As fisgadas continuavam e se tornavam cada vez mais fortes. A dor era quase insuportável, e logo Louis sentiu sua lubrificação natural começar a escorrer em grande quantidade. Ele ouviu quando todos os alfas começam a rosnar e tentar chegar até ele, mas por sorte estavam sendo impedidos pelos professores (também alfas mas todos com seus ômegas, por isso não eram afetados pelo cheiro do menino). Por ser um cheiro extremamente forte e diferente dos comuns, era mais fácil dos alfas sentirem e ainda mais fácil deles perderem o controle.

- Harry... - Louis sussurrou na tentativa falha de chamar o alfa.

Por fim, juntando todo os resquícios de sua força, ele encheu seus pulmões de ar e gritou o mais alto que conseguiu...

- HARRY!

~*~

Harry's P.O.V.

- E esse problema pode ser resolvido facilmente se vocês aplicarem o teorema de... - Paro de falar quando ouço, meio que ao longe, a voz de Louis me chamando e junto com sua voz um leve resquício de seu cheiro.

E, como se algum instinto ou certa intuição me dissesse para eu procurar Louis imediatamente, eu apenas deixo a sala e me ponho a correr pelos corredores do enorme colégio. Não sei porque mas uma sensação de desespero se instalou em meu peito, e isso só me faz procurar por ele mais freneticamente, porém não sei como encontrá-lo.

De repente é como se minha mente tivesse tido um estalo e algo dissesse para farejar seu cheiro...

E bingo!

Quadra. Louis está na quadra!

Corro feito um louco até a quadra, que se localiza praticamente do outro lado do colégio, e vou esbarrando em alunos e professores, mas por fim chego. Assim que entro, posso sentir o cheiro de jasmim que só Louis tem por todo o lugar, literalmente! Vários alfas rosnam e tentam chegar até o pequeno corpo deitado exatamente no meio da quadra, porém são impedidos por alguns professores e funcionários... E só então eu entendo toda a situação...

O heat de Louis começou.

Puta. Que. Me. Pariu.

Preciso fazer algo!

- CHEGA! - Rosno extremamente alto e vejo todos se calarem. Ômegas abaixam a cabeça e alfas recuam. - ELE É MEU ÔMEGA, NÃO OUSEM CHEGAR PERTO! - Digo e vou até Louis.

Me ajoelho ao lado do mais novo e o vejo chorar, provavelmente pelo dor. Meu coração se parte em mil pedaços ao vê-lo daquela forma tão quebrada e necessitada...

- Hey, amor... - O chamo, e assim que ele escuta minha voz abre os olhos e pula no meu colo, se esfregando e tentando de toda forma se aliviar.

- Hazz... F-Faz parar... Por fav-vor... Faz a d-dor p-passar... - Ele praticamente implora, e isso faz meu peito se apertar. Nunca havia visto de perto o quão doloroso pode ser um heat de um ômega, mas tenho uma leve noção quando tenho meus huts.

- Shhh... Eu vou cuidar de você, Boo! - Levanto com o menino ainda em meu colo e vou em direção ao estacionamento.

No caminho até o carro tenho que lidar com vários e vários filhotes de alfa querendo chegar até Louis, uns até mesmo se atrevem a rosnar pra mim e tentam me encarar, mas apenas com um olhar os faço recuar. Porém, ainda assim, eu não os julgo. O cheiro desse ômega é o único que em todos esses anos foi capaz de burlar o efeito das pílulas supressoras e despertar meus instintos de alfa de uma tal maneira a ponto de me deixar fora do ar, assim como todos eles. E também, sua lubrificação natural está escorrendo aos montes, e isso com certeza só piora a situação.

DUPLE (Larry A.B.O.)Where stories live. Discover now