Capítulo 11

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Acordo abraçando um corpo quentinho. Quando abro os olhos, vejo as costas de Josh, dou um sorriso. Quando estava prestes a levantar, vejo nossas roupas jogadas entre a cama e o chão, olho para debaixo das cobertas e vejo meu corpo nu.

É, realmente havia acontecido, não era um sonho e eu estava mais feliz que nunca.

Quando me viro para voltar a abraçar Josh, vejo sua cicatriz. Haviam alguns poucos pedaços de pele descamando, devido às fases finais de cicatrização, mas, o pior de tudo, era ver a marca de um "M" em seu corpo. Levo minha mão até suas costas e acaricio aquela cicatriz levemente. Aquilo foi por minha causa.

Sinto ele se mexer, então ele se vira para mim e me puxa para um beijo. Apenas deito sobre seu peito e o acaricio, enquanto sinto vontade de morar ali.

- Eu queria que isso tudo fosse a realidade. Sem mais, sem Mestre, sem zumbis. Só nós. - Digo, ele me abraça.

- Eu sei. Eu também.

E nós ficamos ali, juntos, pelo que pareciam horas.

Alguns dias se passaram desde a nossa primeira vez, estávamos planejando como ir embora e para isso teríamos que armar um caos. Assim não perceberiam que fugimos de imediato, ou pensariam que estávamos mortos.

Tudo estava planejado para o dia seguinte, não sabíamos se iria funcionar, mas o que sabíamos era que iríamos embora de qualquer maneira.

Josh e eu saímos para caçar pela manhã. Estávamos com nossos rifles e facas, e era ótimo poder ver a luz do dia fora daqueles muros.

- Vamos ver quem pega o maior coelho. - Digo, vejo um sorriso brotar em seu rosto, antes era difícil vê-lo, mas agora parecia mais frequente.

- Sinto informar, mas existem poucos coelhos nessa região. O máximo que podemos achar são esquilos, ou gambás. - Reviro os olhos.

- Não importa, eu vou pegar o maior. - Ele balança a cabeça, em negação.

Foi quando ouvi um barulho. Imediatamente nós paramos e nos escondemos. Pego a arma e observo com a mira, procurando por qualquer sinal.

- Deve ser só um zumbi. - Josh sussurra.

- Ou não. - Havia um homem em minha mira, e ele estava vivo o suficiente. E armado o suficiente. - Conhece?

Josh observa, então imediatamente faz uma cara de espanto.

- Aqui não é mais seguro, precisamos voltar imediatamente e avisar aos outros. - Ele diz.

- Josh, e se... - Penso por um segundo. Aquilo parecia o mais justo a se fazer. - ...e se esse fosse o nosso ataque? Não sujaríamos nossas mãos, não diretamente.

- Boa ideia. Eu vou por ali, segue pela direita e nos encontramos em cinco minutos. Vamos atrair dos dois lados. - Concordo com a cabeça.

Corro para o meu lado, fazendo o máximo de barulho que consigo. Mas me vejo em uma enrascada quando me deparo com um dos homens.

Ele usava roupas velhas e sujas, seus dentes estavam escuros e podres, ele segurava sua arma e apontava para mim.

- Eu sabia que essa caçada ia render. - Ele diz rindo. Tento parecer assustada, quanto melhor fosse o teatro, mais chance eu tinha de me livrar.

- Por favor... - Digo, levanto as mãos e encolho os ombros, como se esperasse pelo tiro. Ele abaixa a arma e a joga no chão.

- É melhor com a pessoa ainda viva. - Ele diz e tenta me agarrar. Uso toda a minha força e o chuto. Começamos uma luta. Eu sabia que não aguentaria aquilo por muito tempo, mas teria que tentar.

A Garota e os ZumbisМесто, где живут истории. Откройте их для себя