NÃO SIRVO PARA VOCÊ

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Afrodite mais uma vez está agarrada a cintura de Andy em sua moto indo para a faculdade. Eles passaram o final de semana juntos e Andy achou o máximo quando ela permitiu que ele soltasse a asa delta do barco e voaram livremente. Afrodite gritava e Andy pela primeira vez na vida sentiu um frio na barriga ao ouvir a gargalhada de uma garota. Sua vontade era de beijar a sua boca, levá-la para um motel e tirar a droga de sua virgindade, mas se conteve e respeitou a amizade deles que está a cada dia mais forte. Depois da aula, eles se encontram no estacionamento, mas antes de chegar a Andy que está encostado em sua moto lhe aguardando, Afrodite ouve alguém lhe chamando. Ela olha para trás e um garoto de sua turma se aproxima correndo, estende a mão e lhe entrega seu celular.

– Você o esqueceu na sala.

– Nossa, obrigado, Kim, eu não sei o que seria de mim sem meu celular! – ela lhe dá um abraço e um beijo no rosto.

Andy sente algo que nunca havia sentido antes, seu corpo se enrijece e o ar lhe falta. Ele desencosta da moto e controla a vontade de ir até Afrodite para saber porque sorri desse jeito para aquele cara. Afrodite agradece mais uma vez e toca com carinho o rosto de Kim, um rapaz de tamanho médio, cabelos escuros e bem aparentável para o gosto de Andy. Afrodite continua com seus passos até chegar em Andy que não lhe sorri, lhe entrega o capacete e não lhe ajuda a colocá-lo como costuma fazer, sem dizer uma só palavra sobe em sua moto e espera que ela também suba. Afrodite acha estranho, mas não diz nada, lhe abraça e espera ele estacionar em frente suas casas.

– Algum problema, Andy? – ela pergunta quando lhe entrega o capacete.

– Não – ele continua de cara séria e pega o capacete de suas mãos.

– É por conta dos seus pais que você está tão calado hoje? Nem me deu um sorriso depois da aula.

– Para que você quer o meu sorriso se já tem o do seu amiguinho? Se é que é só um amiguinho mesmo.

– Que amiguinho? Do que você está falando?

– De nada, Dite, de nada! Acho que estou pirando, vou entrar, deve ser fome, depois a gente se fala – Andy a deixa ali sem entender nada e entra em sua casa.

Afrodite por um tempo tenta entender o que está havendo com Andy, mas por fim desiste e se distrai à mesa com sua família. Angel diz ao marido que terá que ir a uma festa na quarta-feira, pois um de seus melhores clientes faz questão de sua presença. Thor bebe o suco para disfarçar sua insatisfação, mas quando ela lhe pergunta com qual roupa ele quer ir, o ar volta a circular normalmente em seus pulmões.

– Você escolhe, meu amor.

– O meu cliente também faz questão da presença do Dani, achei meio estranho, pois eles nem se conhecem direito. O Dani só participou uma vez de uma reunião nossa e eles quase nem se falaram.

– Então deve ter sido por educação mesmo, ou ele está afim do seu irmãozinho.

– Será? Não, não pode ser, o Sr. Parker é casado e parece amar muito a sua esposa.

– Se lembra do marido da Raphaela? Ele também era assim.

– Vira essa boca para lá! Falando nisso, como estão as coisas lá sem a Rapha, a nova secretária está dando conta?

– Não tão bem quanto a Raphaela, mas estamos conseguindo sobreviver. O Erik contratou uma secretária para ele e assim, a Pâmela pode ser só minha.

– Que história é essa de que a Pâmela pode ser só sua?

Thor ri e tenta pegar em sua mão, mas ela não deixa.

Deixe-me te amarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora