o que diabos foi isso?

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Aquela voz e o que ela me disse, aquilo tudo foi muito estranho. Já era a terceira vez na semana que eu tinha aquele mesmo sonho, mas aquela voz foi novidade. Peguei o cristal e coloquei no meu bolso e logo após isso fui até a geladeira preparar meu café da manhã. Sentei em frente a tv, coloquei em um anime aleatório que estava sendo exibido, parecia antigo e não me pareceu ser muito bom, mas eu não estava ligando, só não queria ficar em meio ao silêncio durante meu café da manhã. Eu só conseguia pensar no meu sonho,"Você queria ter protegido ele não é?" Era óbvio que eu queria, não suporto ver gente indefesa sendo injustiçada, ainda mais quando é com alguém próximo a mim, "esse poder agora é seu Richard", como assim? Que poder? Aquilo me deixou perturbado.
Resolvi dar uma volta, tudo que eu não queria no momento era ficar sozinho em casa com meus pensamentos. O dia estava ensolarado, então resolvi usar uma regata para mostrar os músculos que eu não tenho. Após alguns minutos andando, parei em frente a um fliperama, não estava muito movimentado devido ao horário, mas quando as crianças saiam da escola durante a tarde, aquilo lotava. Pelo vidro eu olhava o mais novo jogo "corrida da morte", eu estava louco para pôr minhas mãos naquela máquina e zerar aquele jogo. Ainda olhando pelo vidro, reparo no reflexo do lado de fora, mas especificamente na rua, um cãozinho de aparência já idosa estava atravessando a rua enquanto dois caras em um carro pareciam estar acelerando na sua direção, só o que eu pensei foi "eles vão fazer patê de cachorro". Eu precisava fazer alguma coisa, pensei em ir para a rua e tentar fazê-los parar com o carro, mas pela cara de insano que estavam fazendo, era provável que eu fizesse parte do patê de cachorro. Não dava mais tempo para nada, o carro já estava muito próximo e o cãozinho não tinha forças pra ir mais rápido e subir na calçada, não dava pra arriscar minha vida me atirando na frente desses malucos no carro. Eu só fechei os olhos e desejei que algo salvasse o cachorro, desejei que algo o protegesse na batida e foi quando um barulho muito alto de batida me fez abrir os olhos. Os dois malucos estavam atravessados com o carro em um muro de uma casa em frente ao fliperama, e o cãozinho parecia estar inteiro, mas foquei melhor no cãozinho e uma especie de escudo vermelho estava se discipando e então rapidamente desapareceu, olhei para o meu bolso e minha pedra que parecia um cristal também estava brilhando. Eu não queria acreditar, mas era óbvio que os caras no carro haviam batido em algo e ido parar naquele muro. O dono do fliperama apareceu do meu lado em choque com a batida e chamou uma ambulância, e eu também estava em choque é claro, mas por um motivo diferente, eu não fiquei para saber se os caras estavam bem, mas para mim, se não estivessem era merecido. Aquilo havia sido demais para minha cabeça, tudo que eu vinha sentindo e tudo que eu estava passando estava sendo pesado demais. Eu definitivamente tinha pirado.

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⏰ Última atualização: Jul 31, 2018 ⏰

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As Crônicas De Richard Brenner: Os Cristais CelestesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora