Unexpected

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EVE BASTEN POV

De volta à Atlanta.

Eu e Justin não trocamos mais uma palavra sequer um com o outro desde a conversa que tivemos na sorveteria. Durante o voo ele ficou o tempo todo no celular fazendo ligações e respondendo mensagens, já eu aproveitei para dormir já que tinha dormido mal durante a noite porque minha cabeça estava cheia de teorias sobre ele e nossa conversa.

Larguei minha mala do lado da porta do quarto e me joguei na cama, suspirando.

Não consegui ficar nem mesmo dois minutos completos sozinha e ouvi a porta do quarto sendo aberta, não me dei ao trabalho de olhar quem era e continuei encarando o teto, logo senti a cama afundar do meu lado e o cheiro da colônia masculina de Chaz invadiu minhas narinas.

— Como foi na capital? — perguntou.

— O Bieber provavelmente conseguiu o que ele queria. — contei sem nenhuma animação. — Como sempre. — murmurei.

— E você está aérea assim por quê?

Desviei meu olhar do teto branco para encará-lo pela primeira vez desde que ele entrou aqui.

— Eu e Justin tivemos uma conversa estranha. Isso não sai da minha cabeça. — suspirei. — Entrei naquele assunto proibido, sabe? Sobre o que ele tinha me contato sobre ele e Tracy. No início ele parecia estar de boa em estar falando sobre aquilo mas depois ele pareceu virar outra pessoa, chegou a me ameaçar. — contei. — Disse que era para eu parar de me meter porque eu poderia descobrir alguma coisa que eu não quero ou que não querem que eu descubra.

Chaz parou para pensar em tudo o que eu lhe falei, parecendo pensativo.

— Eve, você não acha que é perigoso demais você ficar cavando isso? — disse calmo. — Ficar desenterrando o passado do Bieber não é bem o seu objetivo aqui. Você tem outras coisas para lidar.

— Eu sei, mas alguma coisa me diz que isso é importante. Que, de alguma forma, essa história pode bater com alguma coisa que eu estou procurando. — insisti. — Você e Theo sempre me disseram que é preciso conhecer bem seu inimigo, que toda informação sobre ele é importante e pode ser usada ao meu favor. Talvez isso seja uma peça importante do quebra-cabeça que eu não posso deixar passar.

Me ajeitei na cama, ficando de bruços e me apoiando nos meus cotovelos. Chaz ficou me observando com olhos semicerrados por breves segundos até suspirar, concordando com a cabeça.

— Tudo bem, posso te ajudar nessa. — abri um sorriso e grunhi animada, cutucando sua barriga com o dedo fazendo-o dar risada e segurar minha mão. — Mas tem uma condição.

— Qual? — entortei a boca. Sempre iria existir um "mas".

— Se eu ver que essa merda está te levando para um terreno muito perigoso, você desiste de descobrir sobre isso. — propôs.

— Fechado! — estendi a mão para ele apertar, selando o acordo ali.

Chaz segurou minha nuca e me puxou para deitar minha cabeça em seu peito e assim eu fiz, me aninhando por perto. Sua mão fazia carinho no meu cabelo, seu peito subia e descia numa respiração calma e isso não me incomodava. Eu tinha muita sorte por ter a amizade dele no meio de tudo isso, talvez eu já tivesse surtado há um tempo se ele não tivesse por perto para me manter sã e me fazer sentir segura.

— Como foi por aqui? — perguntei.

— Foi tranquilo. — deu de ombros. — Nada que eu já não estivesse acostumado a lidar. A única diferença é que Tracy também estava lá como minha parceira.

The TargetWhere stories live. Discover now