Forty nine

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Eu acordei e logo estranhei o quarto. Minha cabeça estava dolorida e assim que olhei para baixo vi que estava com uma camisa que não era minha. Sentei na cama, o quarto era separado apenas por uma meia parede do resto da casa. O que eu tinha feito?

   — Já acordou? — Jaebeom entrou no cômodo.

Ele usava uma bermuda cinza e uma regata preta.

   —  Minha nossa o que eu fiz? — O encarei envergonhada.

  — Não se lembra de ontem? — me encarou confuso.

    Então as memórias vieram como um flash e eu cobri meu rosto sentindo-o corar. Lembrei de entrar no apartamento de Jaebeom, nós fomos paro o quarto, logo eu estava  sem roupa e ele também.

    A boca de Jaebum desceu por meu corpo e por um momento eu esqueci de tudo. Mas então quando ele foi pegar um preservativo eu comecei a chorar e pedir desculpa. Lembro dele me entregando uma blusa e depois acho que apaguei. Pelo visto minha primeira vez com alguém sempre seria vergonhosa.

  — Me desculpa —  murmurei suspirando — não queria estragar sua noite.

Depois que comecei a chorar não teve clima para mais nada, por mais que antes tudo estivesse indo muito bem, as lembranças de Baekhyun foram demais para mim.

  — Fiquei assustado quando você começou a chorar — sentou na cama — falou algo sobre seu ex e estar magoada. 

— Meu ex me disse coisas horríveis — prendi meu cabelo num coque —  sinto muito por desistir em cima da hora.

  — Não se desculpe, está tudo bem mudar de ideia a qualquer momento. Deve estar sendo difícil para você  —  sorriu fraco — vista sua roupa, eu fiz o café da manhã. 

  — Ok.

    Ele me deixou sozinha e  me vesti. Meu celular estava cheio de mensagens preocupadas, eu tinha saído sem avisar e deixei todos loucos.Respondi a todos dizendo que estava bem e que explicava tudo depois. Kyungsoo com certeza daria o maior sermão que já ouvi sobre como sou irresponsável.

   Baek tinha me magoado muito, sabia que ele não estava fingindo, aquele tom, aquela brutalidade, era diferente das outras vezes.

   — Gosta de café? — Jaebeom me encarou enquanto dava gole em uma xícara.

  — Gosto.

  Ele morava numa kit-net, tudo era bem arrumadinho, tinha um violão num suporte na parede e a parte da cozinha era inteira de inox.

   Estava envergonhada, apesar de não termos ido até o fim, tinha feito muitas coisas com Jaebeom e agora era difícil encará-lo.

   —  Você está melhor? — sentou-se a mesa de frente para mim.

  — Vou ficar — sorri fraco e dei um gole no café.

   — Toma — ele me serviu lamen — não que seja da minha conta, mas porque tem um canivete na sua calça?

    Eu tinha me esquecido que Jaebeom tinha visto aquilo mas em todo o caso, eu tinha um canivete apenas para me proteger.

  — Não sabia quem ia encontrar ontem — mordi o lábio — estava apenas tentando me proteger. 

Acho que falar sobre como fui ameaçada por uma cientista maluca não era um bom tópico para conversar com um cara que horas atrás tinha o rosto entre minhas pernas.

   — Entendo. O torneio não é um lugar muito seguro — seus olhos focaram em mim.

     —  Depois de ontem, não vou mais voltar lá — comi um pouco de lamen.

    — Seu ex frequenta o torneio?
  
   — Ele é lutador — ri amarga — conhece o Baekhyun?

      Os olhos de Jaebum se arregalaram, parecia muito surpreso e até deu um grande gole em seu café.

  —  Você namorava o Baekhyun? —  Assenti — corajosa.

   —  Talvez — parecia ter um nó em minha garganta — mas agora acabou.

   No ringue Baek era bruto e intimidador mas ele não era assim comigo, pelo menos não até a noite anterior. Eu olhei em seus olhos, não havia nenhum sinal de droga ali, então por que ele foi tão cruel?

   Não parecia fingimento, parecia real e doía a cada vez que eu lembrava.

    — Se precisar de uma carona, eu te levo

   — Não precisa — deixei a xícara vazia sobre a mesa — eu posso voltar de metrô. 

     —  Gostei de você, Suzy —  ele passou a mão pelos cabelos — se quiser sair qualquer dia desses, estou aqui.

   — Também gostei de você, mas preciso superar a vergonha da noite passada — ajeitei minha roupa. — Foi constrangedor demais.

   —  Você parecia bem animada, até começar a chorar. 

  —  Agora preciso tirar essa má impressão  —  sorri — não quero que fique pensando que sou um bebê chorão.

  Eu ainda estava magoada demais para entrar em outro relacionamento, mas Jaebeom era divertido e com ele, por alguns segundos, eu conseguia esquecer da falta que Baek fazia.

   Narrador pov

    Baekhyun acordou, sua cabeça doía e a boca parecia seca. Estava na cama de Jinnie, não acreditava que tinha transado com ela de novo.  Suas memórias da noite anterior estavam confusas, ele se lembrava de lutar e de brigar com Suzy.

  Cubriu a boca com a mão, tinha dito coisas horríveis a Suzy, por que ele tinha dito aquilo? Não conseguia se lembrar do motivo, mas se lembrava da decepção estampada no rosto dela.

  — O que você fez!? — Sacudiu Jinnie fazendo-a acordar — o que aconteceu ontem?

 —  Calma, cachorrinho — ela sorriu se sentando — você não se lembra?

  —  De pouca coisa — Baek estava furioso — o que fez?

As memórias eram como um borrão, não conseguia lembrar de porque fez as coisas que fez. 

  — Estava apenas testando uma substância em você — falou de modo inocente — Você me obedeceu tão bem.

  — Sua desgraçada —  Baek avançou no pescoço dela.

Fechou os dedos envolta da pele pálida, poderia acabar com tudo ali mesmo.

   — Não vai querer me machucar não é? — Ela sorria mesmo com Baek prestes a enforcá-la — pense no que pode acontecer a seus amigos. Seria uma pena matar a garota. Meus homens tem ordem para agir caso eu morra.

   Baek a soltou, não podia acreditar, Suzy deveria odiá-lo, tinha sido cruel e não teria a chance de explicar tudo.

    Estava completamente perdido, talvez fosse melhor deixar que ela seguisse com sua vida.

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Jaebum deixa a Suzy melhor

Baek tá nas mãos da Jinnie



Knock Out 《Baekhyun 》Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt