Capítulo 7

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Alguns dias haviam se passado e nada de anormal acontecia. Desde aquele dia Theo anda bastante introspectivo e ressabiado. Ele não sai e fica na empresa o máximo de tempo possível pois acredita que lá é mais seguro que a sua própria casa.

Esses dias andam se resumindo a buscar Theo em sua casa, horas intermináveis sentada em minha mesa com vários nadas para fazer, o bom que eu poderia observá-lo. Muito bonito, tanto que chega a beirar o exagero. Almoçamos no escritório mesmo e o acompanho até sua casa.

No dia seguinte tudo de novo.

- Estou achando o Sr. Theo muito estranho Nany. Ele tem passado por essas coisas a meses e nunca o vi tanto abatido. Até Klaus está preocupado pois nem com ele o Theo se abre.

- Vai ver agora que está caindo a ficha dele. Talvez somente agora ele esteja tendo total noção do perigo.

- Concordo com você.

Terminamos nosso jantar em silêncio e logo fomos dormir.

Três semanas depois, estou eu acionando o botão do controle remoto que abre o portão da casa do meu chefe. Paro no lugar de sempre para o esperar.

- Hoje ele está demorando mais que o comum. - Resmungo.

Decido esperar mais cinco minutos para depois entrar na casa. Com três minutos sou surpreendida com gritos de dentro da casa.

- Maldito dia que fui colocar esse sapato! - gritei comigo mesma desafivelando o cinto de segurança já com a minha glock na mão.

O maldito sapato era salto e bico fino e ainda afivelado na canela. Merda! Não devia ter comprado esse modelo, é horrível para correr.

O mais rápido que pude entrei na casa e comecei a cobrir os cômodos de baixo. Quando ia entrar no segundo ouço que os gritos vindos do segundo andar. Subo as escadas de dois em dois degraus rezando para não cair.

Assim que abro a porta do quarto com a arma a postos ...

- Caralho! - me desculpem.... Senhor eu... eu... pensei que estava em perigo. - disse travando minha pistola e a colocando na parte de trás do cós de minha saia.

- E essa quem é? - pergunta uma morena muito peituda deitada ao lado do meu chefe nu. Cobrindo o playground com as mãos.

- Theo me explica agora o que está acontecendo aqui. - Fala a segunda mulher, esta ruiva, que está em pé ao lado da cama.

- Nany por favor, tire minha irmã daqui. Desço em dois minutos para falar com vocês, me esperem no escritório por favor. - Eu que já estava mais fora do que dentro do quarto, retorno e pego a ruiva pela mão a tirando pelo braço.

- Tá já saí me larga! - disse tirando bruscamente o braço de minhas mãos.

- Desculpe senhorita. Pode por favor nos levar até o escritório? É a primeira vez em que entro aqui.

- Quem é você afinal? - disse a ruiva em um tom mais ameno assim que chegamos no escritório.

- Acho melhor o seu irmão explicar. Me desculpe se a assustei.... - Meu celular toca e me interrompe. - Desculpe senhorita, um minuto...

- Oi Klaus – digo com o celular na orelha – eu sei estamos atrasados. Fique tranquilo está tudo mais do que bem.

- Que porra está acontecendo Nany?

- Acho melhor o senhor Theo te explicar, desculpe preciso desligar. Até mais tarde!

Desligo sem ouvir sua resposta e a ruiva ia abrindo a boca para falar alguma coisa quando Theo entra com uma calça de moletom e sem camisa no escritório. Senhor Jesus ele está sem cueca. Está marcando todo o seu brinquedo na calça. Olha aí ....

- Desculpe Nany por isso, eu devia ter avisado que não precisaria de você agora pela manhã. Bea posso saber o que está fazendo aqui?

- Eu não acredito que esqueceu.... eu despenco de Paris até aqui para além de você não se lembrar ainda de ter que te ver que presenciar você comendo aquela ridícula.

Vish... deu ruim para o lado do chefe.

- Puta que pariu! Está aqui pelo seu aniversário né? Merda! Me desculpe irmã tem tanta coisa acontecendo que acabei esquecendo....

- Esqueceu é? Mais de comer aquela puta você não esquece e nem se cansa, não é? Francamente Theodoro eu jurava que já havia saído dessa. E essa daí? Mais uma da sua lista?

- Peço que a senhorita me respeite, sou apenas funcionária de seu irmão.

- Nany é minha guarda-costas. Ela se passa por minha secretária particular o que chama menos atenção. - Bea fez aquela cara de ah entendi. - Nany me perdoe por tudo isso, está dispensada por hoje. Peça para Klaus vir aqui tudo bem?

- Sim senhor, me perdoe por qualquer coisa...

- Eu que tenho que te pedir desculpas. Viu coisas que não devia e ainda foi insultada. Descanse por hoje amanhã te espero aqui no mesmo horário. Se não for pedir demais ligue para Vera e peça para cancelar todos os meus compromissos de hoje.

- Sim senhor. - Assenti e sai rumo ao meu carro. Já que tenho o dia livre hoje vou aproveitar para investigar algumas coisas por minha própria conta.

O Golpe - CONCLUÍDO Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon