Mesmo com todos os meus protestos e recusas em mudar de posição ela se afasta e me coloca novamente deitada, mas não demora muito para que se deite ao meu lado e assim eu volte a sentir o peso do seu corpo sobre o meu. Com a ponta do nariz ela passeia carinhosamente por minha pele e para logo abaixo do lóbulo da minha orelha onde solta um suspiro quente, passa suavemente a língua molhando o local escolhido, crava os dentes em uma mordida leve mas que gera uma dor fina e em seguida beija suavemente o lugar, sua mão passa por todo o meu corpo e chega a minha panturrilha, onde segura firmemente e eleva minha perna.

- Você tem certeza que quer continuar? - Um beijo estalado se fez na minha bochecha. - Hein, Ana Clara? - Agora um demorado selinho entre os lábios que termina com ela puxando e chupando o inferior. - Você não vai me responder? Te fiz uma pergunta! - Minha outra bochecha é presenteada e a palma da sua mão toma por inteiro o meu seio esquerdo me fazendo gemer em resposta enquanto busco apressadamente por seus lábios.

- Se tu quiser a gente pode parar por aqui. - Finalizando nosso beijo, ela procura meus olhos e os encara fixamente. Vitória está tão excitada quanto eu, mas vejo que ela também luta contra suas vontades, não é porque estamos entregues aos desejos que vamos esquecer da razão e nesse momento sei que toda a sua certeza depende de mim e como tenho cada vez mais convicção do que quero, seguro e me aproximo um pouco mais o seu rosto enquanto digo ao mesmo tempo em que passo a língua na sua orelha. 

- Eu sou sua! - Vitória suspira soltando toda tensão e aliviada sorri fácil contra o meu pescoço deslizando sua mão pelo meu corpo. 

 Apoiada em seu braço esquerdo e com uma das pernas sobre a minha, seus dedos começam a trilhar um caminho sobre meu corpo e como se fossem dois pezinhos saem caminhando por onde desejam passar. Primeiro, ela contorna o meu seio direito e circula lentamente o meu mamilo, depois segue para o esquerdo onde faz a mesma coisa, volta para o centro e assim vai descendo e se o plano dela for me enlouquecer de prazer, com toda certeza está no caminho certo, esse contato direto com seu corpo nu me excita por completo, os sussurros roucos ao pé do ouvido enquanto um caminho longo e torturante é traçado, os beijos mais quentes e os toques precisos fazem tudo em mim desejá-la ainda mais.

Descendo mais um pouco, ela se colocar a beijar, morder, chupar e marcar todo o meu abdômen e quando novamente chega ao meu umbigo eu praticamente grito de prazer, e sorrindo vitoriosa se apressa em descer até seus lábios encostarem novamente na costura da minha calcinha, mas como a posição começa a limitar seus movimentos, ela se afasta e se coloca entre as minhas pernas, gruda suas mãos no meu quadril e finalmente retira a única peça que impede minha nudez. 

Sento bem ao meio do sofá e Vitória se ajoelha em minha frente. Todo o meu corpo está exposto e completamente entregue a ela que se aproxima e beija a parte interna das minhas coxas de uma forma tão lenta e devagar que poderia facilmente ser considerado um crime de tortura.  Vitória sabe exatamente o que está fazendo e estou tão a flor da pele que  todo o meu ser reage a qualquer simples aproximação feita por ela, e assim, em um misto de desejo e querer me invade de uma forma inexplicável, rapidamente procuro onde me segurar, sinto tudo a minha volta girar quando seus dedos deslizam pela parte mais excitada do meu corpo agora sem nenhum tecido entre os dois.

- Tá sentindo, Ana? - O vai e vem dos seus dedos me levam para um transe absoluto, meu corpo se mexe involuntariamente no sofá que de uma hora pra outra ficou menor que uma cadeira, como coube nós duas ainda pouco e agora mal me cabe sentada? - Tu gosta assim, Ana? - Seus lábios se apossaram de mim como alguém faminto e talvez essa seja  a palavra certa para descrevê-la nesse momento, Vitória me prova com tamanha maestria que chega até assustar, nunca senti tantas sensações assim juntas e só consigo gemer pedindo por mais. 

- Mais, Viiii! 

Depois de alguns minutos prendendo sua cabeça entre minha pernas, ela se afasta, segura meus pés e os levanta em um movimento sincronizado deixando minhas pernas na ponta do sofá, tento ajudá-la apesar de estar completamente mole e enquanto procuro a melhor posição, vejo ela prendendo seus cachos bagunçados em um coque alto e nossa, como ela fica linda fazendo isso. Seus lábios estão vermelhos e me parecem tão suculentos que não resisto ao desejo de senti-los e puxo-a para um beijo mais intenso, nossos lábios se encontram e se encaixam perfeitamente, sua língua se divide entre brincar e chupar a minha, minhas mãos envolvem sua nuca a impedindo de se afastar e ela aperta a minha puxando levemente os fios de cabelos soltos que estão ali.

