Vinte nove

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Fiquei um tempo ali deitado torrando, no sol até decidir ir dar um mergulho. Aproveitei que o grupo todo estava lá sentado no sol, menos Maria Duda que já tinha sumido da minha vista.

Ficamos na praia por um tempo, mas fomos para casa na hora do almoço e fomos recebidos pela comidinha caseira da pensão mais perto já que ninguém ali sabia ou queria cozinhar. Aliás, nem comida a gente tinha comprado mesmo.

O plano era almoçar, descansar o almoço e voltar mais tarde para fazer um luauzinho ou uma festinha por ali mesmo na areia da praia.

Devia ser umas quatro da tarde quando meu celular começou a tocar, era meu irmão. Sai da casa e fui para calçada aproveitando para fumar um cigarro.

Fala meu moleque, já chorou muito de saudade?

Não obrigado, eu passo essa opção. — ouvi sua risada.

Ok o que foi que eu perdi?

— Nada de mais, saímos cedo hoje viemos para uma casa de praia de um tio do João. Tem meninas e cachaça.

— Ou merda. Será que eu fui embora no melhor dia?

— Pois é provavelmente, mas e por aí?

— Nada de mais, ainda não fui ver a mamãe mas ela já me ligou pedindo um relatório de dez mil palavras sobre como você está e como foi nosso tempo juntos.

— Será que ela é exagerada?

— Não tiro a razão dela. Tem mais uma.

— O que?

— Luan tá morando com o papai. — ele disse e eu estranhei.

— Ué? Porque?

Mamãe e papai fizeram um acordo, e parecia que ele não queria morar mais com ela.

— Que bagulho estranho Yuri, assim sem motivo? Que porra é essa, aí tem. — preocupei me.

— Eu não sei, mas vou lá pra ver se descubro. Papai falou que não aconteceu nada.

— Não acredito, assim que você for lá me avisa. Se aquele filho da puta fez alguma coisa com meu irmão eu arregaço ele na porrada.

Não tenho dúvidas Anderson Silva. Mas fica calmo que eu vou descobrir direitinho o que houve antes de você fazer mais uma burrada.

— Não me esconda as coisas.

— O cara dos segredinho aqui é você. Por falar em segredo, como está Maria Eduarda?

— Vai se ferrar. — bufei e ele gargalhou.

Entramos em outro assunto, e ele falou sobre um cara espaçoso que estava ao lado dele no vôo e o quanto ele detestou aquilo. Não estendemos muito o assunto, já que ele começou a encher o saco falando do quanto de créditos que estava gastando comigo.

Desliguei a chamada e voltei pra dentro de casa, as meninas estavam no segundo andar se preparando e os caras estavam guardando as bebidas no gelo. Decidiram por fim fazer a festa por ali mesmo no quintal, então eu ajudei João a colocar luzes pelo quintal.

Pelo tanto de ligações e mensagens que todo mundo tava mandando sobre a festa eu sabia que aquilo ia ficar bom. E aos poucos eu estava me animando mais.

Arrumei dessa vez sem plateia, fiquei bem simples. Uma bermuda, um tênis e uma camisa cinza, sem esquecer do boné na cabeça.

Quando sai do quarto fui surpreendido pela quantidade de gente que tinha ali, como o pessoal conseguiu arrumar tanta gente assim de última hora? Eu não fazia ideia. Principalmente sendo em um lugar tão distante de casa. Tinha funk alto, e muita bebida alguns petiscos, mas ninguém ali ia se ligar muito na comida.

AcasosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang