Capítulo 11 - Terras neutras

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O taxista nos levou até a Broadway rapidamente, o mais interessante é que ele nos deixou bem enfrente ao escritório de Amanda Petterson, pelo jeito ela era uma pessoa bastante conhecida, e rica, levando em conta o tamanho do prédio dela.

Era um prédio de três andares com um design muito futurista. A maior parte do prédio era cromada, onde não havia metal havia vidro, eram vidraças espelhadas enormes, permitindo que só as pessoas que estivessem lá dentro vissem o que se passava do lado de fora.

Descendo do táxi eu observei enquanto Tyller pagava pelos serviços do taxista. Tyller havia trazido bastante dinheiro, possivelmente dinheiro para manter nós dois.

-Você veio preparado não é?- Perguntei quando ele apareceu ao meu lado.

-Eu pensei que fossemos precisar.

E ele havia pensado certo.

Eu não tinha dinheiro algum, somente um cartão de crédito de uma conta que, provavelmente também não tinha dinheiro. Eu não tinha pensado em como me manter na cidade grande antes de fugir e, sinceramente, não estava muito preocupada com essas coisas.

Quero dizer, pessoas sobrevivem sem nada o tempo todo, só em busca de favores e essas coisas, eu acreditava que eu poderia viver um tempo assim. Mesmo porque eu não pensava em ficar fora muito tempo, somente tempo o suficiente para entender o que estava acontecendo com o equilíbrio entre céu e inferno, quem tinha convidado o maldito dragão para entrar no Instituto e, cara, eu estava realmente realizada por ter saído daqueles portões pelo menos uma vez na vida.

Na entrada do prédio havia dois seguranças, daqueles enormes que você vê nos filmes.

Ao nos aproximarmos eles foram para frente da porta como se quisessem impedir nossa entrada.

-Preciso falar com Amanda Petterson.- Falei com uma voz decidida.

-Vocês tem hora marcada?- Pediu o maior deles, aquele cara devia tomar esteróides.

Hora marcada, quem precisava de hora marcada? Um arcanjo tinha mandado eu falar com a mulher, queriam ordem maior?

-Ela está me esperando.- Falei com a maior cara-de-pau.

Então o outro segurança puxou um celular do bolso e ligou para ela.

-Qual o seu nome garota?-

-Jennie,- Respondi firmemente. -Diga a ela que Samuel Orjacan me mandou.

O homem no mesmo instante desligou o aparelho celular.

Com os olhos arregalados ele se afastou para que eu pudesse passar pela porta.

Interessante como os dois brutamontes ficaram impressionados somente com o nome do arcanjo. Quem sabe os seres do céu impunham algum respeito mesmo na Terra.

-Quem é Samuel?- Tyller perguntou para mim enquanto entrávamos no prédio.

-Ninguém importante,- Menti. -O amigo que me disse para vir aqui.

Sem mais perguntas, percorremos o grande salão do prédio em passos longos.

Ao lado do elevador havia uma placa com a planta do prédio, dizendo onde era o escritório particular de Amanda.

Fiquei impressionada pelo brilho da placa, parecia feita em ouro, e refletia perfeitamente tudo que estivesse a sua frente como se fosse um espelho.

Dei uma olhada na minha aparência, não estava tão má quanto eu pensava, minha calça de couro parecia que recém tinha sido colocada e não que havia passado uma noite inteira em cima de sacas de carvão.

Anjos Noturnos - Asas IndomáveisNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