Capítulo 20

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Emma Baker 

Eu abro os olhos e dou de cara com Bruce me olhando de perto, eu não sei o que aconteceu, eu só me senti tonta e desmaiei. 

-Graças a Deus! - Bruce fala me abraçando apertado. - Você tá bem? 

-Só um pouco tonta... - eu olha em volta e vejo que estamos numa sala. - Onde eu to? 

-Eu te trouxe aqui pro andar de cima do salão... - diz. - Você se lembra de algo? 

-Só que um homem falou... Ai meu Deus! - eu olho pra ele em choque. - Aquele homem... 

-Eu não sei amor, não acreditei nele. - diz tocando meu rosto.

-Você o conhece? 

-Sim, ele é Juiz... - bufa. - Ele está lá fora quer falar com ele? Eu não posso impedir você de falar com ele, mesmo sendo o que eu quero. - resmunga. 

Eu estou com a cabeça a mil, como assim aquele homem é meu pai? Então foi ele que abusou da minha mãe, a culpa é dele por ela ser como é hoje. 

Ele é o culpado! 

-Deixa ele entrar. - peço baixinho. 

-Tem certeza? 

-Sim, agora pede para ele entrar. - falo com mais firmeza dessa vez. 

Ele se afasta e abre a porta deixando o meu suposto pai entrar, assim que ele entrar abre um pequeno sorriso ao me ver. Eu não retribuo fazendo o mesmo para de sorrir, ele olha para Bruce de um jeito... Debochado eu diria.

-Deve estar se roendo de ódio delegado, sinto muito mais terá que me engolir. - fala encarando meu marido. 

-Não, eu não vou. - Bruce se aproxima mais dele. - Quebro seus dentes aqui se não tira esse sorrisinho de deboche pra mim.

-Eu mandou aqui delegado, eu sou juiz então acho melhor não me enfrentar. 

-Chega! - falo alto. - Chega os dois, amor não provoca e você. - aponto para o homem que se diz meu pai. - Não te conheço e se não respeitar meu marido, mudo de ideia agora e nem te escutar eu vou. - falo me sentando. - Da onde tirou essa ideia de que é meu pai? 

-Podemos falar a sós? 

-Não, meu marido fica então pode começar. - digo rudemente. 

Ele começa a me contar que foi até minha mãe, fala que ele e minha mãe eram namorados quando ele a estrupou tão cruelmente. Ele começa a despejar tudo em cima de mim, mais mesmo escutando o que ele falou tenho dúvidas e só minha mãe pode tira-las. 

-Eu não espero que me chame de pai agora, mais eu quero fazer parte da sua vida. 

-Não, agora não. - levanto. - Você abusou da minha mãe ela me culpa por isso... Ela... Você é um monstro. 

-Filha... 

-Não me chama de filha, por favor! - suplico. - Eu olho pra você e vejo um monstro, não te vejo como meu pai e sim como um estrupador que acabou com a vida da minha mãe. Porque tinha que aparecer agora? Porque? 

-Pois só agora eu tinha todas as certezas Emma, só por isso. - ele bufa.

-Quero um exame de DNA e se esse exame comprovar que sou sua filha, não pense que vamos virar uma família feliz. - digo com sinceridade.

-Eu só quero me aproximar e corrigir meus erros. 

-Devia ter ficado longe dela. - Bruce murmura. 

-Porém não fiquei e não vou ficar delegado. - ele responde Bruce. - Terá que me aceitar e espero realmente que baixe seu tom comigo, pois quem está a cima de você sou eu. - diz e vejo Bruce fechar as mãos com força.

O Passado Sempre Volta - Série Paixões Perigosas - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora