Capítulo 3

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Vou cortando os outros carros em uma velocidade absurdamente acima da permitida. Olhei para Theo e ele estava sorrindo igual a uma criança, quando ele viu que o observava me encarou por poucos segundos pisquei para ele e voltei minha atenção para a pista. Próximo ao clube desacelerei o carro e estacionei perfeitamente em um cavalo de pau.

- Chegamos! - disse a ele. Descemos do carro e entramos no clube em que a faixada se parecia com o de uma residência normal.

Cumprimentei a todos por quem passava, fui ao meu armário peguei óculos e protetores auriculares para nós dois, minha Glock 25 automática e a winchester 44.

Entreguei o equipamento para Theo e coloquei o meu. Seguimos para o stand de tiro, me posicionei e descarreguei minha arma com a precisão de sempre. Deixei minha glock de lado e peguei minha winchester 44 e descarreguei da mesma forma.

- Muito boa pontaria. - Theo me disse formalmente.

- Obrigada, quer tentar? - ele pegou a arma e se posicionou corretamente, disparou primeiro com a winchester e após com a glock.

- Nada mal. Vejo que tem familiaridade com armas.

- É quando se tem uma certa posição social tem que saber algumas coisas. - Ele disse me devolvendo as armas. - Estou com fome vamos comer alguma coisa? Aproveitamos para conversar sobre o seu contrato e depois você me deixa na empresa.

Assenti e fui guardar as armas e os equipamentos e fomos para o estacionamento.

- Ei gatinho? Pensa rápido. - disse jogando a chave do meu corvette para Theo. – Você dirige, para afetar menos sua masculinidade. Ele pegou a chave no ar, me deu um sorriso torto e me disse.

- É senhor para você a partir de agora. - Só tive tempo de responder um sim senhor, entramos no carro e ele parou em um restaurante modesto não muito longe dali.

- Obrigada por vir aqui, não estou vestida para ir ao tipo de restaurante que costuma frequentar. - disse assim que descemos do carro. Ele ficou em silêncio e partimos rumo a entrada do restaurante.

- Menino Theo, bom te ver. - diz uma senhora gordinha na entrada. - Venha sua mesa favorita está disponível e por coincidência hoje tem seu prato predileto. - Olhei abismada a Theo, não acredito que ele vem sempre aqui.

- Obrigada dona Lia, pode por favor nos trazer o meu predileto. - disse Theo enquanto sentávamos.

- Agora foi você quem me surpreendeu. - Digo fingindo uma surpresa maior do que a real.

- Ficará surpresa com a quantidade de coisas em mim que você não esperava. - Ele me imita. Rimos.

Logo chega a comida. Arroz, purê, carne grelhada e ervilhas gratinadas, de acompanhamento uma salada deliciosamente colorida e suco de uva.

- Quanto ao trabalho, preciso que esteja comigo das seis da manhã até as nove da noite mais ou menos, melhor dizendo até a hora em que eu encerre meus afazeres e volte para casa. Preciso que me acompanhe a viagens e festas tanto na semana quanto aos finais dela. Final de semana que eu não tiver compromisso você estará liberada. Roupas e acessórios são por minha conta, até um carro ofereceria mais duvido que aceitaria então combustível e manutenção do seu são por minha conta.

- Ok – é somente o que digo pois percebo que ele ainda tem o que dizer. Independente das condições é claro que eu aceitaria tudo que eu mais queria era uma oportunidade de trabalhar para ele.

- Vez ou outra você exercerá função de secretária, principalmente quando alguém estiver por perto. Você estará sempre armada e usará um colete a prova de balas feito sobre medida. Quem está atrás de mim não é boa pessoa e o perigo é eminente. Pode ter certeza, o salário recompensará. Alguma dúvida?

- Não senhor. Começo amanhã então?

- Sim agora vamos para a empresa e aproveito para te mostrar tudo.

Ele pagou a conta e quando estávamos no carro pedi para ele passar em casa antes, pois não seria adequado chegar a empresa vestida daquele jeito. Ele concordou. Chegando na frente ao meu portão desci do carro e pedi que ele me esperasse no volante pois não sabia o caminho para a empresa.

Subi tomei uma ducha muito rápida e coloquei uma camisa social branca e uma calça social preta o que eram as únicas roupas sociais do meu guarda-roupas, prendi o cabelo em um coque meio bagunçado fiz uma maquiagem natural, um sapato social preto salto fino e fui para o carro. Entrei no lugar do passageiro e ele me disse.

- Caramba você é rápida, vamos então.


O Golpe - CONCLUÍDO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora