Um: Sequestrada

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MARY STONCOLD

Minha cabeça estava latejando, minha vista embaçada e tudo girava um pouco.

Me remexi mais era difícil com centrar minhas forças para ao menos me sentar, pisquei diversas vezes até conseguir ver alguma coisa.

Podia sentar estar em algo macio o cheiro de amaciante era bem presente, todo o ambiente cheirava a limpeza e em parte era bem agradável.

Forço minhas vistas para tentar enchergar algo nitidamente, a dor de cabeça me faz recuar. Escuto algo se abrir e fechar, parece ser uma porta e quem sabe minha saída.

- Bom dia filha!

Essa voz, eu conheço essa voz.

A imagem de seu rosto se forma na minha cabeça, meu coração se acelera e a medida que ouço seus passos vindo na minha direção preço o ar. Um vulto se forma já bem próximo sentando ao meu lado, seus traços estavam como um borrão mais sei que era ele ali diante de mim.

- Você se parece tanto com ela, tão linda e forte!

- O q-quê você f-fez comigo?

- Sabe, pode parecer que demorei chegar em você docinho mais eu sempre estive por perto. Sempre estive presente e você nem ao menos percebeu criança.

Um toc toc de salto alto ecoa no chão em nossa direção, em seguida outro vulto se forma um pouco mais distante.

- Ora, Ora!

Não, não pode ser?

- Alguém não é grande coisa assim, não é mesmo Mary?

Só podia ser uma piada, uma piada de muito mal gosto. Paola? Era mesmo ela, tenho total certeza disso.

OH MEU DEUS!

Agora eu me lembra da noite que ela foi apresentada como namorada do meu irmão, ela trabalha na promotoria ao lado de meu pai. Ela sempre esteve por perto.

Sempre informada de tudo que acontecia, há tudo que se passava na minha vida e discretamente ela foi se alastrando, até conseguir seu destaque. Para em fim dar sua cartada.

Como um jogo de xadrez, nessa rodada ela vence.

Ela o ajudou há me sequestrar, macomunada com ele. O tempo inteiro, bem debaixo do meu nariz e eu achando que ela não passava de uma dominadora sexy. Ela agora se mostra mais inteligente do que poderia imaginar.

- O quê devo fazer agora?

- Me mantenha informado de como anda as buscas, do passo de cada um.

- Claro, algo mais? - sinto um sorrio em seus lábios brotar e algo não me cheira bem.

- Erick Marshall!

Tento me mexer mais logo percebo estar algemada na cabeceira de uma cama, o coração aperta.

- Eu disse senhor.

- Aquele filho da puta, como ele ousa tocar nela? - sua mão vai de encontro há minha pele me fazendo embrulhar o estômago.

- O quê pretende que eu faça há respeito?

- O mantenha bem distraído, faça ele reviver o passado.

Não, isso não está acontecendo.

(.........................................................)

ERICK MARSHALL

Estou em minha sala analisando alguns casos, estava com a mesa lotada de papéis para preencher e ler. Escuro uma movimentação agitada vinda do andar de baixo, largo tudo é vou checar o que se passa.

Vejo Mikaela com pijama um pouco descabelada no balcão da recepção batendo contra o mesmo gritando algo que não entendo bem.

- Ela sumiu!

- Mikaela?

Quando lhe chamo sua atenção se volta para mim, seu rosto está banhado em lágrimas algo me diz que tem alguma coisa errada. Ela dá alguns passos depois segura firme em meu braços me encarando, faço o mesmo.

- Mary!

- O quê houve? - me apresso há perguntar.

- Levaram ela, levaram a Mary.

(....)

Mandei chamarem Oliver para cá o quanto antes, também dois policiais para averiguarem há residência de Mikaela.

Subimos até minha sala, lhe faço um café rápido depois me sento ao seu lado.

- Como se sente?

- Estou apavorada! - responde com a voz embargada.

- Preciso que me conte o quê exatamente aconteceu.

Ela respira profundamente antes de dizer:

- Eu bebi muita na noite passada, ficamos na minha casa para aproveitar que meus pais saíram de viagem. Hoje cedo ouvi um estrondo no andar de baixo seguido de um grito, saio da cama cambaleando para as escadas.

Ela chora segurando minha mão, afago suas costas para que se acalma e continue.

- Tudo estava destruído, ouvi um cantar de pneus depois mais nada. Gritei por ela, sem respostas. Sargento, eles levaram minha amiga!

Não demorou muito para Oliver chegar, deixei Mikaela na sala para se acalmar e fui logo lidar há notícia. Sua reação não foi uma das melhores e com toda razão.

- Quem? Por quê ela?

- Eu não sei, mais vamos descobrir.

Oliver avisa toda sua família que aparece uma hora depois em peso no distrito. Mark juntamente de seus pais levam Mikaela para casa deles, de lá vai avisar seus pais do ocorrido.

- Há quanto tempo está desaparecida?

- Pelo que Mikaela me contou, faz somente dez horas.

- Qual o plano? - Jared pergunta aflito.

- Oliver reúna todos na sala de reuniões, temos um caso de sequestro em mãos e o alerta é vermelho.

Depois que todos saem me tranco na sala, pego a foto de minha família jogando contra a parede mais próxima.

Eu prometi protege-lá, eu disse que tudo ficaria bem.

Eu falhei com Mary, se algo de ruim lhe acontecer não serei capaz de me perdoar.

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now