Capítulo 13

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CRISTAL LEVIGNE

Estávamos na Associação Ace há alguns dias, não sabíamos se Mestre havia notado nossa ausência, se estávamos sendo procurados, e por conta disso, não consegui baixar minha guarda.

Era difícil dormir à noite inteira, Josh e Jamie pareciam tranquilos, Josh dizia diversas vezes que a segurança do local era confiável, mas, ainda assim, algo me dizia para não ceder. Parecia que Mestre iria nos atacar à qualquer momento, até mesmo na calada da noite.

Era madrugada, Josh dormia com seus braços ao meu redor, e mesmo tentando me manter alerta, meu corpo queria fraquejar. Quando finalmente fechei meus olhos, meu corpo pareceu se transportar para a minha casa.

Era um dia de dezembro, eu lembrava exatamente desse dia. Era quase ano novo e estávamos prestes a entrar em 2023. Eu estava sentada na grama, meus pés passando pela grama recém cortada e o cheiro de mato fresco me fazendo lembrar o quanto era bom estar ali.

- Cristal? - Minha mãe chegou, ela estava com um sorriso. - Weller chegou, ele trouxe alguma coisa.

Eu dei risada do modo como ela falou, parecia mais animada que eu. Eu levantei e fui até a sala. Weller segurava uma caixa com bombons e um urso, assim que me viu, veio me abraçar e beijar.

- Vocês querem comer agora? Posso preparar um sanduíche. - Minha mãe perguntou.

- Relaxa, mãe. Estamos bem. - Eu disse e puxei Weller para subir. Era melhor irmos ao meu quarto, ou minha mãe passaria horas falando sobre seus programas de TV ou sua coleção antiga de DVD's.

- Daqui a pouco vou deixar o lanche, e lembre-se da porta aberta. - Ouvimos ela gritar.

Quando chegamos no quarto, Weller o observou. Era a primeira vez que ele subia. Sentei na cama e o observei, ele deixou a porta escancarada, mas não tinha problema, eu não tinha intenção de absolutamente nada.

- Seu quarto me lembra você. - Ele diz, vindo para próximo de mim, e estendendo a caixa de bombons e o urso. - Um presentinho.

- Se eu soubesse que era uma data especial, tinha comprado algo para você, também. - Eu disse, então abri a caixa. Imediatamente o cheiro de chocolate invadiu todo o quarto. Peguei um e o provei, oferecendo a ele logo em seguida, que negou.

- É só seu. - Ele diz. Ele sentou ao meu lado, então se inclinou para me beijar. Eu retribui ao seu beijo, e logo estávamos deitados aos beijos, como de costume.

Mas hoje, Weller parecia faminto. Havia algo nele que me dizia para tentar manter as coisas menos quentes.
De repente, suas mãos estão em minhas coxas, e subiam e subiam. De repente, minha mão encontra a dele, o forçando a parar. Imediatamente ele afasta seu rosto do meu.

- Nós temos um limite. - Eu digo, ele parecia não ter gostado.

- Você sempre com essa conversa. - Ouço ele dizer. Ele levanta e senta na cama, passando a mão por seu cabelo escuro.

- O quê? Como assim, Weller? - Pergunto, também levantando. Weller fica de pé, parecia agressivo, com mais raiva por eu ter perguntado.

- Você me provoca, e quando eu avanço você para. Eu achei que você queria. Eu sempre acho que você quer. - Eu estava chocada.

A Garota e os ZumbisWhere stories live. Discover now