Capítulo II- Alec McBright...

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Alec McBright, um jovem médico muito determinado, otimista e cordial. Vindo de uma família tradicional mas sem muitas posses estudou e formou-se graças à ajuda de seu tio, um homem com um coração muito amoroso que por amá-lo como a um filho custeou-lhe a educação. Formou-se muito jovem, pois vivia apenas para os estudos.


Seu maior desejo era dar uma vida melhor a seus pais que o amavam incondicionalmente, tanto por ser único como por ser um bom filho, obediente e carinhoso. Seu tio já havia recomendado diversas vezes que ele escolhesse uma boa moça e a tornasse sua esposa, prometendo-lhe que se assim o fizesse o tornaria seu herdeiro universal pois temia uma morte repentina que deixasse seu querido sobrinho desamparado. Contudo, Alec era obstinado e queria alcançar êxito por seus próprios méritos.


Para tanto, dedicava todo o seu tempo extra a estudos mais específicos e aprofundados de diversos tipos de enfermidades e seus tratamentos nos seus grossos livros de medicina, também mantinha contato permanente com vários médicos que haviam sido seus antigos colegas e professores na época da faculdade.



Possuidor de um espírito sensível, alegre e calmo cultivava um intenso sentimento por sua profissão, amava a música e também a literatura apesar de não lhe restar tempo suficiente para praticá-las. Algumas vezes sua presença era requerida tarde da noite, cedo pela manhã ou mesmo durante a madrugada, por esse motivo ele não tinha hora certa para dormir ou acordar, apesar de geralmente, acordar muito cedo.


Mesmo com esses inconvenientes considerava-se um homem feliz mas não completamente, sentia-se um tanto solitário, seus pais moravam numa cidadezinha do interior, seu querido tio, benfeitor e único parente, além dos pais, também residia longe no litoral. Sua únicas companhias eram seu cocheiro Gregory e sua cozinheira Eleonor, os dois trabalhavam para ele desde o término da faculdade quando regressara de Oxford e se estabelecera em Londres. Alec sentia muita saudades dos pais e do tio pois era muito apegado à família.



Certo dia, recebeu o convite de seu tio para visitá-lo o que aceitou prontamente mas não sem antes pedir a um colega que atendesse seus pacientes mais necessitados de atenção. E assim seguiu viagem muito feliz e ansioso para ver seu amado tio e depois tinha intenção de visitar também os pais.


Durante a visita descobrira que seu tio o mandara chamar em mais uma tentativa de fazê-lo atender a seu pedido em relação ao casamento. Alec sentia-se pressionado, apesar de amar e agradecer muito ao tio detestava ser obrigado a ouvir como deveria conduzir sua vida.


Sr. Thomas McBright, irmão mais velho do pai de Alec prosperou depois de receber a herança do falecido pai Arthur McBright que fora dividida igualmente entre os três irmãos Thomas, Arthur e Albert. Durante sua vida inteira Thomas fora sempre um homem muito sério e honesto.
Administrou seus bens de maneira tão correta e eficiente que passado algum tempo havia multiplicado grandemente seus bens até gerar uma pequena fortuna que com o tempo elevou-se ainda mais. Por volta dos 40 anos casou-se com Janine Toreau uma francesa muito bonita apesar de não ser mais tão jovem. Ela era uma mulher muito alegre, descontraída, elegante, amável e generosa. Na ocasião do nascimento de Alec Janine ficara felicíssima, quase como se fora a própria mãe do menino. Os dois casais moravam muito próximos o que só mudou apenas com o falecimento de Janine 15 anos depois; nunca tivera nenhum filho deixando Thomas sozinho e sem herdeiros. Arthur McBright, irmão do meio fora sempre irresponsável e aventureiro, depois de receber a herança do pai entregou-se ao alcoolismo e a jogatina. Perdendo todos os seus bens e falecendo logo depois.

Albert o pai de Alec era bastante centrado, também muito honesto e corajoso mas não possuía o mesmo talento para os negócios que o irmão mais velho. Por sorte também nem a insensatez do irmão do meio. Sua herança servira-lhe muito bem para proporcionar-lhe um certo conforto mas não o bastante para fazê -lo expressivamente rico. Vivia no campo com sua esposa senhora Amélia McBright, senhora muito gentil e atenciosa. Sempre fora uma boa mãe lamentava muito a distância em que moravam do único e amado filho mas entendia que era o melhor para o futuro do rapaz.

