coisa complicou, e foi quando Jungkook lançou o primeiro vaso de flores em Jimin que o mesmo percebeu o que realmente acontecia na sala dos dois, mas não o parou, pelo contrário, pegou a primeira porcelana que viu pela frente e tacou no chão, descontando toda sua raiva no presente da mãe morta do mais novo.

– Você não fez isso... – segredou baixo e aproximou do Park, que percebeu a burrada que cometeu assim que viu o marido chorando de raiva no chão. – Não, você não fez isso, não fez, você não fez...

– Jungkook-ah e-eu, eu não queria, foi algo por impulso, eu já-jamais faria isso, eu estava com raiva e não pensei com razão, me perdoe. – depois de todas as ofensas trocadas disse manso, se aproximando aos poucos do mais alto com intenção de o envolver em seus braços e o confortar, mas acabou sendo surpreendido por outro ataque do moreno, dessa vez não teve como desviar, muito menos correr. Uma maçã de vidro pegou bem no meio de sua barriga, o fazendo ir ao chão em poucos segundos com a mão no lugar atingido.

– Meu pai estava certo ao me falar que eu estava fazendo a maior burrada da minha vida ao se casar com você, seu agente de segunda mão, eu te odeio, seu filho da puta! – O mais novo gritou explosivo e pronto para pegar outra fruta ao que se pôs novamente de pé, quando o marido lhe deu um chute certeiro na perna, o fazendo ir ao chão outra vez e gruir de dor. – Agora eu vou te matar!

– Ninguém me chama de agente de segunda mão e sai vivo para contar história! — Gritou com o moreno, o vendo o encarar raivoso. — Sem falar que eu nunca fui com a cara do seu pai, e só não o matei até hoje porque você iria descobrir.

— Ora seu...!

No segundo seguinte os dois agentes de forças especiais e casados a mais de cinco anos estavam de pé e prontos para saírem na porrada até a morte.

E foi quando que lembraram que na cozinha tinha duas armas calibre 32 em baixo da pia e no banheiro da sala tinha mais uma, porém era um rifle que Jimin usava em suas missões menos discretas. Não pensaram muito, Jungkook correu para a cozinha e Jimin para o banheiro, onde pegou a arma escondida e já saiu disparando em direção a cozinha, assustando o outro Park que se jogou ao chão ao ver que uma das balas havia pegado na boca da botija de gás, mas que por sorte não estourou, então rastejou até a pia e quase pegou uma das armas escondidas, entretanto fora impedido pelo marido mais uma vez com mais alguns tiros perto de seu corpo. Revoltado e um pouco frustrado com aquilo, Jungkook se jogou com tudo contra o armário e sacou a arma mais perto, atirando na direção de onde vinha as várias balas, parando assim que um zumbido interferiu sua audição por alguns breves segundos.

Jimin aproveitou aquela pequena deixa para entrar na cozinha e se encostar na pequena ilha que separava os dois, aproveitando também para colocar em sua mão o soco inglês colado de baixo do mármore, sorrindo perverso ao ouvir o mais novo gruir desgostoso do outro lado.

– Te acertei? – questionou dando uma leve espiada na situação do outro, sendo surpreendido por uma quase facada surpresa, felizmente tirou a cabeça da direção da mesma quando foi atirada com tudo para o acertar no rosto. – Parece que não.

– Seria mais fácil eu te acertar, esqueceu que eu sou melhor em pontaria?

– É, sempre amei isso em você. – recarregou a arma com o cartucho que tinha no bolso e puxou o gatilho, recuperando o fôlego enquanto se deixava vagar em seus pensamentos, esses que eram todos voltados no que mais amava no esposo, ignorando as coisas ruins do mesmo.

Até que a morte nos separeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora