Delirio

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A necessidade de ter Swan em meus braços uma ultima vez foi imensa - ainda mais após todos na casa terem ido dormir e nenhum sinal de que ela tivesse contado a seu pai sobre Carlos e eu. Ir ate seu quarto e entrar sem que ninguém percebesse foi facil, meu coração batia tão forte dentro do peito que senti meu corpo fraquejar - temi que ela me rejeitasse, temi que me expulssa- se aos berros e acordasse toda a casa, temi não poder tê-la como meu corpo tanto desejava.

Swan se entregou ao meu primeiro toque, fazendo com que eu me surpreendesse, mas enquanto gozava olhando em meu olhos, percebi que ela queria se despedir tanto quanto eu.

O tic- tac do relógio no criado mudo foi calado pelo barulho de nossas respirações. Minhas roupas ja estavam no chão aos pés da cama, os lençóis estavam umidos pelo suor que escorria de nossos corpos - e enquanto a noite se esvaía eu observava com olhos atentos e semi cerrados Swan rebolar em meu rosto.

-

Sophie estava em meu colo, suas mãos apoiadas na cama, seus dedos entrelaçados nos lençóis e sua cabeça caía pra trás enquanto minhas mãos cobriam sua cintura e apertavam sua pele. Chupei seus seios mordiscando seu mamilo, conhecia cada ponto sensivel em seu corpo e meus pelos da nuca eriçavam cada vez que ela arqueva mais as costas se entregando ao prazer.

Suor escorria por meu rosto mas isso nem me incomodava mais, eu queria, precisava desesperadamente obter o máximo dela - o máximo que ela pudesse me dar.

Suas unhas deixaram minhas costas marcadas e eu sabia que aquilo havia sido mais para me machucar que para me dar prazer. Sophie estava machucada eu podia ver em seus olhos como doía estar na mesma cama que a mulher que provavelmelte acabaria com seu pai - machucava que talvez estivesse sendo egoista - mas machucava ainda mais saber que seu desejo por mim era mais forte que tudo isso junto.

A escuridão do mundo la fora era nosso apela secreto de que a noite guardasse aquele momento pra sempre. Queria me desculpar, queria dizer que ia além de mim, mas cada palavra não dita foi dada em forma de beijos e caricias - eu sabia que ela queria sexo - mas também via como se aninhava a meu corpo após gozar. Naquela noite porém quando já estavamos tão ofegantes que não conseguiamos respirar, ela saiu da cama e andou até a janela - observei sua silhueta caminhar lentamente e sentar ali - meus olhos percorreram seu corpo nu até a altura dos ombros depois pousou em seu rosto - seus olhos vaguearam pela noite a fora e não pude deixar de sentir culpa por ser resposável por sua indiferença.

- Sabe por que "usava" as pessoas? - perguntou e não respondi - Por que "brincava" com elas como você gosta de dizer? - sua voz soava mais grave que o normal e percebi que ela sufocava o choro. Não respondi de novo - Eu fazia isso Pearl porque sabia que se não machucasse as pessoas, elas me machucariam. Porque lá atras um idiota se aproveitou da pobre e caçula Swan - seus olhos encontraram os meus - ele queria dinheiro e nada melhor do que uma adolescenta burra e ingênua para cair em sua lábia. Meu pai descobriu seus planos de cara, expulsou- o daqui e me proibiu de vê-lo. Chorei, sofri, mas em algum momento entendi que se ele não tentou se quer me procurar, ou lutar por mim, não era capaz de me amar, não era capaz de amar a si mesmo.

Se antes eu não conseguia falar, agora então minha voz havia sumido completamente.

- Quando você apareceu, e me mostrou que eu era mais que um corpo para outras pessoas tocarem e provarem como quissesem - engoli em seco, sentindo ciumes de todos que a tocaram antes de mim - pensei que fosse diferente.

- Swan - saiu tão baixo que nem mesmo eu pude ouvir minha voz.

