Capítulo 12 - "Posso fazer-te companhia?"

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- Não me parece correto que confies tanto nela, bro. - Disse Ryan fazendo com que Ross pensasse mais uma vez nos factos. O que ele dizia era verdade, mas Ross confiava nela, porque nunca o tinha deixado ficar mal com o seu trabalho, nem deu qualquer dado sobre ele a alguém, sabia que podia confiar nela, mas não muito. - Lembra-te de quem é a sua melhor amiga... Lembra-te do que passou entre ti e ela, Ross... - Continuou, fazendo com que Ross se perdesse nos seus pensamentos. Foda-se, Daniela era a sua melhor amiga e talvez... - Talvez a Daniela te queira fazer algo pelo que tu lhe fizeste.

- Nunca pedi à Daniela que abortasse.

- Também era teu, Ross.

- Mas foi ela que tomou a decisão de abortar. - Disse ele, lembrando-se de tudo o que tinha feito para se aperceber de que ela estava à espera de um bebé seu, e ela nem se quer lhe disse nada, a partir desse momento eles tinham-se afastado, apenas falavam, vagamente, como amigos. Ross não confiava demasiado nela por causa da situação do bebé, mas sabia que ela não era capaz de lhe fazer nada e ela ainda continuava apaixonada por ele... Ele sabia-o. - Se ela me tivesse dito antes, eu assumia as responsabilidades. Também não acho que ela tenha mandado a melhor amiga para algo que não seja além de trabalho Ryan, para de ser pessimista, porra.

- Oh, bem, desculpe por querer que o senhor tome precauções. - Disse Ryan e bufou. - Lembra-te de que neste trabalho estamos os dois juntos e se alguma coisa te acontece, por mais pequena que seja, eu também vou ter que arcar com esse maldito problema, percebes?

- Se tanto te chateia vai-te embora e trabalha longe de mim...

- Foda-se! - Gritou cansado da porcaria que Ross se tinha tornado nos últimos dias, sabia que Ross não queria continuar com este trabalho, e por isso Ryan tentava que ele continuasse a trabalhar com ele, mas se ele quer sair... Tinha de pensar duas vezes. - Eu não me importo. - Disse num tom de voz bastante elevado. - É que não percebes, se tu corres perigo eu também corro e tudo por causa das putas que levas para a cama?

- Ouve-me bem, cabrão. - Disse Ross aproximando-se dele para que este o pudesse ouvir nitidamente. - Nem a ti, nem a ninguém interessa quem é que eu levo para a cama, percebes? Se me continuas a falar nesse tom, Ryan, vou ter que fazer algo a teu respeito.

- Pois, então faz.

Ryan deu meia volta e saiu daquele sítio. À merda Ross.

(*)

Clary deu outra volta na sua cama sem poder dormir. Estava de roupa interior e mesmo assim o calor invadia o seu corpo. Não tinha ainda conseguido dormir nas duas horas em que se encontrava ali deitada. Os seus pensamentos só andavam na ideia de que Ross e Daniela poderiam ter tido um bebé... Porque diabos a ideia lhe dava ciúmes? Ross era apenas o seu chefe... E alguém que a excitava, um homem encantador que fazia iluminar a sala em que estava.

Agh, parvoíce, palavras de uma menina de quinze anos, porra.

Mas o que é que esta acontecer?

Ela não podia apaixonar-se por ele...

Mas amava, amava a cor dos seus olhos e a forma como estes combinavam com a sua cor de pele, e oh, os seus lábios robustos e pálidos que tantas vezes os tinha beijado... E aquele cabelo loiro, suave e sedoso que ela tanto acaricia quando estão na cama.

Maldita seja! Todo ele lhe encanta, e não o pode ocultar, mas... Outra coisa é estar apaixonada por ele, e isto são puros disparates.

No meio da escuridão sentiu como a porta do seu quarto começou a abrir. Tinha jurado que tinha a trancado antes de ir deitar-se...

- Posso fazer-te companhia? - A voz de Ross soou por todo o quarto, mas parecia estranha...Tinha estado a beber e ela sabia-o, mas soou como ele tivesse andado o dia todo de mãos dadas com a bebida. Sem resposta, começou a caminhar até à cama e deteve-se junto a esta. - Ajuda-me princesa, a minha cabeça está às voltas, maltida seja. - Sim, estava bastante bêbado, não só por não conseguir subir para cima da cama sozinho mas também pela forma de como lhe chamou princesa... Maldito seja, porquê que lhe fazia isto? Ajudou-o a subir e a deitar-se com ela, quando esteve ao seu lado começou a rir lentamente. Aproximou-se dela um pouco e beijou-a, os seus lábios lentamente ao perder-se no momento. Os lábios de Ross tinham um sabor maravilhoso... Ela podia sentir o álcool como se fossem eles os dois a terem bebido juntamente com o sabor viril que ela tanto amava.

Ross pousou as mãos sobre a cintura de Clary ajudando-a a montar-se por cima dele, quando a teve assim, pôs as suas mãos no seu traseiro e apertou-a mais contra o seu corpo para que ela pudesse sentir a sua dura ereção... Algo que ela tinha conseguido provocar-lhe apenas pelos seus pensamentos...

- Estás a sentir? - Disse ele no meio do beijo que tinha terminado com a falta de ar por parte de ambos. Ela sussurrou um pequeno "mhm" ao seu ouvido, o que fez com que o pénis de Ross desse sinal de vida, aquela mulher ia ser a sua perdição, disso ele estava seguro.

Começou a subir as mãos pelas costas de Clary e pôde sentir como ela só se encontrava de roupa interior, ela apenas dormia com a roupa interior. Pôde sentir o quente que estava ao acariciá-la.

- Hoje não quero sexo contigo... Apenas dormir ao teu lado.

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