Não demorou muito e Vitória logo voltou para sua posição inicial, ajoelhada entre minhas pernas, segurou firmemente minhas coxas, puxou meu corpo mais pra si, passou a língua rapidamente no meio das minhas pernas, fixou os olhos em mim, mordeu o lábio inferior e parou me olhando padecer de tanto prazer, por pura maldade. 

- Me chupa Vitória. - Não aguento mais querer e não ter, o meu pedido manhoso sai mais como uma súplica reprimida e com seu sorriso mais safado ao perceber o quanto eu estou inquieta, ela começa a me chupar. Sua língua desliza devagar por minha intimidade da forma mais gostosa que já senti na vida, estou completamente molhada e o contato com sua língua quente e feroz provoca em mim um choque enlouquecedor, sinto minhas pernas fraquejarem e meu coração quase parar de bater quando ela aperta minha bunda ao mesmo tempo que começar a me chupar por completo. Com movimentos sincronizados seus lábios me chupam e sua língua me invade, rebolo sem perceber enquanto me deixo invadir ainda mais e sua língua me penetra com agilidade e eu grito enlouquecida de prazer.

- Puta Merda, Vitória!! 

Comecei a pressionar meu corpo contra a sua boca e a gemer sem nenhum controle, uma de suas mãos subiram e encontraram  o meu seio rígido, o calor é algo que se faz insano nesse apartamento e meus pulmões parece que já desistiram, puxo sem nenhuma delicadeza os cabelos de Vitória trazendo-a pra mim e ela entendendo o recado coloca sua língua com mais vontade me fazendo gemer ainda mais alto. 

- VITÓRIA!  

Sua língua deu lugar a dois do seus dedos que me penetraram sem nenhum aviso enquanto sua boca continua a me massagear, sua língua faz movimentos circulares no meu ponto mais sensível, e eu gemo e grito por seu nome sem nenhum pudor quando sinto minhas pernas começarem a tremer e pressiono ainda mais sua cabeça contra minha intimidade completamente molhada.

- É assim que você gosta, Ana? - Sua voz grave me tira do transe em que estava quando seus lábios começam a subir beijando devagar minha barriga, não consigo encontrar nenhuma palavra para responder e apenas suspiro me contorcendo em seus dedos  que continuam num vai e vem sincronizado. Ela encontra meu seio e o suga com força, me fazendo estremecer perdendo qualquer controle que ainda possa ter e a cada movimento feito por ela todo meu corpo parece pegar fogo de tão quente. 

Seus dedos me penetram com mais força e ainda mais rápido, enquanto  rebolo involuntariamente neles, sua boca foi parar na minha nunca onde deixou um beijo que certamente vai me marcar e no meu ouvido ela geme e suspira demostrando tudo que também está sentindo. Grito me prendendo em seu corpo e arranhando suas costas e o tesão que sinto é algo alucinante, um enorme calafrio me invade, me causando tremores incontroláveis, meu centro se contrai quando com o polegar Vitória massageia meu ponto sensível e pulsante ao mesmo tempo que seus dedos curiosos me exploram ainda mais fundo e eu não consigo mais segurar, o toque de nossas peles parecem uma carga de atração de energia, chega a arder de tanto querer e sentir.

- Goza pra mim, Ana! - Sua voz ajuda a me enlouquecer ainda mais e a rouquidão ofegante no meu ouvido me alucina. 

Junto o fio de força que ainda existe em mim e grudo nossas bocas em um beijo tão intenso quanto tudo o que está acontecendo e gemo contra os seus lábios.

Cravo minhas unhas em suas costas e não controlando mais nenhuma reação, sinto meu corpo inteiro se contrair enquanto uma onda de prazer me invade, rebolo ainda mais rápido e grito por seu nome quando o ritmo dos seus dedos aumentam e sem muito demorar me derramo inteira pra aquela que me fez sentir sensações inexplicáveis, e ao mesmo momento que estremeço de prazer, ela relaxa sobre o meu corpo, deita com a cabeça no meu peito e diz.

- Eu é que sou sua! 


 "A alma é o lugar onde os sentimentos são profundos demais para palavras. Calamos não porque não tenhamos o que dizer, mas porque não sabemos como dizer tudo aquilo que gostaríamos de dizer."  

SensaçõesWhere stories live. Discover now