Um solavanco me desperta e acordo meio assustada. Kay, Môni e Lili estão rindo da minha cara, olho pela janela e vejo estrelas no céu.

Já anoiteceu?

"Aonde a gente tá" - pergunto me espreguiçando

"Chegando em Cidad del México." - Lili diz enrolando a língua num portunhol estranho.

A aeromoça nos informa que estamos chegando e pede ara sentar-mos e colocar os cintos de segurança.

Nossa escala na Cidade do México leva quase três horas. Entre atrasos e reabastecimento da aeronave.

Quando entramos mais uma vez no avião, já é madrugada.

Estou esgotada, não sabia que viajar de avião assim cansava tanto. Mas não me arrependo. Não mesmo.

"Cê tá tão quieta, Tina. O que houve?" - Môni me pergunta quando soltamos os cintos.

"Minha cabeça tá um caos, Môni. Eu nem sei por onde começo."

"Mas a gente não veio aqui pra pensar, Val. A gente veio pra Cancún pra curtir." - Kay relembra e as outras duas concordam

"Você precisa esquecer um pouco de tudo. Esquece que seus irmãos são uns malas e foca na suas férias. Isso é o que importa." - Môni diz acariciando meus cabelos

"Vou tentar."

"Tentar não, coleguinha. Você vai relaxar. Nem que seja à força." - Lili me ameaça. Eu só confirmo com a cabeça, sem forças para debater com elas.

Quando, enfim, chegamos a Cancún, são quase cinco da manhã. Com a cabeça doendo de sono e um jetlag filho da mãe, eu só consigo pensar em ir para o hotel.

"A gente pode, por favor, ir para o hotel?" - o sono está quase me consumindo e estou à beira de dormir em pé no meio do aeroporto.

"Calma que tem um carro vindo nos buscar." - Môni diz olhando para o celular.

"Carro? Você pensou em tudo, hein Môni." - que bom que tem alguém vindo nos buscar, tô louca por uma cama.

"Vem, o carro já tá lá na entrada."

Saímos arrastand nossas malas e, meu Deus, parece que minha mala engordou na viagem.

Quando chegamos na calçada do aeroporto, um homem segura uma placa escrito: Srta Calcanho. Môni logo se apressa e vai ao encontro do moço careca e gordinho.

"Buenos Dias" - ele nos comprimenta e se apresenta com Hernández. Seu Hernández nos ajuda a guardar nossas malas e a entrar no carro.

"Para tu casa, chica?" - seu Hernández pergunta para Môni e ela sorri afirmando.

Leva cerca de quarenta minutos do aeroporto ao hotel. Ou o que eu pensei ser um hotel.

O sol começava a aparecer no horizonte dando uma iluminação natural à casa, casa não, mansão.

Três andares feitos de mármore branco, com um jardim bem cortado e verdinho. Depois do jardim começava a areia, do que eu entendi ser de uma praia particular. As portas e janelas eram de vidro e toda a casa era branca.

 As portas e janelas eram de vidro e toda a casa era branca

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Amores Pelo Mundo - Série Loucas Para Amar #1Where stories live. Discover now