Você Balançou Meu Mundo

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- É um bairro até calmo, tirando as festinhas que os Jonhson dão de vez em quando fechando minha rua. - Dinah riu da cara emburrada que Mani fez de repente.

- Você não vai com a cara deles.

- Claro que não, eles pensam que são os donos da rua!

- Você já chamou a polícia?

- Já, a polícia nunca apareceu, mas se fosse num bairro mais rico aposto que iriam correndo.

- Vou ter que concordar com você.

- Você... Foi com a Ally só para levar a Bebel na escola? - A moça negra achou adorável o modo como Dinah interagia com a pequena, ficou com aquilo em mente e só então teve coragem de perguntar.

- Sim, eu estava com saudades da baixinha e também adoro crianças.

- Então pretende ter filhos?

- Com certeza, mas não agora, primeiro tenho que refazer uns exames por que pretendo congelar meus óvulos para usá-los futuramente, Camila fez isso.

- Ah interessante, vocês são bem precavidas, mas pensei que diria que primeiro tinha que achar um marido! - Mani riu.

- Não, marido não, uma esposa! - DJ sorriu simpática e prestou mais atenção no trânsito.

- Ah... - Normani pensou por alguns segundos que os olhares que DJ lhe lançou não eram apenas simpatia, mas não se permitiu ficar nesse pensamento por muito tempo. - Mas você tem que refazer os exames porque?

- Não sei bem, minha médica viu uma alteração nos meus exames anuais e me pediu pra refazer alguns, espero que não seja nada demais.

- Não vai ser, você vai ver. - E sem motivo aparente Mani se pegou preocupada com DJ, e esperava realmente que seus exames dessem um bom resultado.

- Assim espero. Ah! Chegamos! Rua Cloverfield, só falta achar o número...

- Não precisa, olhe, aquela menina linda na calçada é minha irmã. - Mani apontou e Dinah sorriu enquanto manobrava para estacionar o carro.

- Sua irmã é linda mesmo. - DJ tirou o cinto de segurança e se virou sorrindo para Normani.

- Obrigada... - Mani ficou tímida novamente, talvez fossem aqueles olhos penetrantes e indiscretos que a encaravam sem pudores agora, ou talvez só estivesse imaginando coisas novamente, não era por que Dinah fosse gay que obrigatoriamente estaria dando em cima de Normani. Foi o que a moça negra pensou, não queria ser indelicada, ou pior, preconceituosa com uma pessoa tão gentil.

- Acho que vocês vão demorar um pouco aí não? - DJ coçou a nuca, agora era ela que se sentia encabulada, porque queria muito esperar por Normani e sua irmã e quem sabe levá-las para tomar um café, mas teve receio de parecer insistente ou inconveniente demais.

- Provavelmente. - Mani não fez menção de sair do carro, talvez esperando o algo a mais que DJ estava prestes a dizer, mas que teimosamente insistia em ficar preso na garganta.

- Eu... Acabo de lembrar que tenho um amigo aqui pertinho que não vejo faz tempo, acho que vou fazer uma visita a ele, quem sabe se eu ainda estiver por aqui quando vocês acabarem eu não possa... Sabe, dar uma carona, até o Brooklyn? - Mani sorriu se derretendo um pouco com o rosto avermelhado da moça loira e por alguns segundos pensou em recursar, mas ela parecia tão adorável daquela forma que não teve coragem.

- Até o metrô, e só se você ainda estiver por aqui mesmo, já me ajudou demais por hoje.

- Claro, eu... Podia pagar um café pra vocês...

The Tiny DancerOnde histórias criam vida. Descubra agora