Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]

53 - You Know Me.

- Sim. - Assinto.

- Ótimo. - Um pequeno sorriso surge no canto de seus lábios. - Agora preciso ir. Tenha um bom dia, Skye.

Agradeço e saio dali, voltando para a casa.

Passo a tarde no quarto. Fecho os olhos e subitamente durmo. Não acordo em momento algum, apenas quando a noite cai lá fora e a geada cobre a janela, dando os primeiros sinais do inverno que estava por vim.

Sinto algo quente em minha bochecha. Abro os olhos vagamente, vendo a silhueta embaçado de uma pessoa sentada à beira da cama, com a mão pousada em meu rosto.
Piscina algumas vezes, e apenas quando minha visão se ajusta, um sorriso surge em meus lábios ao ver quem estava ali.

- Matt! - Ergo os braços, o chamando para um abraço.

- O primeiro e único. - Ele sorrir, me apertando em seus braços.

- O que você está fazendo aqui? - Sento-me devagar.

- Vim te visitar, é claro. Fiquei preocupado quando liguei e sua mãe disse que você não estava bem. - Segura minhas mãos.

- Obrigada. - Ele é simplesmente o melhor amigo que alguém poderia ter.

- Mas, diga-me Miss Bradford, já se sente disposta?

- Bobo. - Soco seu braço, eu odiava aquele apelido. - Mas eu me sinto bem melhor, sim.

- Ótimo! Prepare-se, nós vamos dar um passeio.

- Pra onde? - Cruzo os braços.

- Se eu contar não será surpresa. - Ele cantarola, ficando de pé.

- Hum. Tudo bem. - Bufo. Odeio supresas

- Eu vou lá pra baixo esperar você se arrumar. - Ele caminha em direção a porta. - E é melhor pentear o cabelo, não queremos assustar ninguém.

- Ei! - Jogo um travesseiro nele, que sorrir e logo desaparece, fechando a porta.

Levanto vagamente, indo até o banheiro. As lembranças de ontem me invadem ao olhar para a sacola onde estavam as roupas suja de sangue. O sangue de Talyta.
Tomo um banho rápido e volto para o quarto, olhando no relógio.

20:33

Pego um calça escura e um moletom lilás, calço meus tênis e me olho no espelho, colocando um pouco de maquiagem para cobrir as manchas escuras em baixo dos meus olhos. Prendo os cabelos e, voilà! A típica adolescente britânica.

Desço as escadas um pouco mais animada que hoje mais cedo. Ao chegar na sala, noto Thomas e Matt sentados no sofá, olhando algo no celular. Mamãe estava lendo uma revista, enquanto papai assistia a TV.

- Vamos? - Falo não tão alto, porém o suficiente para que a atenção de todos se volte para mim.

- Já está se sentindo melhores, filha? - Minha mãe pergunta.

- Estou. - Assinto.

- Não leve friagem, docinho, o inverno está próximo. - Papai adverte.

- Não se preocupem, eu vou ficar bem. - Reviro os olhos, com um ar de divertimento ao ver toda aquela preocupação.

- Isso mesmo, senhor é senhora Daltton, eu cuido dela. - Matt levanta, vindo até mim.

- Estou de olho, Mathew. - Papai faz cara de bravo, mas logo todos começamos a rir da cena.

Após nos despedirmos da família, caminhamos para fora, onde o carro de Matt estava estacionado. Ao entrarmos no veículo sinto o calor aconchegante do aquecedor me envolver, me fazendo esquecer a preocupação sobre para onde estaríamos indo.

- Vai me contar o que aconteceu? - Matt pergunta, cortando o silêncio que permanecia há alguns minutos, enquanto seguimos pelas ruas de Bradford.

- Como assim? - Olho para ele.

- Eu te conheço desde que tínhamos o quê? Dez anos? Isso é tempo suficiente para saber que você não está bem.

- Foi só um início de resfriado, Matt. - Encaro a rua através da janela.

- Não estou falando sobre isso. Você está diferente ultimamente.

- Eu sou a mesma, Simpson. - Sorrio ao pronunciar seu sobrenome.

- Você não me engana, Skylar. - Seus olhos encontram os meus através do retrovisor.

- Nem você à mim. - Tento desviar do assunto. - Eu te conheço.

- Sim. - Ele suspira. - Você me conhece.

Ao ouvir aquelas palavras uma sensação estranha me invade, me fazendo lembrar das mensagens que me foram enviadas hoje cedo.
Suspiro pesado, me encolhendo mais no banco acolchoado.

Ao longe é possível ver um grande prédio emergir no horizonte, o edifício cor de cobre se mostrava imponente comparado às construções pequenas que o rodeavam.

- O que estamos fazendo aqui? - Pergunto, assim que o carro estaciona.

- É surpresa, já disse. - Ele cantarola.

Assim que adentramos o edifício, o suntuoso salão completamente dourado com detalhes em cristais nos preenche a vista. Do teto pendia um grande lustre sobre nossas cabeças, enquanto o chão era coberto por um tapete carmesim.

- Matt... - Suspiro, maravilhada. - Isso é incrível.

- Eu sei! - Ele saltita contente.

- Como você encontrou este lugar?

- Digamos... Que eu sou o dono. - Responde simplesmente.

- Como assim? - O encaro, perplexa.

- Meu pai comprou esse hotel e colocou em meu nome, já que agora eu sou de maior.

Eu sempre soube​que a família de Matt era rica, mas não imaginava que chegaria a esse ponto.

- Enfim, vamos a surpresa! - Ele segura em meu braço, me guiando em direção ao elevador.

Após entrarmos ele aperta alguns botões, então somos elevados até a andar superior.

Assim que as portas metálicas se abrem, posso ver o topo do prédio, decorado com luzes amareladas e um aroma suave que pairava no ar. No centro, havia uma mesa com dois lugares.

- Matt, o que você está fazendo? - Pergunto, observando o local.

- Não posso fazer uma surpresa de aniversário antecipada pra a minha melhor amiga? - Ergue uma sobrancelha.

- Meu aniversário é daqui a um mês. - Reviro os olhos, em tom de diversão.

- Por isso é "antecipada". - Sorrir.

Um sorriso de forma em meus lábios. Eu não poderia pedir um amigo melhor.

- Mas antes de jantarmos, quero que conheça a pessoa que organizou tudo isso. - Ele levanta um dedo. - Espere aqui.

Ele sai para um local afastado, assim que volta é acompanhado por um homem alto, moreno, de semblante distante.

- Skye, este é o gerente do hotel. Será meu braço direito enquanto eu estiver em Londres.

Estendo a mão para o rapaz.

- Prazer. - Ele me cumprimenta. - Meu nome é Liam Payne.

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Tcharaaaaaam vem surpresas por aí. Talvez relacionadas a Liam, talvez não. Só lendo pra descobrir ksjks

Amores, contém-me suas teorias ♥