I'm out of touch

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Kara entrou na frente e parou alguns passos da porta. Não tinha ninguém ali, nem uma mesa pronta, um balão perdido, absolutamente nada.

- Mãe? – A loira chamou com cautela. Não deveria estar com a casa cheia de gente gritando surpresa e querendo abraça-la? Que palhaçada era aquela. – Alex, não tem ninguém aqui!

- Não me olha com essa cara, eu deixei todo mundo aqui. – A detetive se justificou e pegou seu celular. – Ops!

- O que?

- Mãe mandou uma mensagem e não vi. – Leu em voz alta. – "Vim pra casa da Lena com ela. Lilian sofreu um acidente em uma viagem e estamos esperando por mais notícias. Cuide da sua irmã."

- Que inferno! Por que ela não me avisou? – Kara pegou seu celular já ligando para a milionária.

- Por que você acabou de ter alta do hospital e ela não quis te assustar? – Alex ligou para a mãe.

- Foda-se isso. – Desligou o celular quando Lena não atendeu. – Me leva pra casa dela, agora! – Arrancou o telefone da irmã e saiu quase que derrubando a porta.

Alex correu para ajudar e controlar a preocupação da caçula. Foram o mais rápido que a detetive conseguiu até a casa de Lena. Agora, de fato e pela primeira vez para a casa de Lena. Assim que o julgamento acabou, a milionária deu adeus ao apartamento da melhor amiga e voltou para o seu. Em um prédio mais alto e muito maior que o de Sam, Kara e Alex tiveram que esperar Lena liberar a entrada das duas na portaria, só para então pegar o elevador para o último andar. Claro que a milionária, morava na cobertura do local. Se por fora o prédio já era de outro mundo, as irmãs Danvers ansiavam para conhecer o que Lena tinha feito dentro do apartamento.

- Ei, você deveria ter ficado em casa! – Eliza estava na porta, esperando pelas filhas.

- Tá de brincadeira mãe? Como é que eu ia ficar em casa com a Lena passando por isso! Parece que ninguém pensa. – Reclamou direto do corredor e entrou sem cerimônia na casa da milionária. Dois passos depois e uma leva de pessoas surgiu do nada gritando surpresa e obviamente assustando a loira. – Merda! – Kara começou a rir e olhou para a irmã e a mãe que estavam rindo atrás dela.

- A gente sabia que você ia desconfiar, então...

- Então decidiram quase me enfartar agora? – A loira repreendeu a mais velha em tom de brincadeira e logo em seguida seu olhar caiu em Sam. – Valeu doutora.

- Eu tou aqui se desse problema! – Deu de ombros rindo. Lena foi a primeira a se aproximar e abraçar a advogada, sendo seguida pelos mais próximos e depois por aqueles que nem chegaram a ver a loira no hospital, porém foram convidados para a festa.

- Linda, viva e pronta pra irritar, essa é a Kara que eu tava louca para ver. – Lois abraçou a advogada apertado.

- Eu jurei que você estava se descrevendo quando começou a falar. – Kara brincou, mas retribuiu o abraço carinhoso que recebeu. Afinal de contas, quem estava ao seu lado e viu tudo o que aconteceu com clareza, foi a jornalista.

- Já podemos começar com os presentes? – A repórter perguntou e todos reclamaram com a ansiedade da mulher. Clark emendou que a noiva parecia pior que criança quando envolvia presentes na história. Após todos rirem pegando no pé da mulher, a advogada não escondeu que também apreciava a ideia de presentes e ajudou o controle da ansiedade de Lois pegando o presente da quase prima por tabela e do primo primeiro.

- Uau, a capa? – Kara riu ao ver a edição impressa do jornal da cidade que resumiu o julgamento de Lena. – Tou honrada!

- Bem, destrua a promotoria novamente e te prometo cadeira cativa nas capas! – A repórter brincou. – Sem a emoção final ok? Não sei se tenho estruturas psicológicas para lidar com essas coisas de sangue!

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