Capítulo 34 - As Vilas

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   Já haviam se passado algumas semanas desde os últimos problemas de Suna e eu estava me aprontando para viajar até Konoha. Dei minha última passada no banheiro, ajeitei o cabelo e peguei meu leque no quarto. Quando olho para a porta, Kankuro estava encostado.

- Você... – Pigarreou e voltou a falar. – Você vai terminar de ver as coisas para o seu casamento? – Afirmei. – É... você volta, né?

- Volto pela última vez, para ir definitivo.

- Muito louco isso, né? – Kankuro balança a cabeça e riu, com os braços cruzados.

- Alguém querer casar comigo? É muita loucura, na sua opinião? – Falei brincando.

- Também... Mas não era isso...

- O que era então?

- Vou sentir saudades de você, Suna vai sentir sua falta... Da princesinha da areia...

Meus olhos encheram-se de lágrima e percebi que os de Kankuro também. Abracei-o sem falar nada e ele me retribuiu. Ficamos algum tempo assim.

Kankuro era o mais ciumento de nós, mas se tornou um homem incrível. Um dos shinobis mais respeitados de Suna, vive pelo seu trabalho e pela vila. Beija algumas kunoichis aqui e ali, o que eu acho errado, mas esse é Kankuro, ele não se deixa ser preso. Ele foi feito para o mundo todo e eu acho isso incrível.

- Promete continuar sendo assim, Kankuro?

- Assim?

- É, assim, idiota como sempre. – Falei rindo dele.

- Que graça em Temari! Eu aqui me declarando...

- Te amo idiota!

- Eu também te amo, chata!

***  

Nos portões da vila, eu avistei uma cabeleira ruiva que não imaginava estar aquela hora por ali.

- Temari? – Gaara me chamou. – Você sabe quando volta de Konoha?

- Ainda não sei bem, mas garanto não demorar mais que o necessário. – Respondi.

- Não estou te cobrando, só preciso que vá me avisando, precisamos arrumar tudo para o casamento. – Afirmei com a cabeça e Gaara veio mais para perto de mim. – Isto é para Kakashi, entregue para ele, por favor. – E me deu um pergaminho. – Já este aqui, é para você, leia quando der uma pausa da viagem... – Me entregou um envelope de cor amarela.

- Ok! Pretendo não demorar.

- Fique tranquila, Tema! Só avise quando chegar e sobre as coisas do casamento.

Dei um abraço em Gaara, com certeza ele não esperava por isso pois senti que levou um susto. Depois percebi que ele ficou mais tranquilo e retribuiu meu abraço. Mas quando menos esperei, a areia de Gaara também me abraçava. Não aguentei e comecei a chorar.

- Obrigada por isso! – Falei sussurrando.

- Agradeça a mamãe! Ela faria muito mais se pudesse.

Ficamos alguns minutos assim, mas acabei me desfazendo do abraço e limpando o rosto com a mão. Me despedi e parti sem olhar mais para Suna.

***  

Assim que parei para descansar em uma casa de chá, peguei a carta amarela que Gaara deu a mim. Abri com cuidado e só havia um bilhete em branco dentro. Voltei a olhar dentro do envelope e senti um pouco de chakra por ali e... areia?

Duas VilasWhere stories live. Discover now