Capítulo 50

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2 dias depois

Já fazem 4 dias que eu e o Dylan voltamos de viagem. Hoje Dominic me ligou me chamando para sair, já faz um tempo que não nos vemos e eu prometi que assim que voltasse de viagem nós iriamos fazer alguma coisa.

Já confirmei com ele e agora só falta falar com Dylan pra saber se ele também quer ir, não posso nem negar sair com ele, tô prometendo a tanto tempo que até já perdi as contas.

- Dylan? - chamo e ele me olha - Dominic me chamou pra sair hoje à noite, já faz um tempo que não nos vemos, vamos? Ele pediu pra te chamar também.

- Iih hoje não dá, fiquei de ir lá na casa do meu pai ajudar ele em algumas coisas, mas vai sim, gosto dele. Avisa que na próxima eu vou. - ele diz se sentando no sofá e pegando o controle da TV. - Vocês vão pra onde?

- Ainda não sei, estamos decidindo entre cinema ou ir comer na orla da praia.

- Hmmm. Tá bom então, prometo que na próxima vou com vocês. - ele me puxa pela cintura e me dá um selinho.

*******

Ficamos vendo filme a tarde toda e quando deu umas 18:00hrs eu comecei a me arrumar, Dylan saiu de casa já era 19:30hrs e eu vou sair 20:00hrs. Meu celular começa a tocar e eu pego dentro da bolsa que já deixei arrumada.

- Oi Anne.

- Tá tudo bem? Tô com uma sensação ruim, um aperto no peito e como você está longe, eu tô preocupada.

- Eu tô bem, deve ser coisa da sua cabeça. Deixa de ser louca.

- Aí não sei, sabe pressentimento ruim? Então.

- Isso é coisa de gente descontrolada igual você. Deixa eu ir lá porque vou acabar de me arrumar, vou sair com Dominic hoje.

- Ué? Dylan desgrudou de você? - ela pergunta rindo.

- Ele vai na casa do pai dele e eu não podia desmarcar com Dominic, coitado, sempre desmarco as coisas com ele.

- Então vai lá, beijos e qualquer coisa me liga, amo você.

- Pode deixar, eu também amo tu.

Termino de me arrumar e alguns minutos depois Dominic me liga avisando que tinha chegado.

Fecho meu apartamento e vou em direção à entrada, vejo o carro dele estacionado do outro lado da rua e entro.

- Chegou a maravilhosa. - falo assim que me sento. - Deixa eu avisar logo, Dylan não pôde vir porque ele foi pra casa do pai dele.

- Certas coisas nunca mudam não é mesmo? Continua a mesma convencida de sempre. - ele diz e me dá um beijo na bochecha. - Você já comeu? Não tem problema, marcamos outro dia pra ele vir junto.

- Não, tô morrendo de fome

- Não me surpreende você estar com fome, parece que tem um leão dentro da barriga. - ele diz rindo e eu mando um sinal feio pra ele. - Mudanças de plano, vamos em um restaurante antes e depois vamos no cinema, pode ser? Já comprei os ingressos pra garantir que não vai esgotar.

- Claro, perfeito, olha minha cara de quem vai recusar comida, ainda mais quando são os outros que pagam. - falo rindo e ele também ri.

Fomos o caminho todo conversando, conto da viagem e ele me conta como foi a vida dele nesse tempo que ficamos afastados, ele conheceu uma menina e eles saíram umas três vezes e que estão conversando bastante, fico extremamente feliz, Dominic é uma pessoa maravilhosa e merece ser muito feliz.

Ele estaciona o carro um pouco distante do restaurante, parece estar bem cheio e eu me lembro de já ter vindo aqui umas duas vezes com Dylan. Amo esse lugar.

Saímos do carro e fomos andando devagar enquanto conversamos. Chegamos na porta do restaurante e ele dá nossos nomes para pedir uma mesa, quando eu entro eu tomo um susto quando vejo Dylan sentado na mesa, alguns minutos depois uma mulher se senta e eles começam a conversar, a conversa está tão descontraída que eles estão até rindo. Fico olhando sem entender nada e tudo começa a fazer sentido pra mim, ele não quis sair comigo e mentiu que ia pra casa do pai pra vir se encontrar com essa piranha vagabunda.

- Pronto, nossa mesa é aquela a... - Dominic para de falar e olha na mesma direção que eu, não sei como e nem porque, mas Dylan olha na nossa direção e quando me vê arregala os olhos.

Meu olho começa a arder e o espanto dele só me faz confirmar minhas desconfianças. Me viro na mesma hora e saio do restaurante, vejo exatamente o momento que ele levanta correndo e vem atrás de mim.

- Emily, espera aí. - ele diz puxando meu braço.

- Me solta, porra, vai lá resolver as coisas com o seu PAI. - digo dando ênfase no "pai".

Nesse momento a puta desclassificada já está do lado de fora e Dominic também.

- Me solta. - falo puxando meu braço.

- Espera aí, você entendeu tudo errado, caralho, Emily. - ele diz passando a mão no cabelo.

Ele já está vermelho e seu cabelo já está completamente desalinhado.

- Foda-se, eu não quero saber, para de encostar em mim, vai terminar o que você começou. - começo a andar e ele me segura pelo braço de novo, respiro fundo umas três vezes e me viro pra ele - Me dá licença.

- Solta ela, porra. Vamos que eu te dou uma carona. - Sebastian, meu ex, surge do nada e eu fico sem entender de onde ele apareceu.

Ele segura meu outro braço e eu fico me perguntando que porra de dia é esse.

- Sabia que esse desgraçado ainda ia te trair.

- Solta ela você, seu filho da puta, ela não vai pra porra de lugar nenhum com você. - Dylan altera a voz.

- Calma, senta aqui e nos deixe explicar o que está acontecendo. - a mulher que até agora não sei o nome diz e eu não acredito que essa vagabunda ainda tem coragem de falar comigo.

- Você não vai falar merda nenhuma e se falar eu arrebento a sua cara. - falo, ela cala a boca e se afasta na hora.

- Gente, vamos nos acalmar e depois vocês conversam, vamos embora Emily. - Dominic diz e eu reviro os olhos, meus olhos começam a arder mais ainda e eu sinto que vou começar a chorar, mas não quero chorar na frente de ninguém.

- Eu não vou em merda de lugar nenhum com nenhum de vocês, me deixem em paz. - falo e me viro, antes olho para Dylan e ele está de cabeça abaixada.

Ele me olha e seus olhos estão vermelhos, ignoro e vou andando, dessa vez ninguém vem atrás. Sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto e ainda não acredito em tudo o que aconteceu. Espero o sinal fechar e começo a atravessar para ir pro ponto do táxi do outro lado da rua. Nesse momento eu só quero ir pra casa e tentar esquecer tudo. Ouço Dylan gritando, mas decido ignorar.

- EMILY, CUIDADO. - sinto algo batendo em mim e quando me dou conta já fui jogada pra bem longe e tudo se apaga.

O Professor Where stories live. Discover now