Seis: Ganância - Parte 1

3.9K 443 6
                                    

MARY STONCOLD

Não sei quanto tempo havia se passado, mal conseguia me conter e tentei diversas vezes fugir até vir parar nesse porão nojento e sujo.

Com algumas feridas e sem uma refeição decente, tratada como uma prisioneira de verdade.

Caio está mostrando o monstro que é!

Janete desapareceu estou com medo do que fizeram com ela, acho que não descobriram que ela mandou meu recado há minha família. Ela deve ter sido bem cuidadosa, assim espero.

Há porta se abre me encolho no canto esperando pelo que vão fazer comigo. Caio entra com dois homens, eles me puxam enquanto grito tentando me soltar deles descemos as escadas.

Me jogam no chão com força, mal ando comendo direito que tudo em mim dói. Ergo minha cabeça vendo o corpo de Janete com o pescoço degolado, levo minha mão na boca e as lágrimas escorrem.

Fico ao lado de seu corpo agora sem vida, junto ao meu chorando e pedindo perdão.

- Eu sinto muito!

- Achou mesmo que eu não sabia?

- VOCÊ E UM MONSTRO!

Rosno com ódio desse homem, eu sabia que ele era capaz de qualquer coisa e agora tenho ainda mais certeza. Janete devia ter família e eu há tirei deles, talvez o maior monstro aqui seja eu mesma.

Choro pedindo o perdão para um corpo sem vida, eles me tiram de perto dela e grito para me largarem. Recebo uma pancada na cabeça que me faz apagar na mesma hora.

(.....)

Aos poucos vou acordando, pisco diversas vezes para me adaptar a luz presente.

- Acorda!

Há voz de Paola dia alto me fazendo ficar enjoada.

- Vamos princesinha, seu grande momento chegou!

Sou pega por um tapa bem forte no rosto, então percebo estar amarrada com as mãos sobre a cabeça em pé por algumas correntes, como um boi no abatedouro.

- Você fica perfeita assim.

Paola ri achando maravilhoso minha situação, realmente eu não sabia que ela era capaz de fazer parte de tudo isso.

- Onde estou?

- O show está quase começando, você vai ver.

Deixando algo no ar ela some por uma porta de ferro que range ao ser aberta e fechada, me mexo tentando sair mais as correntes machucam ainda mais meus pulsos.

Que merda!

Começo a pensar em tudo até esse momento, da relação complicada entre mim e o Erick que se tornou tão confusa para ambos. Eu nunca senti tanta falta dele, alguém que entrou na minha vida por um simples acaso e agora está em boa parte da minha vida.

- Erick!

Sussurro seu nome como se isso o fizesse ouvir minha voz e ele assim pudesse me encontrar. Quem dera.

Não sei quanto tempo havia se passado, estava me sentindo enjoada já fazia bastante tempo talvez a morte de Janete tenha sido demais para mim.

Como sou culpada!

O tempo vai passando e passando, até finalmente Caio aparecer com um celular na orelha parecendo falar com alguém.

- Vou provar que ela ainda vive, mais acreditem, se não fizerem como combinado eu juro que mato ela com muita dor.

Ele sorri para mim colocando o celular na minha orelha, logo em seguida ouço a voz de meus pais e dos meus irmãos ao fundo, choro alegando que estou bem até agora.

A voz de Erick então toma conta me deixando em parte tão tranquila.

- Eles estão te machucando?

- Sinto sua falta. - as palavras saem escuto alguns sussurros e logo me todo que pode estar no viva voz, mais que azar.

- Mary?

- Eu sinto muito!

Afasto meu rosto do celular querendo dispersar meu desespero de sair daqui, de saber que estou perdidamente apaixonada por esse homem. Meu Deus, estou mesmo admitindo isso há mim mesma só não queria que fosse em tais circunstâncias.

- Façam como mandei e todos sairemos bem!

Caio encerra a ligação se voltando para mim que recebo um soco no rosto fazendo meu nariz doer e sangrar.

- Isso vai ser só uma amostra do que estou falando pra eles.

Ele tira uma foto minha, quando minha família ver essa imagem faram o que for para me tirarem daqui viva mais não tenho certeza de Caio vai permitir.

(.....)

Lembro da minha melhor amiga que deve estar muito preocupada comigo, mais estou feliz que eles não tenham pegado ela também. Se ela estivesse aqui já estaria morta e jamais me perdoaria.

Mark precisa ficar com ela, os dois combinam e se merecem!

Eu super apoio há relação deles, agora vejo que não importa sua idade nesse mundo, mais o importante é o que sentem um pelo outro e que assim sejam felizes lutando contra o preconceito.

- Vocês ficaram juntos! - murmuro para mim mesma encarando o teto enferrujado acima da minha cabeça, estou delirando, mais nunca disse tamanha verdade como essa.

Meus olhos ficam pesados, sorrio sentindo todo meu corpo se entregar aquele momento e me perder completamente.

CONTINUA....

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now