VIII - Blame

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Todos nós temos coisas das quais... Nos arrependemos. Coisas que nos torturam e nos fazem sentir culpa. Eu estou me sentindo culpada! Culpada por não ter estado com eles em um momento desses! Infelizmente eu perdi um grande amigo e pai, e uma irmã que cresceu e conviveu comigo. Que sejamos todos gratos pelas presenças marcantes de Amanda e Michael em nossas vidas. - Diz Tina no funeral de Amanda e Michael em Dallake. Ela sai chorando enquanto é aplaudida pelos amigos, parentes e conhecidos dos dois.

Já faziam quatro dias desde que tudo aconteceu. Até hoje Tina ainda não entendeu o porque das mortes brutais e  repentinas. Mas ela sabia que tinha sido o Rake.

Rose também estava presente no local. Sentada obervando as pessoas chorarem e irem até os caixões que estavam fechados, a escritora começa a ter lembranças que a deixavam mal.

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Atualmente
Manicômio Willbrook

Rose fica calada. Zara e Christina estranham o comportamento dela.

— Rose? Está... Tudo bem? - Questiona Christina.

— Sim, está... É que... Eu lembrei de uma coisa que me deixa um pouco... Triste. - Responde Rose. — Zara... Pode pedir para alguém trazer um pouco de água? Estou com sede.

— Claro... Só um minuto. - Zara se retira.

— Você... Já fez algo que se arrepende? - Rose dirige a pergunta a Christina.

— Muita coisa. Se eu pudesse voltar no tempo e mudar tudo o que quisesse... - Christina faz uma pausa para observar Rose. — Mas... Porque a pergunta?

— É que... Eu lembrei de uma coisa horrível... Eu me arrependo até hoje por não saber lidar com isso de uma forma... Que não me machuque. - Rose começa a balançar as pernas.

— O que você fez? - Christina fica curiosa.

— Eu... Matei uma pessoa. - Rose diz e Christina fica surpresa.

As duas ficam apenas se olhando.

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2005
New York
Igreja Presbiteriana de Willbrook

Jane acaba de chegar a igreja que pertence a Silas McLour. Ela precisava conversar com o pastor.

— Com licença... Eu gostaria de falar com o pastor Silas. - Pede a mãe de Rose gentilmente a uma senhora que arrumava vasos com flores artificiais.

— Ah, claro... Meu nome é Margareth, se precisar de mais alguma coisa. - Elas sorriem.

— Obrigada... E o meu é Jane. - Após a senhora sair, Jane observa que a igreja possuia uma decoração super simples. Nada de cruzes, nem imagens, absolutamente nada. Apenas alguns dos vasos com flores contribuíam para deixar o lugar... Amigável.

Após alguns minutos, a irmã Margareth vinha acompanhada de Silas.

— Jane... Que surpresa você aqui! - Silas estava simpático, porém em nenhum momento sorriu ou abraçou Jane.

— Olá, pastor. Eu vim porque precisamos conversar sobre Rose. - Dizendo isso, Jane deixa Silas um pouco confuso.

— Aconteceu algo com ela? Desde aquele dia? - Questiona ele.

The RakeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora