As drug

CAPÍTULO 16

     Acordei com Lola morrendo de vomitar dentro do banheiro.
    - Ta tudo bem ai?- Levantei e fui ate o banheiro para ajudar.
     - Puta ressaca do caralho, viu.- Disse Lola levantando do vaso.- Preciso de um banho e um remédio. Eu nunca mais bebo! Quer dizer, nunca mais bebo hoje.- Disse rindo e entrando no box.
     - Você é maluca sabia! Você pelomenos lembra de alguma coisa?- Disse ja fazendo minhas necessidades, eu realmente preciso de um banho, estou cheirando Antônio.
     - Lembro de tudo, acredita?
     - Não acredito.
     - Sério! Lembro até que eu não conseguia andar e alguém me trouxe pro quarto. So não lembro quem.- Ela riu.
     - Foi o Henrique sua tola, lembra de tudo mesmo viu.
     - Serio? Que vergonha!
     - Relaxa, estava todo mundo muito bêbado também, ninguém vai zoar você.
     - Ótimo! Porque pior que ressaca é só ressaca moral.
     - Exatamente! Agora anda logo que quero tomar banho.
     - Quer tirar o cheiro de sexo é? - Disse ela saindo e rindo.- Não quer dividir um pouco não? Se eu não transar eu vou explodir.
     - Que sexo? Ta doida.- Disse fingindo demência e entrando no box.
     - Você não me engana! E eu ouvir o Antônio ontem ai na porta, estava bêbada não morta.
      -O quarto dele é ai na frente, só porque ouviu a voz dele não quer dizer que transamos.
     - Boa noite, sonhe comigo.- Disse ela fazendo uma voz grossa.- Transou sim, cala a boca Camila.
     Eu apenas fiquei em silêncio, ela não conseguia subir as escadas mas podia ouvir direitinho, safada!
      Depois do banho eu vestir um vestido preto justo que deixavam minhas curvas bem acentuadas, passei uma maquiagem leve e calcei um tênis. Desci para tomar café da manhã.
     - Bom dia família e cia! - Disse chegando na cozinha e vendo que estava todos menos Anna e Felipe.
     - Fala mais baixo, demônio.- Disse Lola me dando um tapa.
      - Vemos que o humor aqui está bem varido. Bom dia minha filha.- Disse meu pai rindo e me dando um beijo na testa.
      -Preciso de um café bem forte.- Lola se levantou e saiu para fazee café.
     - Vamos? Temos muito o que fazer. - Disse minha mãe puxando meu pai e Melisa e seu marido.
     - Isso porque era uma viagem para família.- Disse ironizando.- Mal cheguei e ja vai?
     - Você acordou tarde demais, nos vemos no almoço.- Disse saindo e todos indo atrás dela.
      - Pelo visto sou a única com bom humor hoje.
      - Não, o Antônio também acordou e não calava a boca. - Disse o Henrique indo para sala.
      - Transar faz com que as pessoas sejam mais felizes, não é?- Disse Lola rindo e indo para sala também.
     Antônio se engasgou com o café, olhou para mim e desviou o olhar. Ele ainda não havia falado nada comigo, eu não acredito que era iria continuar me ignorando.
     - Calma, se não vai morrer afogado no café.
     - Engraçadinha. Contou pra Lola?
     - Ela é minha melhor amiga, eu conto tudo para ela. Mas sobre ontem eu não contei.
      - Henrique é meu melhor amigo e nem por isso eu fico falando com quem eu transo.- Disse Antônio serio.
      -Não conta porque ta transando com a irmã dele, por isso!
       Ele me olhou e pude ver o quanto tenso ele tava.
      -É.- Falou sem graça.- Mas isso não vai mais se repetir, posso garantir.
     Eu apenas olhei para ele calada, queria ouvir tudo o que ele tinha a dizer.
     -Minha amizade com Henrique vale bem mais que isso. Não vou mais arriscar.
    -Isso no caso sou eu?- Falei rígida.
    -Camila não complica, ok? Eu só...- Ele abaixou a cabeça e passou a mao sobre o rosto.- Não posso mais fazer isso, continuar mentindo para o Henrique.
    - Ok, como quiser. Sei que uma amizade vale muito mais que isso.- Disse apontando para nos dois.- Vou fazer de tudo para não atrapalhar sua linda amizade. Começando agora.- Disse saindo furiosa. Eu não sei o porque de ta assim, mas eu apenas queria sai correndo gritando.
      Continuei andando pensando nas coisas que o Antônio tinha falado e ele tava certo, a amizade dele e do Henrique é muito antiga, não vale apena acabar com isso por conta de uma transa. Mas eu realmente ia sentir falta de ter ele dentro de mim, corei com esse pensamento e logo voltei a realidade. Percebi que ja estava na praia, então resolvir deitar um pouco na areia e termina de organizar meu pensamentos.
***
     - Camila onde você estava? Eu quase morri do coração, quase liguei para polícia. - Disse minha mãe desesperada me dando beijos e tapas.
     - Desculpa, estava na praia.
     -Já são quase 18h e você vem me falar que estava na praia? Desde de cedo? Seu irmão me disse que você saiu logo depois da gente.
     - Estava na praia, almoçei por la mesmo e depois acabei dormindo. Me desculpa por não ter avisado e ter esquecido de levar o celular. Me desculpa mesmo mãe.
    - Tudo bem, mas da proxima vez avisa, ta? Estavamos todos preocupados. Inclusive o Antônio ate saiu para te procurar, logo ele deve voltar. Quando voltar vamos sai para jantar, ok?
     - Vou recusar o jantar, não estou me sentindo muito bem, amanhã saimos, tudo bem?
     - Ta bom então. Vá descansar.- Ela deu um beijo em minha cabeça e sorriu.- Amo você minha filha.
    - Também amo você, Dona Martha.
    Fui para meu quarto e entrei para tomar um banho, deixei a água cair sobre meu corpo enquanto eu pensanva sobre Antônio ter ido me provurar, deve ser culpa, porque eu sai justamente depois daquele conversa, bem, ele não precisava sentir culpa, eu precisava de um tempo eu e eu. Essa viagem está me fazendo vira uma outra pessoa e eu não estou gostando nada disso. Sai do banho e vestir um camisetao, joguei na cama e peguei meu celular que estava desligado, esse celular está uma merda, credo. Coloquei para carregar e tinha algumas mensagens.
Mensagem on*
Lola Campos: Fui dar uma voltinha, se precisar me liga!