Capítulo 30 - "Se queres que o mate, vou fazê-lo"

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Ryan parou atrás de Clary logo depois de ter matado o homem que se tinha cruzado no caminho deles. Tinha disparado antes que ela pudesse dizer algo, com uma pontaria infalível no centro da sua cabeça e segundos depois o sujeito tinha caído, morto, fazendo com que aparecesse uma grande mancha de sangue no chão.

Clary olhou para Ryan que estava concentrado ainda com a pistola nas suas mãos. Deu um suspiro cause inaudível, Ryan bufou perante a sua reação e olhou-a de seguida. O seu olhar queimava Clary.

- Se não gostas de matar gente, porquê que estás neste trabalho?

- Não é fácil. - Sussurrou e continuou a andar ao ritmo de Ryan. Um homem apareceu no corredor e não teve outro remédio senão disparar-lhe no peito. O homem gemeu de dor e Clary aproximou-se dele. Continuava vivo. Disparou-lhe na cabeça e de imediato deixou de respirar. O sangue começou a escorrer. Virou-se para olhar para Ryan e os dois continuaram a caminhar de novo. - No princípio fi-lo por falta de dinheiro, afetava demasiado a nossa família, era tudo por culpa da minha mãe... Mas agora sinto que não sou capaz de deixar o Ross...

- Se ele soubesse que tu sofres por matares pessoas só para estares com ele...

- Ele nunca saberá.

Ryan assentiu com a sua cabeça. Os seus olhos abriram-se ao ver três homem juntos no corredor, de imediato agarrou fortemente na sua arma e começou a disparar contra os homens enquanto iam caindo no chão já sem vida. Apareceram mais homens vestidos de preto mas Ryan deteve-se ao ver um homem enorme diante dos seus homens. O senhor sorriu ao reconhecer Ryan.

- Com que então... A matar os meus homens de novo. - Ryan sorriu para ele como se tivesse vencido, com um orgulho notório no seu olhar. Clary ficou calada à espera da reação de Ryan. - Um grande erro da tua parte, Killer boy.

Ryan apertou a sua mandíbula. Por precaução ele segurou com precisão na sua arma que se encontrava baixa.

- Vejo que trouxestes companhia. - O homem sorriu enquanto pousava o olhar sobre Clary. Olhou-a nos olhos durante uns segundos e desviou o olhar para outro lugar. O que ela queria menos era sentir-se incomodada numa situação destas. Tinha de agir com serenidade e como se nada lhe afetasse, apesar de ser uma grande mentira, mas tinha de agir como Ryan. - És mais jeitosa do que eu pensava... Princess of the Mafia. - "Princess of the Mafia" tinha começado há poucos dias a se ouvir em todos os meios de comunicação social... Pelos vistos referia-se a ela.

O homem começou a aproximar-se de Clary com um sorriso malicioso.

- Vejo que vieste aqui pelas tuas irmãs. - O seu coração parou por instantes ao ouvir as suas palavras, logo este começou a latir violentamente no seu peito. Engoliu em seco enquanto ele a olhava. Ele riu ao ver a sua reação. De imediato ela tomou uma boa postura, nada lhe importava, nada lhe afetava. Tinha de ser forte. - És uma jovem demasiado valente, Princess...

- Não me chames isso. - Disse-lhe. Ryan de imediato olhou-a. Ele sabia que ela tinha cometido um grande erro ao ordenar-lhe algo, mas ela pouco se importava.

O homem voltou a rir e aproximou-se bastante dela até ela conseguir ouvir a sua respiração. A mão do homem levantou-se e num movimento muito ágil agarrou-a pelos cabelos, fazendo com que ela tomasse uma medida e lhe apontasse uma arma à cabeça.

- És mais valente do que eu pensava. - Sussurrou-lhe. Soltou o seu cabelo e afastou-se um pouco dela. - Segue em frente, dispara. Nem sequer vais saber onde estão as tuas irmãs antes que te desfaça os miolos em pedaços.

Voltou a sorrir enquanto ela deixava de o ameaçar com a sua arma, a sua mão voltou ao seu lugar e afrouxou a pega da sua arma.

- Porém... Ainda te afeta o amor que sentes por elas. - Clary fechou os olhos por um segundo para evitar que as lágrimas começassem a escorrer. Voltou a olhá-lo mas agora mais relaxada. - Trouxeste-me uma grande prenda. - Referiu-se a Ryan que se encontrava ao seu lado. - Trouxeste-me o que eu quero. O que eu preciso.

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