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Mt

Terminei meu corre bolado já! Léo tinha mandado mensagem dizendo que queria bater um lero comigo mas nem rendi, hoje eu nem tava com cabeça. Fui pro barraco e quando bati as mãos no bolso que ainda tinha os bagulhos que eu tomei da mãos dos noiados que não pagaram nada. Joguei aquela porra em cima da cama e fui até o guarda-roupa pegando uma cueca e uma bermuda e logo depois caminhei pro banheiro assim que sai já dei de cara com Luna olhando as paradas mas nem tocou não.

MT : Para de olhar isso. - Digo pegando e colocando dentro da gaveta.

Luna : Papai...Eu posso sair com a minha mãe? - Respirei fundo e olhei para a mesma. - Vai, deixa.

MT : E pra onde tu vai?

Luna : Pro parque, ué. - Disse dando ombros. Peguei meu celular e já vi que marcava cinco e meia.

Mt : Que parque tarde é esse Luna? Não! Vai não. Se quiser no máximo vai ali na esquina e come uma pizza e volta. - Ela cruzou os braços e fechou o semblante.

Luna : Você é muito chato!

MT : Tu vem com deboche pro meu lado que eu te quebro todinha. Me testa, Luna.

Olhei pra mesma incrédulo com aquilo e já catei o chinelo. Nunca fui de bater, tá ligado? Mas se for pra corrigir eu bato mesmo, tem essa não.

Ela arregalou os olhos e assentiu rapidamente descruzando os braços.

MT : Só por causa do teu deboche, tu vai ficar em casa. Cadê a dona que te olha ?

Luna : Minha mãe disse que ela podia ir embora.

MT : Ala, essa mulher acha que manda aqui né? Aí, tu não vai mais pra lugar nenhum, pode trocar de roupa que tu vai ficar aqui comigo.

Luna : Mas eu não quero!

Sabrina : Deixa a menina, MT. Eu não vou sequestrar ela. - Disse me fazendo erguer a sobrancelha.

Mt : Aí, Sabrina. Já disse! Hoje não. Agora caça teu rumo.

Sabrina : Tá me expulsando?

Mt : Nunca te dei essa moral.

Luna : Eu pensei que vocês estavam se acertando...Mamãe me disse.

MT : Acertando? - Caminhei em direção de Luna que deu um passo para trás e segurei seu braço. - Já tá na hora de tu saber que eu e a sua mãe não temos mais nada, pô.

Sabrina : Não precisa de falar isso com ela, Mt. Ela vai entender.

Mt : Já passou da hora. - Disse me levantando a indo em direção de Sabrina. - Agora rala, porque pisar no meu barraco já é demais.

Luna : Eu vou com ela.

Mt : Se tu que ir vai! Mas to passando lá pra te pegar e não vem fazendo charme não. - Ela assentiu. Sabrina nem rendeu mais nada não, logo saiu atrás de Luna. Fechei a porta e me sentei na cama passando a mão no rosto.

Fico vendo a merda que eu fiz na minha vida, claro que não me arrependo de Luna, jamais! Mas quando Sabrina me deixou com Luna recém nascida eu desviei todinho. Não tinha o apoio da minha mãe, perdi meu emprego e tava achando que eu estava perdido. Até eu encontrar Guilherme, cara me ajudou pra caramba sou grato a ele e o LN. Reconheço tudo! Passo a mão no rosto e abro a gaveta pegando um pino e fazendo uma carreira. Nunca fui de usar drogas mas eu tava tão bolado que nem tava pensando. O momento todo só vinha Rafaela e Luna na minha cabeça, tá ligado! Puxei tudo com uma nota e deitei na cama fitando o teto.

Sabrina: Matheus ? - Fiquei calado. - Eu sei que eu errei mas eu quero arrumar tudo e eu sei que vamos até porque temos uma filha.

MT : Filho não segura ninguém. E se liga, vou ter outro. - Ela ficou em silêncio por algum tempo.