- Tem ideia do quão usada me senti ao ler aquilo? - as lágrimas esparam e rolaram por seu rosto.

Sai da cama devagar, dando um passo de cada vez para me aproximar dela, quando sentei em sua frente e levei a mão ao seu rosto ela abriu os lábios para protestar - suas iris azuis brilhando de lúxuria e magoa.

- Não peço que me perdoe, pois sei que o que fiz a você é imperdoavel - falei antes dela - mas seu pai merece todos os anos atras das grades que espera por ele.

- Como ousa?- sua voz aumentou e ela tentou se levantar mas prendi seu corpo ao meu, o que não foi lá grande ideia já que não conseguia me concentrar com meu sexo latejando de tesão.

- Você mesma viu, como a cidade sofre necessidades, como acha que sua familia vive tão bem enquanto outras morrem de fome todos os dias - falei alto e claro apesar de suas tentativas de escapar. Quando ela finalmente parou de lutar e apoiou o rosto em meu peito, senti suas lágrimas me molharem - Eu sinto muito, mas essa é a verdade - afaguei seu cabelo e ela levantou o rosto deixando nossos olhos na mesma altura.

- Não sei o que vai ser de nós pela manhã - pausou molhando os lábios rosados e agora inchados como estavam na noite passada, e pela manhã de ontem, e enquanto eu pudesse deixa-la assim..fazê-la minha. Ela tocou meu queixo com a ponta dos dedos - mas me faça esquecer tudo essa noite.

Seu apelo brilhou nas iris azuis que me faziam sentir como se merfulhasse em um mar agitado em meio a uma tempestade feroz - nunca tive medo de Swan, mas tinha medo das consequências que desencadeariam me relacionando com ela - no entanto, nem com todos os avisos pude escapar dela.

-

Meus dedos deslizaram por seu sexo inchado e quente, pressionei o polegar em seu clitóris enquanto ela rebolava descaradamente, seus seios nem tocavam meu rosto e estava a ponto de gozar só por vê-la naquela posição.

Nos viramos na cama e encaixei minhas pernas entre as suas iniciando movimentos no qual nossos sexos se tocavam - Swan rebolava e provocava chegando próxima ao apice. Aumentei a velocidade ficando tão excitada que podia sentir minha vagina latejar ao colidir com seu intimo.

Gozamos em unissono, tapei sua boca enquanto o gemido rouco soava pelo quarto e talvez pelo corredor, era dificil dizer quando meu próprio cerebro não funcionava direito, meu corpo estava agitado, podia sentir cada nervo em minha pele sensivel ao toque.

Percebi que Swan se preparava para sair novamente dali, abri os olhos em pequenas fendas e a cobri com meus braços maiores e mais grossos que os dela - seu corpo fraco após tanto sexo nem lutou contra aquilo. Ela alinhou o rosto em meu peito e adormeceu - seu cheiro impregnava o lugar, a cama, os lençóis - mas naquele momento seu corpo emanava seu calor e cheiro de sexo misturado ao seu perfume. Era quase uma tortura permanecer ali quando meu corpo ainda queria mais dela - chegava a ser delirante como Sophie me fazia sentir impotente e ao mesmo tempo forte, sentia como se ela estivesse escapando por entre meus dedos feito agua, era a mesma sensação que tinha ao olhar em seus olhos - eu me afundava cada vez mais em suas profundezas sem saber ao certo quando voltaria a superficie.

-

*Não eu não morri !!!

- Os capitulos estão demorando mais tempo do que antes porque comecei a faculdade este ano e ta tudo sendo uma correria este primeiro semestre. Espero que entendam.

- Não ha muitas novidades nesses capitulos mas agora começam as alianças necessarias para um final justo e claro que eu espero agradar todos vocês. Até o próximo meu amores, desde ja agradeço pelo imenso carinho.

Srta.Swan - Romance LésbicoWhere stories live. Discover now