Alec e Thomas eram muito semelhantes no modo de pensar e agir. Os dois eram íntegros, sensatos, perseverantes e gentis. Possuíam uma personalidade forte e uma presença marcante. Sabiam como impor suas opiniões de maneira, ao mesmo tempo tanto eloquente quanto agradável . Por isso eram respeitados onde quer que fossem. Os dois cavalheiros tiverem um pequeno desentendimento por causa da insistência do tio em relação ao casamento do rapaz. Alec passou uma noite mal dormida e por isso saiu muito cedo para caminhar pelos arredores da propriedade.

Enquanto caminhava pensando em uma forma de fazer Thomas entender que ele não poderia simplesmente casar-se para satisfação de sua vontade, Alec ao lembrar-se de sua tia Janine percebeu que estava agindo erroneamente, que poderia conversar com o tio para que este entendesse a decisão dele casar-se por amor assim como tio fizera no passado. Ao pensar neste argumento o rapaz decidiu-se a retornar a casa e terminar logo com a tensão entre os dois. Mas eis que surge uma grande surpresa...

Ao aproximar-se da praia que ficava bem perto de onde se localizava a casa do seu tio Alec vislumbrou uma bela moça a uma certa distância, admirou-a caminhar graciosamente em direção as ondas, permaneceu paralisado e viu-a a observar a imensidão do oceano, tentou chegar mais perto e pôde vê-la cerrar os olhos, respirar profundamente e logo depois estender os braços como a bailar em meio a brisa e as ondas que ao quebrar molhavam seus pés descalços. Sorriu ao pensar que a maioria das damas da sociedade não andavam desacompanhadas muito menos tão cedo e pior ainda sem sapatos. E apesar dos modos descontraídos via-se pelos seus trajes que ela era sem dúvidas uma dama. Pois estava bem vestida apesar da roupa ser simples o que vinha bem a calhar porquê afinal estavam numa praia e não num salão de bailes.
Olhou-a à distância durante longos minutos, desejou conversar com ela, ouvir-lhe a voz, saber seu nome. Deteve-se ao observar sua expressão pensativa e distante, era algo meio que envolvente, apaixonante. Aquela visão o intrigou profundamente.


Ao vê-la afastar-se não conseguiu esboçar nenhuma reação pois ficou paralisado com a beleza estonteante de sua silhueta em contraste com os raio solares, com seus longos cabelos soltos pelo ar... Tão linda! Com seu rosto angelical, os olhos mais lindos que Alec vislumbrou em toda a sua vida. Julgou-se louco pois só poderia tratar-se de um delírio, uma ilusão, uma miragem...ela deveria ser fruto de sua imaginação. Ela desapareceu tão depressa que não havia outra possibilidade. Alec ficou realmente encantado!

Após seu retorno à casa fez as pazes com seu tio, ambos concordaram em dar uma trégua a aproveitar a companhia um do outro. Alec ficou tão impressionado que por pouco não interrogou o tio a respeito da jovem dama que não saía de sua mente mas conteve-se ao lembrar que se fizesse o mínimo comentário desencadearia uma reação nada desejada por ele. Certamente mesmo que não conhecesse a moça o tio moveria céus e terra para descobrir de quem se tratava e acertaria o casamento o mais depressa possível. Portanto, Alec achou por bem não envolver ninguém em um assunto particular seu.
Seguiu-se o dia e a noite e Alec novamente não conseguiu dormir bem, mas desta vez fora por conta da lembrança constante e da imagem da bela moça que ele apelidara de ninfa, pois só poderia tratar-se de uma criatura mitológica.

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Olá pessoal!
É isso aí, há dias eu tento terminar esse capítulo mas como estava difícil demais eu o dividi em dois e a continuação ainda está inacabada por isso não tenho certeza de quando postarei. Mas a boa notícia é que será em breve. Torçam para que eu termine logo.
Este capítulo é inteiramente dedicado a todos que estão acompanhando a história e em especial a minha querida Mariana Souza( Promessa é dívida! E eu cumpro as minhas! Kkkk).
P.S. Perdão pelos eventuais erros cometidos, caso os percebam me relatem para que eu possa corrigir.
Até breve!!!

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