Calma, calma! Eu estou aqui.

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- Oi Monique minha linda, tudo bem?-Mds como eu sou falsaa kkk.
Nem espero pela resposta também não me interessa saber se aquela ridícula esteja bem. Me apresso pq o elevador está se fechando.
-Hei, segura pra mim por favor! - Grito para o moço que acaba de entrar no elevador. Dou uma corridinha e consigo entrar.
-Muito obrigada! - falo com a voz ofegante, de quem correu meia maratona. Mds uma corredinha já me deixou sem fôlego, não posso adiar mais, tenho que começar uma academia o quanto antes.
- De nada, moça. Qual andar o seu? - Fala ele em um tom gentil.
- 3°, por gentileza. - Falo dando um sorriso amigável. Ele retribui com outro - Vanessa Partilho, prazer! - Falo estendendo a mão.
- Ôh, prazer é todo meu, Bernardo Vales.- Diz ele apertando com firmeza minha mão, mas com delicadeza.

Fito ele de canto, é um rapaz bem bonito, ele está usando uma camisa social azul com a gola em V, muito estilosa, usa uma calça jeans rústica muito bonita por sinal. Ele tem um braço forte com pêlos volumoso, que da um ar de másculo, combinando com seu tronco rígido e um furinho no queixo. Ele é realmente muito bonito.
-Trabalha aqui?
-Ãh? - pergunto como se tivesse sido tirada de repente de um transe.
- Se você trabalha aqui no hospital?
- ah, sim, sim trabalho sim, me desculpa tava distraída. - Falo envergonhada com risinho desconcertado
- Sem problema. - responde ele me devolvendo um riso condescendente. - Faz o que aqui nesse hospital?
- Sou fisioterapeuta, e você também trabalha aqui?
- Não, só vim buscar minha vó que recebeu alta hoje.

Estávamos nisso quando deu um apagão e o elevador parou.
-O que aconteceu? - Pergunto assustada.
- Acho que é uma pane elétrica, não se preocupa a luz logo voltará. - Diz ele com um tom suave para me tranquilizar.
A luz voltou, e com ela o elevator deu um solavanco muito forte. Instintivamente voei para os braços do Bernardo. Nuss, como ele tem braços forte e que cara cheiroso, Gzuz! Me envolvo nos braços deles por uns segundos.
- Tudo bem, já passou, só foi um solavanco. - Diz ele me segurando com firmeza. Sinto o hálito quente e sulve dele. Posso ouvir o coração dele, como bate forte...mds que peitoral é esse, moço!
- Que bom, bom, me disculpa foi o reflexo, achei que o elevador tava despencando e íamos nos esborrachar no chão. - Falo eu me recompondo e me desvinculado dos braços dele.
- Tudo bem, mas só foi um solavanco. Graça a Deus, né? - Diz ele com sorriso descontraído.
- Ainda bem, pq ainda irei fazer só 2 anos aqui e ainda nem peguei minhas férias, não quero morrer antes disso não. - Falo dando uma risada, tipo de alívio. - mas percebeu, o elevador ainda está parado?
- Verdade estamos parado.
-E agora? Não posso chegar atrasada, o Francis, meu chefe, me mata se eu me atrasar novamente. - Falo com um crescente nervosismo e já começando a hiperventilar.
- Calma, Vanessa, hei..você já está aqui, você não está atrasada. A culpa não é sua de ter tido uma pane elétrica e vc ficou presa no elevador. - Diz ele segurando em meus ombros e olhando fixamente em meus olhos para me acalmar e devolver-me à razão.

Ele tem uns olhos verdes bem cristalino e profundo. Ele me toma em seus braços novamente e fala:
-Calma, calma! Eu estou aqui. Vai dá tudo certo.
Não falo nada, me encolho em seus braços.
Passando aquele momento de nervosismo e fragilidade, o Bernardo aciona o interfone do elevador, fala com alguém e pede para alguem vim nos tirar daqui o quanto antes. Esse quanto antes demorou pra burro, passou mais de 20 minutos e nada de alguém resolver nosso problema. Já começo a ficar impaciante. Não sou claustrofóbica, mas está presa por quase meia hora num elevador sem ar-condicionado é horrível. Se bem que com quem estou presa, vale até a pena kkkk.
-O que ela tinha? - Puxo uma conversa.
- Ela? - Pergunta ele sem entender nada.
- Sim, sua vó.
- ah, ela quebrou a perna. Ela já tem 74 anos, mas não para quieta nem por um segundo. Ela foi inventar de encerar a cozinha escorreu e quebrou a perna.
- Nossa, coitada. - Diz eu consternada.
- Mas agora está bem. É uma velhinha dura, não ficou nem 2 dias aqui e já tomou alta.
- Bom, né?
- Ótimo. É casada? - Pergunta ele mudando de assunto.
- Não, sou solteira.
- Bacana, me passa seu número, pra gente combinar de sair pra tomar uma cerveja qualquer dia.
Cerveja? De novo, eecaa, esse pessoal não sabe que existe outras bebidas não aff.
- Não poderia ser um vinho? - Diz eu com tom brincalhão.
- Ôpa! Melhor ainda. Adoro degustar um bom vinho com um queijinho pra acompanha.

Passo meu Whatsapp e ele em seguida me manda uma mensagem para eu salvar o número dele. Na foto do perfil dele ele está de óculos aviador, lindo de mais. Mds esse gato quer sair comigo. Acho que me dei beem!

Mas um solavanco, mas agora de leve e o elevador começa subir. Chego no 3° andar, me despido dele com um beijinho no rosto. Saiu do elevador. Caminho para meu consultório. Ah não, droga, lá vem o Francis. Enchendo meu saco em 3..2..1..
-oi Vanessa, o porquê desse atraso?


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