Continuação do livro: Rendido ao amor
O passado nunca foi esquecido sob o juramento de vingança obsessiva. E quando uma série de acontecimentos trágicos assolam a cidade, o novo delegado é inserido no caso.
Paulo Maldonaro decide investigar à fundo...
Bom, às vezes a vida é dura, mas eu tenho muita coisa para agradecer. Willian P. Young
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
- Tem certeza? - Respirei fundo quando Aaron perguntou pela vigésima vez. Sim, contei. Tamanha insistência me deixou um pouco irritado mas não muito devido aos pensamentos que permeavam na minha cabeça.
Minha mãe ainda estava em estado de choque. Meu pai tirou alguns dias para cuidar dela. Todo esse redemoinho me fez sentir algo que eu nunca quis alimentar. Ódio. Ódio pelos Corvos. Ódio pelo tal Torres que nem faço ideia de quem seja.
- Ei, respire fundo. - Disse ele batendo de leve no meu ombro. - Você me disse uma vez que nada acontece sem a permissão de Deus.
Lentamente desfiz a cara azeda.
- Tem razão. Eu só...quero que isso termine logo.
- E vai. Mas não vale a pena se colocar em perigo. Estamos todos juntos nessa.
Simplesmente aceno com a cabeça, observando as equipes correrem para seus respectivos veículos. Então, é isso. Uma guerra aonde ou você mata ou morre. Não quero que ninguém morra, mas que sejam punidos pelos crimes cometidos.
- Vamos! Vamos! - Ouço uns gritando com os outros.
Sigo em direção aos meus amigos. Oro para que Deus nos proteja e que esteja também protegendo aqueles que amo. Durante o trajeto mantenho meus pensamentos em ordem sem responder muito aos meus companheiros.
Penso no plano que eles acharam loucura mas não contestaram mais diante da minha decisão.
- Estou com um péssimo pressentimento. - Murmurou Lorenzo pela quinta vez.
- Mais alguém precisa entrar lá com você. - Concordou Aaron.
- Pelo menos dessa vez, sigam o plano. - Respirei fundo. Estava exausto, pois, minha mãe acordou no meio da noite desesperada. Tivemos que sedá-la novamente. Clarice e Jacqueline foram vê-la mas ela mantinha-se em estado letárgico.
Meus irmãos precisam estar vivos! E eu preciso descobrir o verdadeiro motivo do tal Torres ter me escolhido como alvo.
- Ao menos, dispare um tiro antes deles agirem. - Sugeriu Lorenzo, me passando a arma.
- Com certeza vão me revistar. - Expliquei. - Me dêem quinze minutos.
- Acha que vão mantê-lo vivo durante esse tempo? São mafiosos.
