- pera aí, seu cabelo não era vermelho?
Quando o Bernardo saiu do carro, de primeira eu não o reconhei por causado do cabelo azul marinho dele, sim, o cabelo dele estava azul. Levei exatamente cinco segundos pra entender que ele não era mais russo.
- era. Mas todo ano, cor nova de cabelo, Gostou?
- acho que sim. Realçou um pouco a cor dos seus olhos - digo ajeitando a mochila nas minhas costas.
Ele era maluco só pode, mas confesso que essa nova cor - azul combinou perfeitamente com ele. Seus olhos , a cor do céu e do mar tudo estaria em sincronia com seu cabelo. Olhando pra Bernardo vi que ele tinha coragem, independente de tudo era ele quem decedia sobre si.- e a Júlia, ela vem? - ele pergunta, mechendo sem parar no cabelo.
- não, vamos encontrar ela no colégio, você sabe como a Júlia é. Primeiro dia de aula a Rainha tem que ser importante. - digo
- sei bem como é, minha amiga detesta primeiro dia de aula. Aonde já se viu alguém odiar o primeiro dia de aula é onde tudo acontece - Bernardo para de mecher no cabelo e entra no carro.
- não é? - digo também entrando no carro - é no primeiro dia de aula que o poder é divido, alunos populares vs alunos novos , e nada tão populares. É a faculdade as melhores festas sempre são dá faculdade.
Bernardo liga o carro e olha pra minha cara um pouco assustado, essa parte minha ele não conhecia. Bernardo é um caso estranho na minha vida, não somos melhores amigos. na verdade nossa amizade começou pelo simples fato de que vamos estudar no mesmo local , embora eu o conheça tenha quase um ano.
- ele ri e acelera.
Leva dez minutos até a faculdade. Um caminho silencioso e fresco. Bernardo não fala nada e também não toca em assunto nenhum E quando olho pra ele a primeira coisa que vejo : é seu cabelo.
- tá olhando o que? - ele já sabe a resposta.
- Azul haha - ele revira os olhos, mas sorri.
- chegamos
- isso vai durar quanto tempo mesmo? - pergunto fazendo carinha de choro.
- cinco longos anos. É a faculdade Alan , passa voando.
Bernardo e eu saímos do carro e observamos um pouco surpreso aquele imenso prédio. Diferente do que é visto na TV, a faculdade não tinha nada de bonito era uma construção qualquer de qualquer cidade que você possa entrar, a diferença é que os alunos pareciam ter sido multiplicados... Alguns acabaram de chegar assim como eu e Bernardo, outros já estava aqui. Alguns sozinhos outros com seus grupos de amigos. Embora, seja um pouco misturado a grande maioria eram pessoas brancas, uns deslocados, outros presos nos seus próprios mundos, outros alunos perdidos ( assim como eu e Bernardo) por ser o primeiro dia de aula e enfim é a faculdade, em menos de uma semana, todo mundo vai conhecer todo mundo.
Me desligo dos meus pensamentos quando olho pro lado e vejo o carro da Júlia, uma BMW x1 preta. Ela para ao lado do carro do Bernardo e sai do carro nos procurando com aqueles lindos olhos azuis. Uma coisa que eu aprendi é que não dá pra ficar tanto tempo de mal com a Júlia, aqueles olhos delas não deixam.
- Alan! - ela diz mechendo na sua bolsa marrom e ajeitando seus óculos pretos. Ela usa calça jeans rasgada nas pernas e uma blusa branca um pouco caída.
- Júlia- digo pra ela e estico meus dois braços para um abraço. Seu corpo é quente e cheiroso. Cheiro de hortelã.
Ela me solta e olha pra Bernardo, seus olhos se arregalam se arregalam e sua boca abre e fecha mas não forma palavra. Conheço bem essa reação, tbm já fiquei assim.
- azul? - eu começo a ri e Bernardo revira os olhos. " É meu irmão, Azul! "
- affs, é só uma cor - ele fala e sai andando.
Julia olha pra minha cara e começa a rir - o cabelo dele está azul? - ela me pergunta esticando a mão. Eu faço que sim com a cabeça e dou a mão pra ela e juntos vamos atrás de um Bernardo azul e bravo...
@#$
Entramos os três juntos e uma multidão de pessoas também entra com a gente. Bernardo está com a cabeça esticada. Acho que ele ainda está meio bravo por causa do cabelo. Julia também está com a cabeça erguida lá pró alto ainda segurando minha mão, só eu que ainda não estou muito confiante nesse ano.
- pois é, pra onde vamos agora? - Júlia deixa a questão a no ar. Nem eu e nem Bernardo sabemos a resposta. .mas, ela é logo respondido quando um menino de pele escura se aproxima da gente com alguns papéis nas mãos.
- oi! - ele diz sorrindo. Ele tem um sorriso bonito- me chamo Sam, o espetor pediu- me pra ajudar vocês a se encontrarem por aqui.
- Alan? Ele apontou pra mim com um papel esticado. Assenti com a cabeça. - Júlia, né? Ela responde que sim.
Quando Sam vai entregar o papel do Bernardo sua expressão é de pura surpresa.
- azul?.. desculpa, Bernardo? - eu e Julia começamos a ri o primeiro dia proporcionando altas piadas.
Bernardo pega o papel dá mão dele furioso e sai and apressado.
- sim, é azul e o que é que tem? É só uma cor - Sam se murcha todinho e seus olhos brilham com lágrimas querendo rolar.
- desculpa, eu não sabia.
Julia olha pra mim e rimos, nos dois passamos por sam e damos tapinha nas suas costas.
- não liga não. Foi a pergunta do dia.
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Sexo a Três 2: A necessidade da verdade
Teen FictionNossos amigos amigos estão de volta, ou quase todos. Nessa segunda fase, Alan, terá que aprender a lidar com algumas verdades pra poder ser o que ele sempre tentou esconder: o mocinho ou o vilão dá sua própria história