Porta vermelha

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Fui andando até Mat, e nesses três passos que dei, estava pensando se eu o abraçava ou dava um murro nele, a minha vontade de arregaçar com a cara dele era muito grande, mas no fim o abracei, ele se aproximou do meu ouvido e cochichou.

— Eu vou te explicar tudo, só não conta para ninguém ainda.

— Vai contar mesmo — Falei irritado.

— Contar o que? — Caíque perguntou se aproximando para falar com Mat.

— Contar o por que ele foi sem a gente — Disse tentando disfarçar o assunto.

— Acho bom mesmo! Eu fiquei preocupada cacete!! — Elaine falou furiosa, se aproximando de Mat e me empurrando para trás.

— Calma eu posso explicar tudo pessoal — Mat falou tentando acalma-la.

— Deixa o viadão falar — Gabriel concluiu.

Depois de Elaine me empurrar para trás, fui falar com Alicia, estava preocupado, ela tinha passado por muita coisa por minha causa.

— Você está bem?

— Estou sim — Ela me respondeu calma.

— Que bom, desculpa te fazer passar por tudo isso, então fala o que você ia dizer no meu quarto quando meu celular tocou.

— A não era nada importante, você já tem coisa de mais por hoje.

— Bom okay, é posso te pedir um favor?

— Claro fala ai.

— Não vamos contar nada sobre o que vimos por agora, quero ver o que ele tem a dizer sobre isso tudo.

— Tudo bem, eu entendo, mas não da pra negar o que vimos hoje lá.

— Verdade, aquilo foi muito bizarro — Falei pensativo — Vamos, vou te levar para casa.

Peguei na mão dela e a acompanhei até a rua na frente da casa de Santiago, onde me despedir dos meus amigos, pois eles iriam pegar o ônibus e eu levaria Alicia para casa a pé.

— Vamos? — Falei.

— Vamos sim.

A maior parte do tempo ficamos em silêncio, mas era um silêncio bom. Fiquei o tempo todo pensando no dia estranho que eu tive, vi algo estranho nos olhos dela, meu amigo sumiu e eu descobri que ele faz parte de um grupo que fica no meio do mato, onde escondem um lobo assassino, meus pensamentos estavam me enlouquecendo, até que Alicia quebrou o silêncio.

— Está tudo bem?

— Está — Falei com um olhar nada convincente.

— Tem certeza? — Ela insistiu.

— Na verdade... Não! Eu estou, enlouquecendo!! Meus amigos fazem parte de coisas que ninguém sabe explicar.

— Relaxa, só não surta — Ela disse me interrompendo.

Foi aí que eu me toquei e parei de andar.

— Como você está tão calma com tudo que aconteceu?

— Sei lá.

— Você é como eles não é?? Eu sei o que vi hoje na biblioteca, os seus olhos estavam vermelhos e não venha dizer que era alergia ou algo do tipo!! Porque não é! — Falei elevando a voz, até que a porta da casa a onde estávamos em frente se abril.

A casa era gigantesca ficava acima de um pequeno morro com uma escada dando classe e beleza a casa, era branca aparentemente com dois andares as partes de cima do tinha duas janelas, em baixo na entrada tinta duas janelas e uma porta vermelha no meio. E então daquela porta vermelha já aberta, saiu um homem forte, de olhos claros. Ele ficou parado olhado para a gente, me toquei que foi por causa do meu tom de voz ao falar com Alicia.

— Me desculpa senhor, não era minha intenção fazer barulho na frente da sua casa.

— Não é para mim que deve desculpa — Ele falou me olhando fixamente e sério.

— Está tudo bem pai —Alicia falou.

— Pai!? — Falei impressionado.

— Entre Alicia, já é 04:00 da manhã.

Ela me olhou e disse.

— Desculpa — Logo em seguida saiu correndo para dentro de casa.

O pai dela entrou e fechou a porta devagar olhando fixamente para mim. Sai correndo para casa, não tinha noção que estava tão tarde, chegado em casa subi para o meu quarto pela árvore ao lado de casa, entrei no quarto e me joguei na cama estava cansado pra caramba, mas mesmo assim não conseguia dormir, olhei no relógio já tinha passado uma hora desde que vi Alicia, fiquei olhando pro teto pensando em tudo que aconteceu e principalmente no assunto que Alicia tinha vindo falar comigo aqui em casa.

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