Rediscovering me

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Assim que acordei, sai do hotel e parti em direção ao mercado, para comprar algo para comer. Pego uma banana, um sanduíche natural e um suco de lata. Entro no carro e vou comendo, até chegar em casa. Pego as chaves e abro a porta principal da casa, logo, entrando pela sala. Dou o rumo à cozinha, dando bom dia aparentemente às paredes.

— Louis? Está ai? — pergunto.

— Papai — ouço minha menina me chamar — Papai, já chegou?

Vou até seu quarto e a vejo encolhida, com medo. Coloco sua cabeça em meu colo, acariciando seu rosto.

— Oi, minha filha. O que houve, querida? — a indago.

— O Louis... Ele foi me buscar na casa da Meghan, me deixou em casa e disse que ia ao mercado, que logo voltaria, mas até agora não voltou — minha pequena diz.

— Tomou café da manha hoje, filhota? — a indago rapidamente, e como imaginava, a resposta foi não — Por uns dias você não precisará ir na aula, pelo menos até as coisas com seu pai se resolverem, ok querida?

— Ok.

— Agora, o que quer comer? — pergunto a ela.

— Biscoito com leite — me responde.

— Tudo bem. Vamos a cozinha?

Desde quando saímos do quarto, em silêncio, fiquei pensando em qual lugar Louis havia se metido. Ele não pode sumir e deixar July, que por mais que tenha 13 anos, é muito ligada à nós. Louis antes de termos July se metia em alguns becos e casas de amigos quando brigavámos feio, ou ficávamos sem se falar.

Zayn.

Foi o nome que me veio a cabeça quando comecei a pensar os lugares em que mais ia, quando brigávamos. Zayn é amigo de longa data de Louis, por isso quase sempre ele ia à Zayn pra beber até não aguentarem pegar uma caneta.

— July, você tem uma festa agora de tarde, não é mesmo? — July acente, de leve.

— Mas Louis não deixou, papai. — ela me conta.

— Tudo bem, depois eu resolvo isso com seu pai. Vamos lá, hoje você pode ir e voltar a hora que quiser, apenas me avise quando quiser voltar, ou se vai posar lá, meu anjo — falo à ela — Agora, vai se arrumar, quero te ver linda.

Assim que July desce, entramos no carro. Levo ela até a casa de sua amiga, deixo ela lá e vou à casa de Zayn, que por muito azar (ou muita sorte) é do outro lado da cidade. Nossa senhora, Louis foi umas belas vezes pra casa de Zayn quando acontecia algo entre a gente, ou quando ele tinha vergonha de me contar.

— Zayn! Abre a porta, estrupicio! — gritei, pra ver se Zayn abria essa porra de porta, não queria arrombar uma porta por uma discussão que tive com Louis, com nós bebendo mais do que deveríamos.

Logo a porta se abre, revelando meu Louis acabado. Olhos inchados e avermelhados, boca entreaberta e rachada, corpo mole, e aparencia enferma.

— Louis, meu amor — começo a falar — Baby, o que aconteceu com você? Zayn te maltratou?

— Não lembro de nada, amor — Louis diz — só lembro de ouvir gritos, não sei de quem, mas gritos ferozes, me assustando até agora, tanto que não consegui dormir mais desde que acordei. E não, Zayn não me maltratou, inclusive, me deu um calmante, porque aparentemente eu acordei gritando e remédio pra dor de cabeça, afinal, eu devo ter tomado um belo de um porre.

— Louis... — uma voz rouca e manhosa o chama — Louis, com quem está falando?

I Am Not Binary - LarryWhere stories live. Discover now