No mar o céu é violeta

57 1 1
                                    




Então ele pegou em minha mão e disse: Veja! Mas por que eu me afastei? Por que meu olhar se desvencilhava? Era uma cegueira ou um descontrole? 

A minha nova ambição e meu novo desejo, mas isto não era o que tinha na minha frente. Eu apontava para o vazio e gritava: crie! Por que você fechou os olhos assim de repente?

Procuro um cheiro para me embebedar do perfume. Uma terra que posso levar as poeiras para casa quando tirar os sapatos. Rochas como montanhas e não como escadas. Um mar para ser violento contra o cais, nervoso contra madeira e descanso. A areia morrendo como sal na peneira. 

Olhos que permanecem abertos quando a luz se foi. O meu foi feito para refletir o brilho das estrelas mas elas não aparecem: há naves ocupando os assentos delas e nuvens se amontoam enciumadas pela altura que não alcançam.

Futura Memória da ExistênciaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora