Capítulo 11 - Me faça a pergunta e direi a resposta.

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Entramos na casa grande e assim que passo pela porta percebo várias coisas no chão

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Entramos na casa grande e assim que passo pela porta percebo várias coisas no chão. Roupas, sapatos e até pratos espalhados pelos móveis. A Bella faz uma careta e me encara em seguida, ela também está sentindo medo, assim como estou também.

O Dylan joga a chave na mesinha de centro da sala e fecha a porta atrás de nós.

── Sei que não é um lugar que vocês estão acostumadas de ficar... ── Ele cruza os braços e nos encara por um período curto. ── Mas amanhã eu deixo vocês ir assim que a chuva passar, combinado?

── Por que você se importa com a gente? ── A Bella também cruza os braços e o encara sem entender nada com nada, quero saber também, ele parece ser preocupar com a gente de verdade. ── Você pode deixar a gente ir, sem nenhuma preocupação, afinal você nem conhece a gente

── Calma linda, só quero manter vocês duas seguras. ── Ele solta um sorriso e aponta para a escada ── Se quiser ir tomar um banho quente, tem toalhas limpas no armário do banheiro e se quiser pegar uma blusa larga minha pra usar e por a sua roupa pra secar

── E deixar você a sós com a Maya? ── Ela gruda em meu braço e me olha. ── Obrigado, mas vamos ficar bem juntas

── Está tudo bem Bella, assim que você acabar.... subo pra tomar um banho também, está fazendo muito frio, vamos acabar pegando um resfriado.

Ela ainda encara o Dylan antes de subir as escadas nos deixando completamente sozinhos naquele quadrado bagunçado. O rapaz tira os sapatos e a blusa, tento não olhar pra barriga sexy dele, mas é inevitável não olhar. Viro o rosto constrangida e finjo estar olhando pros quadros nas paredes. Ele se joga no sofá e pega um cigarro e o acende, o encaro e me arrependo por não ter subido com a Bella.

── Está com fome Maya? ── Ele da uma trago no cigarro e me olha com certa atenção. ── Deve ter algo na geladeira ou no armário pra comer

── Estou bem. ── Cruzo os braços tentando me fazer o meu corpo se esquentar, é frio nessa casa e a chuva ainda está forte o bastante pra não deixar nos duas irmos embora, não é uma boa ideia pegar a estrada. ── Preciso ligar pra minha tia, ela deve estar preocupada...

── A área daqui é horrível, mas tenta a sorte. ── O mesmo da outro trago no cigarro e me oferece, balanço a cabeça negando e abano a mão tentando tirar a fumaça do meu rosto. ── Ela deve estar dormindo uma hora dessas, não?

── Talvez, mas ela é médica... os horários dos plantões são imprevisíveis e se ela não me ver em casa vai surtar e chamar a polícia. ── Me sento em uma poltrona velha que havia algumas camisas dele, desbloqueio o celular e faço um cara bem decepcionada quando percebo que está realmente sem área. ── Você não me respondeu se você é um deles...

Tento puxar algum assunto...

── Eu não devo satisfação a você pequena Maya. ── ele sorri e assopra a fumaça, que raiva, ele é um estúpido! ── Só estou aqui porquê você e a Bella parece ser boas meninas e boas meninas não devem ir ao perigo

── Você também não tem que cuidar das nossas vidas. ── Fecho a cara, a minha vontade é de voar no pescoço dele e faze-lo falar de uma vez. ── Era tudo um plano não é? se esbarrar em mim na rua, só para se aproximar

── Pequena Maya eu sei mais da sua vida do que você mesma. ── Ele ri e joga a bituca de cigarro em um vaso ao lado. ── Você é tolinha, acha que vai conseguir resolver as coisas do seu jeito

── E você é um cretino. ── Bufo de raiva e o encaro enquanto ele se levanta e caminha até mim, deveria estar com medo, mas não fiz dois anos de taekwondo pra me intimidar com um cara escroto como ele. ── Muito obrigado pela hospitalidade, mas eu e a Bella vamos embora

── Não você não vai! ── Ele segura o meu braço quando percebe que estou falando sério. ── Para de procurar pela Carrie e para de se envolver onde você não deve!

── Então você sabe sobre a Carrie? ── Pergunto irritada e faço com que ele solte meu pulso, mas ele ainda o segura. ── Se quer me ajudar, me deixe saber mais sobre você Dylan...

Ele solta meu braço e passa a mão na nuca e caminha até a cozinha, por um tempo fica por lá por uns minutinhos, parece estar procurando algo. Pois, faz muito barulho. Enquanto fico sozinha na sala procuro algo para usar como defesa, aquele rostinho pode até ser bonito, mas não vou me comover. Acho um canivete e o escondo atrás de mim, é pequena e da pra esconder na mão.

Em seguida o Dylan volta pra sala com uma garrafa de whisky e dois copos, primeiro se serve, me entrega o outro copo e o enche quase na metade.

── Vou deixar que faça suas perguntas, apenas duas. Vou responder somente com não ou sim e se insistir vou parar de responder.

── Tudo bem. ── Ele se senta e eu contínuo em pé um pouco afastada dele. ── Você conhecia a Carrie?

── Sim.

── Você é um deles?

── Não.

── A Carrie e você se falava?

── Não.

── Sabe se a Carrie está viva? ── O mesmo levanta o rosto e me encara, não entendi se havia feito a pergunta errada ou ele também não sabe. ── Foi você que mandou as caixas com o vídeo e a carta na casa da Bella?

── Não sei se sua a sua amiga está viva, apenas fiz o trabalho de entregar a carta e o vídeo na casa da sua outra amiga. ── Ele toma alguns goles da bebida. ── Todos falava que a sua amiga era uma vadia

── Vadia? te garanto que ela era tudo menos uma vadia! ── Fecho a cara e seguro o canivete em minhas mãos, preciso fazer só mais uma pergunta, ── Você parece ter ódio dela e a sua voz tremeu, ficou calado quando perguntei se ela está viva....

Coloco a mão para trás e abro o canivete.

── Você a matou?

Ele se levanta furioso e joga a garrafa no canto do cômodo, caminha até onde estou e me encara, seu olhar estava obscuro e me da muito medo. Já estou pronta pra dar uma surra nele que ainda continua me encarando. Não sei o que fazer, devo gritar pra Bella ouvir? dou alguns passos para trás até que me esbarro na parede. O mesmo coloca a mão me bloqueando e com a outra desce do meu cotovelo até a minha mão que está com o canivete.

── Você ia me machucar? ── Ele tira o canivete da minha mão e o joga no chão, respiro fundo e sinto muito medo. ── Você acha que sou um assassino?

Ele altera a voz e me encara, viro o rosto pro outro lado, consigo sentir o cheiro da bebida e do cigarro. Quero chorar e correr daqui.

── Olha para mim Maya, pelo amor de Deus! ──  O mesmo me surpreende quando com delicadeza segura o meu rosto me fazendo o encarar nos olhos. ── Responde por favor!

── Sim Dylan, acho que você é um assassino. ── O encaro e sinto o semblante sombrio passar, ele se afasta e parece muito magoado, escuto passadas pesadas e rápidas descendo a escada me deixando um pouco mais aliviada. ── Quero você longe de mim e longe da Bellla

 ── Quero você longe de mim e longe da Bellla

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Hasta luego; 🔎

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