Capítulo 16

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- Eu não vou me esconder a vida toda. - Digo para Josh e Gregory. - Vocês ouviram os possíveis planos daquele cara? Meu Deus, vocês podem ser carregados daqui há qualquer momento.

Nós estávamos conversando em uma sala na mansão. Jamie estava descansando, enquanto discutíamos a nossa segurança e a do restante da comunidade.

- Eu não sei o que podemos fazer. Robert é bom, mas não consegue ir à luta. Ele tem medo. - Gregory diz.

- Mas as pessoas confiam nele. - Josh responde.

- Não podemos ficar só esperando quando ele virá. Eu sei que chegamos agora, mas aqui é nossa casa. - Eu disse. Gregory passou alguns segundos me olhando. - Eu vou defender esse lugar.

- Nós vamos, Cristal. - Josh respondeu.

- Eu sei o que querem... - Robert chegou de surpresa. Nós olhamos para ele. - ...eu não tenho a força que precisam. Estou velho, cansado, mas eu sei o que o povo precisa. Josh, eu quero que lidere as equipes de busca, guarda. Eu sei que o povo confia em mim, e eu sei que confiarão em você.

Josh ficou parado por alguns segundos, ainda tentando entender.

- Robert, eu posso não ser a pessoa certa. - Ele respondeu.

- Eu sei que você é. Sei que vai nos manter salvos. Só... mantenha nossa comunidade em um bom caminho.

Josh afirmou com a cabeça e Robert deu as costas e saiu.

- Você consegue, Josh. - Eu disse. Ele olhou para mim e deu um sorriso fraco para mim.

- Você tem nosso apoio, cara. - Gregory disse.

No fim do dia, nós já estávamos bem alojados em casa. Nossas coisas estavam em seus devidos lugares e estávamos bem, apesar de o medo ainda estar em nossa pele.

Quando deitei para dormir, meus olhos logo se fecharam, então eu me transportei para outro lugar...

Dessa vez estávamos em janeiro de 2023. No exato dia em que descobrimos que o mundo não seria mais o mesmo.

O sino havia tocado mais cedo. Faltavam algumas horas para as aulas terminarem, mas havia uma diferença naquele toque. Era o de emergência.

- Por favor, saíam calmamente. Não entrem em pânico. - A professora dizia.

Quando consegui sair da sala, consegui ouvir uma voz meio robótica.

"Isto não é um teste. Por favor, sigam para a saída principal com calma."

Haviam burburinhos, ninguém sabia o que estava acontecendo, então estavam todos agitados.
O carro de meu pai estava na entrada da escola, me esperando. Algumas pessoas estavam correndo desesperadamente até seus pais, eu estava tentando entender aquilo tudo.

Quando chego no carro, meu pai abre a porta imediatamente e eu entro.

- O que houve? Não explicaram nada na escola. - Digo, percebo que meu pai estava ofegante. - Cadê a mamãe?

- Ela está bem. Não sabemos o que houve, apenas recebemos uma ligação para buscá-la.

Meu pai acelerou o carro. Finalmente estávamos na estrada, bem longe da loucura que estava a escola.

A Garota e os ZumbisOnde histórias criam vida. Descubra agora