— Ok... Eu vou sozinha então. - Rose diz, suspirando.

— Não prefere deixar pra depois que eu terminar de limpar a dispensa? - Sugere Chris.

— Preciso espairecer... Eu vou sozinha agora e vamos novamente juntos outra hora. - Ela se levanta e beija Chris.

— Não vai tomar café? - Questiona o marido.

— Sim. Por favor coloque um pouco em uma xícara e deixe pão e manteiga pra que eu possa tomar café depois que trocar a minha roupa. - Responde a mãe de Justin e Mariana subindo as escadas.

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Alguns minutos depois, Rose está indo em direção ao seu Audi A3, enquanto Mariana e Justin exploravam o quintal. Era grande e espaçoso, e o grande lago que ficava atrás da casa unia uma parte de Strangersood e outra margem que era menos habitada do que a cidade em si.

— Prometa que não vai demorar... E... Não se esqueça de comprar os itens da lista. - Por um momento Rose se viu no lugar de Chris quando eles moravam em Nova York, antes de se mudarem para Strangersood.

— Está bem, senhora Rose Duvell Lavigne. Vem cá, desde quando eu sou você na relação? - Questiona Rose em tom de brincadeira, fazendo o marido rir.

Rose veste um casaco de pano (ela adora casacos de pano finos) azul claro, com uma blusa de alças de cor branca. Ela usa calça jeans e uma sandália simples.

Christopher se aproxima da esposa e lhe dá um beijo. Ela suspira.

— Chris... Me desculpe por ontem. Nós fizemos aniversário de casamento e eu nem pude comemorar da forma que você queria. A viagem foi longa, nós estávamos cansados e... - O marido amoroso interrompe a arrependida esposa.

— Fique tranquila. Eu entendo perfeitamente. Só me prometa que vamos comemorar mais vezes. A de ontem valeu. Apesar de não ser tão boa quanto a de 2001. - Eles se beijam mais um pouco.

— Vou trazer vinho tinto. Devemos passar um tempo sozinhos para compensar. E nem pense em dizer não. - Ela sorri e entra no carro.

Dando a partida, Rose sai rumo a cidade. Mas antes de sair da rua em que morava, que por sinal não era asfaltada e sim um caminho de terra, ela sentia algo estranho quando olhava para o espantalho que ficava no milharal da casa vizinha. Desde que chegou, Rose sentiu algo estranho vindo daquela casa. Curiosa do jeito que era, ela logo iria criar laços com a família que morava ali.

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Após escolher um lugar seguro para deixar o carro, uma calma e desapressada Rose deixava o veículo. Ela fez bem em vir de casaco. Apesar de ser onze da manhã e o Sol estar em destaque contrastando a paisagem do centro de Strangersood com o clima nublado, ventava frio.

A esposa de Christopher caminhava devagar pelo local. Havia uma praça central. Crianças andavam de bicicleta, casais conversavam sentados nos bancos, idosos jogavam dama... Tudo era muito calmo e típico das cidades interioranas.

Ademais, formavam o centro de Strangersood ainda o hospital Grace Vingren, um supermercado, a delegacia geral, onde as viaturas estavam paradas e alguns policiais rondavam a pé na praça, além de mais algumas lojas, mercearias e locais como salões de beleza e bares. E claro, haviam muitas residências de todos os tipos.

The RakeWhere stories live. Discover now