Capítulo 1.

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Ana POV


E agora estou sentada no aeroporto à espera do meu avião. Agora é de vez. Já não tenho nada que me prenda aqui, não tenho razão para ficar neste inferno. Porque não fugir? Já tenho 18 anos e dinheiro suficiente para me sustentar pelo menos durante um bom bocado. Devem se estar a perguntar "E família?". Pois, eu nunca tive bem uma família. Vivi desde sempre com a minha avó porque os meus pais tinham problemas com álcool e drogas, mas isso nunca me incomodou. Para mim a minha avó era minha mãe, eu adorava-a mais que tudo, mas infelizmente ela morreu faz hoje 3 meses, 1 semana depois de eu fazer 18 anos. "E amigos? Não tens amigos?" A verdade é que nunca tive muitos amigos, mas para mim sempre foram suficientes. Tinha poucos mas bons, achava eu... Hoje vim a descobrir que afinal não tinha mesmo amigos. Eu tinha uma melhor amiga, a Beatriz, eramos amigas desde os 6 anos, inseparáveis! Até que 2 anos atrás cometi o pior erro da minha vida... Conhecer o Afonso.

*Flashback*

 

Eu e a Beatriz estavamos no meu quarto, mais felizes que nunca!

''A minha avó já está a dormir! Podemos ir!''

Olhei me uma última vez ao espelho.

''Tens a certeza que este vestido me fica bem? Não é... demais para mim... E esta maquilhagem toda... E o meu cabelo! Eu gosto, mas acho que é demais, dá muito nas vistas!''

''Oh! Deixa-te disso! Estás linda!''

Fiquei mais um bocado a olhar-me ao espelho, ainda não tinha a certeza se deveria ir assim... A Beatriz chamou-me então desviei o meu olhar para ela.

''Não te preocupes, a sério! Estás ótima, agora vamos antes que a tua avó nos ouça!''

''Sim, vamos.''

Já estávamos a caminho da discoteca. Como era perto decidimos is a pé, são cerca de 15 minutos. Estávamos a andar lado a lado quando decidi quebrar o silêncio.

''Não estás nerevosa? É a primeira vez que vamos sair de noite, vai estar lá imensa gente da nossa escola! E se algo correr mal?''

''Não vai correr nada mal! Sim, eu também estou um bocado nervosa mas... Vai tudo correr bem, acredita.''

Senti as mãos da Beatriz nas minhas costas a confortarem me, mas mesmo assim continuava a sentir me um bocado culpada... Devia ter contado à minha avó... Acho que ela nem se ia chatear por eu sair, faz parte da adolescência...

''Oh meu deus! Estamos quase a chegar! Já consigo ver a discoteca!'' Disse a Beatriz.

 

***************

 

A festa estava a ser divertida, bebi um bocado, secalhar um bocado demais mas estou bem, apenas um pouco alegre! O único problema é que já está a ficar tarde demais e não encontro a Beatriz, já lhe telefonei mas não atende. Estou a ficar preocupada. Se calhar ela está lá fora, é melhor ir lá ver.

Estava a descer as escadas que davam para o exterior e senti-me um bocado tonta, mas nada de especial. Agarrei-me ao corrimão e continuei a descer as escadas. Quando finalmente cheguei ao fim das escadas reparei que estava lá imensa gente. Meti-me no meio da confusão para ver se a encontrava. Acho que pelos vistos haviam 2 rapazes à porrada e por isso é que imensa gente estava lá a ver. Eu odeio essas coisas e mal vi um bocado de sangue na cara de um deles afastei-me, odeio sangue, eu até queria tentar pará-los mas estava lá tanta gente que se eu os tentasse parar era capaz de ser espancada por isso achei melhor afastar-me. Pelo caminho senti algumas mãos no meu rabo. Está está-se a tornar a pior noite de sempre!

Vida NovaWhere stories live. Discover now