Três

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"Oh, eu sabia que você era problema quando apareceu.

Bem feito para mim, agora.

Me levou a lugares que nunca tinha visitado.

Agora estou deitada no chão duro e frio" — Trouble, Taylor Swift.

Eu lembro exatamente do dia em que eu conheci Logan Aiken.

Difícil de esquecer.

Essa é mais uma das observações que posso fazer sobre ele: Aiken é inesquecível. Ele sabe como se fazer marcante na memória de alguém.

Eu era caloura na faculdade e meus quatro meses ali não foram suficientes para eu me adaptar completamente a movimentação no campus. Quando eu era menor, eu sempre me imaginava em uma universidade. Sempre foi meu sonho.

Até Logan aparecer.

Na verdade, no começo isso realmente parecia um sonho. Mas depois eu vi que estava presa em um pesadelo terrível.

Sua beleza, seu charme, seus flertes. Tudo isso é uma camuflagem.

Logan na verdade é um pesadelo.

Não do tipo que te faz acordar e gritar no meio da madrugada. Ele é do tipo que te prende e te faz querer saber o que vai acontecer no final, mesmo quando você sente que o final é muito ruim. Ele te faz se debater até que o suor surja. Do tipo que você so recorda no dia seguinte, sem motivo aparente.

Katherine havia entrado na mesma universidade que eu, e como comemoração decidimos ir à um pub que ficava bem próximo ao meu novo apartamento.

Mal sabia eu que aquele seria o lugar responsável por toda a nossa merda de relacionamento.

Porque foi lá que eu conheci Logan.

O nome do pub era "Taberna's" e o lugar realmente se esforçava para parecer como uma. Havia toda uma decoração inspirada em tabernas medievais e tinha aquele charme rústico que eu costumava gostar.

Katherine e eu pegamos lugares em um balcão perto das mesas de sinuca. Kat sempre diz que na mesa de sinuca o cheiro da testosterona é quase palpável. Ela tem razão, homens são competitivos.

Mas Logan não precisava dessa merda pra exalar seu próprio ar de masculinidade. É ridículo.

— Posso anotar seus pedidos? — perguntou um dos garçons ali presentes. Ele não vestia nenhuma farda, mas a bandeja em sua mão e o bloco de notas o entregavam.

— Eu quero um martini e o seu número de telefone. — Kat disse. Ela não era boa em jogar cantadas, mas a sua beleza era suficiente.

O moço sorriu e em seguida olhou para mim, esperando meu pedido.

— Eu vou querer uma cerveja. — disse, apenas.

Toda tarde de sexta feira meu avô e eu costumávamos sentar na sacada de nossa casa para conversar. Ele sempre estava acompanhado de uma garrafa de cerveja. Quando eu fiz dezesseis, ele me deixou beber. Então eu passe a beber com ele durante esses dias. Era nosso pequeno segredinho sujo.

O moço anotou algo em seu bloquinho, primeiramente eu achei que fosse o nosso pedido. Mas quando ele destacou a folha e a deu para Katherine, eu soube que ali estava seu número de telefone. Katherine sorriu e guardou o papel, enquanto o garçom ia em direção a cozinha, minutos depois voltando apenas para entregar nossas bebidas.

— E aí, não vai pedir o telefone de ninguém? — Katherine perguntou enquanto dava seu primeiro gole no martini.

Kat sabia que eu não estava atrás de relacionamentos.

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