Onze: Se tornando adulta!

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- Vamos maninha, pergunte para ele se te ama?

- Oliver, não é assim.

- Assim como? Você dorme com minha irmã por puro prazer, podia ao menos ter mais honra e dizer pra ela há verdade sargento.

- Do quê ele está falando? - encaro Erick pedindo explicação de alguma coisa que meu irmão está se referindo.

Oliver ri e desvio minha atenção para ele agora.

- Você não vê porque está totalmente apaixonada por ele Mary, mais esse daí nunca quis nada sério com você. Erick e como eu, para nós as mulheres são apenas troféus que vez ou outra damos uma polida, mudando semanalmente. Nunca se amarrando numa fixa.

Afasto-me de Erick com tais palavras que me deixando mais confusa do que estou.

- Você me ama Erick? - a pergunta sai mais como um sussurro, ele nem ao menos consegue me encarar e isso me deixa devastada. Corro pela sala pegando minhas roupas e vestindo como consigo, junto minhas coisas caminho firme até a saída.

- Mary, vamos conversar! - ele me para segurando meu braço, me solto com um puxão deixando as lágrimas escorrem sem piedade.

- Por um momento eu achei que...estava tão iludida que não vi que embarcava num caminho sem volta.

Saio pelo corredor chorando bastante, desço pelas escadas mesmo até encontrar um táxi onde pego para ir pra casa. Durante todo o caminho ficava me perguntando em como cheguei até esse momento.

(.....)

A noite tinha caído, quando cheguei meus pais não estavam mais o jantar estava pronto e não tinha nenhuma vontade de descer e encarar ninguém.

Oliver não veio falar comigo e para ser franca não quero falar ou ver ele também.

- Filha?

- Não estou com fome mãe.

Respondo assim que ela entra no quarto sorridente, já corto seu barato. Ela senta ao meu lado na cama apenas lhe encaro forçando um sorriso meigo.

- Você não parece bem, está sentindo alguma coisa?

- Estou bem mãe, não tem com o que se preocupar.

- Sei que tudo tem sido difícil ainda mais pelo que passou com Caio e Paola, mais saiba que sempre estarei aqui para o que precisar.

- Obrigada mãe!

Me aninho ao seus braços quase chorando. Queria contar para ela, mas acho que vou segurar mais ainda essa notícia.

Depois que ela saiu liguei para Mikaela contando do ocorrido, ela ouviu tudo atenta e preocupada. Não temos noção do que vai acontecer agora, mais sei que preciso me cuidar pelo bebê.

Estou quase pegando no sono quando Oliver entra no quarto com um certo cheiro de cigarro, sento apenas o encarando em total desaprovação por ter voltado com tal hábito infernal.

- O quê faz aqui?

- Você é inacreditável Mary.

- Me processe Oliver.

- Por quê ele? Por quê tinha de ser justamente ele?

Reviro os olhos.

- Aconteceu, se quer me odiar porque desaprova fique à vontade. Eu não vou fazer de tudo para que você me perdoe, não me arrependo do que fiz mais de ter me apaixonado pelo cara errado.

As lágrimas escorrem mais limpo elas no mesmo instante, Oliver se aproxima segurando minhas mãos mas afasto-me de seu toque cruzando os braços.

- Eu nunca vou odiar você!

- Então vai me punir? Quer contar pra família pode ficar à vontade, se tenho de assumir meu erro farei isso sem problema.

- Quando foi que você cresceu tão rápido? - sua pergunta me faz o encarar, o abraço forte ignorando o fato de estar brava com ele sem razão.

- Eu te amo Olly!

- Eu nunca deixarei de amar você pequena.

Ambos agora estamos chorando que nem duas crianças. Ficar emotiva deve ser um dos efeitos de se estar grávida, bom, talvez eu possa usar isso ao meu favor.

Dois dias depois...

Não sentia mais tanta vontade de vomitar e com Mikaela comecei meu pré-natal implorando pra médica nos ajudar há manter isso em segredo até o momento certo chegar para conta há minha família e ao pai do bebê.

Estamos voltando da consulta quando topamos com Tiger um carinha do colégio que faz uns bico ali e aqui pra ajudar há família.

- Olá meninas, o quê fazem por aqui?

- Ginecologista! - a resposta de Mikaela sai me deixando envergonhada, ele apenas sorri.

- Vocês vão na minha festa?

- Que festa? - pergunto por perguntar.

- Nesse sábado vou fazer uma festa na chácara dos meus tios, tem piscina e tudo que precisamos para um fim de semana cheio de diversão. Vocês estão convidadas, agora preciso ir beijos.

Ele passa por nos com pressa sorrindo. Entramos no táxi para casa, falamos só te a possibilidade de aparecer na festa. Quando entramos em casa ainda estamos falando sobre o assunto, vou fechar a porta quando escuto a voz de Erick chamar meu nome.

- O quê faz aqui?

Saio para porta impedindo que ele entre, Oliver deixou claro que não devia mais me procurar e por dois longos dias ele obedeceu, até agora.

- Acha mesmo que tenho medo das ameaças de seu irmão?

- Vai embora.

- Precisamos conversar!

- Sobre o quê exatamente? Talvez o fato de você ter brincado comigo não dizendo sua real intenção comigo Erick ou quem sabe o fato de...

Me calo dando-me conta do que estava prestes a fazer, seguro o choro ficando numa boa distância dele.

- No início essa era minha real intenção, só que quanto eu mais te conhecia mais eu...

- Se apaixonava? Isso é tão clichê até pra você Erick.

- Eu gosto mesmo de você, só que...

- Nunca vai me amar! - completo sua frase e nossos olhares não se desviam, ainda sinto algo por ele que nem mesmo longe vai sumir tão fácil, ainda mais no estado que me encontro agora.

- A gente pode fazer dar certo!

- Como? Se não é recíproco como se faz dar certo? Impossível.

Limpo uma lágrima indo até a porta, mas antes me viro para ele dizendo:

- Foi bom e não me arrependo, só que eu não queria ter em apaixonado tanto para no final não ser correspondida. Vamos deixar as coisas assim e o melhor para nós dois Erick, adeus.

Entro fechando a porta na sua cara.

Recosto contra a mesma chorando, minha amiga aparece vindo da cozinha não me diz nada apenas com seu silêncio ela me abraça.

Como crescer é um saco!

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now