Sabrina : Você é muito bobo! Acha mesmo que é seu? Rafaela só tem carinha de boba mesmo. - Já levantei no pulo e já catei a mesma pelo pescoço. - Matheus...:

MT : Não fala da minha mulher, tá me ouvindo? Eu sei ser ruim quando eu quero. - Digo vendo a mesma se debater enquanto eu apertava. Quando eu vi a burrada que eu tava fazendo eu soltei, nunca levantei mão pra mulher nenhuma e agora olha só. - Mete o pé daqui!

sem pensar muito e sai de casa, quando percebi já estava na casa de Rafaela. A mãe dela me viu e já deu um sorriso.

MT : licença, dona. Tenho que bater um lero com a tua filha. Tem como?

Fátima : Ela ainda não chegou mas se quiser esperar ela no quarto...Eu vou sair mas qualquer coisa me liga. - Assenti. Subi as escadas correndo e entrei no quarto fechando a porta. Me sentei na cama e fiquei ali mó tempo até a porta se abrir.

Rafaela : O que você tá fazendo aqui?

MT : Eu quero saber do meu filho! - Disse fazendo a mesma arregalar os olhos.

Rafaela : Hoje não, Mt. Por favor!

MT : Vai ser agora Rafaela.

Rafaela : Você bebeu?

MT : Eu não. - Disse fazendo a mesma me olhar com dúvida e logo um semblante de decepção veio átona. - Vai ficar me olhando assim? Se liga! Já to acostumado.

Rafaela : Drogas não são a saída de problemas, Matheus.

MT : Não te perguntei. Meu papo contigo é outro. - Ela respirou fundo e caminhou em minha direção e pegou em minha mão levando em direção a sua barriga.

Rafaela : É o nosso filho, Matheus. - Disse baixo. Senti suas lágrimas molharem meus braços e eu logo a abracei pela cintura. Rafaela me fez deitar e ficou ali na maior paciência conversando comigo até o efeito passar e Namoral, foi um tempão. Quando senti sua respiração calma beijei sua cabeça e fechei os olhos tentando dormir.

Emilly

Assim que voltamos pro morro já desci na entrada enquanto Larissa, Helena e Rafaela subiam. Larissa e Helena já estavam até marcando de pegar as meninas no próximo baile já que sabiam que seria única forma delas aparecem por aqui.
Avistei Tuco se aproximando e logo lancei um sorriso, Tuco era de boa. Eu até que gostava da companhia dele.

Tuco : Tá no poder né. - Disse rindo.

Emilly : Quem me dera, mas ainda tenho chances. Quem sabe!

Tuco : E pode! - Nego. Virei o rosto e logo vi Guilherme nos encarando. Mó cara fechada enquanto se aproximava, ele passou por nós esbarrando mesmo. - Qual é Guilherme?

Emilly : Deixa ele, Tuco. - Disse enquanto via o mesmo se afastar.

Tuco : Que nada! Esse comédia. - Falou um pouco mais alto fazendo Ele escutar. O mesmo parou de andar e logo voltou com tudo.

Guilherme: Fala de novo, seu merda.

Tuco : Foi isso que tu escutou mesmo! Tá achando que todo mundo tem medo de você? Aí, Guilherme vai tomar no meio do seu Cú. - Guilherme tentou ir pra cima mas logo Laranja apareceu puxando Tuco.

Guilherme: Tá querendo aparecer é? Adora fazer graça na frente de mulher. Nunca vi.

Tuco : Admite teu merda que tu tá doido querendo também. E quando eu comer eu falo pra você como é. - Olhei para o mesmo incrédula mas logo fiquei sem reação. Não esperava aquilo.

Eu nem sei o que deu no Guilherme. Ele conseguiu empurrar Laranja e já foi no soco em Tuco. O cara nem aguentou não, claro que bateu mas Guilherme tava no ódio que foi batendo no cara que tava quase desmaiando.

Laranja : Tu vai matar ele, Guilherme. - Disse puxando o mesmo mas nada.

Emilly : Guilherme....Para por favor. - Disse puxando o mesmo. Ele me olhou e logo ficou em pé em minha frente. Segurei seu rosto e fiz o mesmo me encarar. - Acalma, não vale a pena.

Guilherme : Bora! - Disse me pegando pelo braço e me puxando. Olhei para trás e vi alguns vapores correndo em direção de Tuco.

A FielOnde as histórias ganham vida. Descobre agora