Valentina Morais só queria conhecer o mundo, mas graças a suas amigas e um site maluco, ela acabou conhecendo nove mundos diferentes.
Mesmo aos vinte e um anos, Valentina não se permite viver, até ter um choque de realidade e aceitar a idéia maluca...
"Parabéns pra você, nessa data querida. Muitas felicidades, muitos anos de vida." - todo mundo a minha volta cantava, gritava, zoava, brincava e eu perdida nos meus pensamentos.
"Vai Val, faz um pedido." - Môni grita. Pedido?
Pedido?
O que eu quero?
Conhecer o mundo!
Me apaixonar pelo Mundo!
Ser livre!
Penso nisso enquanto assopro as velas dois e um.
Vinte e um sendo tratada como se tivesse dois anos.
Ou pior, porque com dois meus pais ainda me tratavam bem, mas hoje... Nem no meu aniversário eles vieram. E a festa é na casa deles.
Minha disse que tinha compromisso na capela lá na Vila. Meu pai nem sei, acho que nem desculpa nenhuma ele deu. Simplismente não apareceu.
"Ei vem, vamos aproveitar sua festa." - Kay me desperta. Olho para minha volta e está tudo tropical. Um Havaí dentro da minha casa.
Elas capricharam, colocaram mini palmeiras na decoração. Bolas, quadros, tem de tudo aqui. Elas arrasam.
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Olho para as piscinas e ainda estão cheias. Esss paulistas se amarraram nas piscinas. Que bom que gostaram.
Volto a olhar para a Kay, ele está com olhos apreensivos. Minha amiga é tão preocupada com os outros.
"Tô bem, Kay. Só um pouco chateada. Fora isso, tudo em paz."
Ela ainda me encara, estuda meu rosto e eu dou um sorriso de leve para ela. Ela estende sua mão pra mim e eu agarro. Não preciso saber o porque, se minha amiga precisa de mim pra qualquer coisa eu estou aqui. E vou estar aonde ela precisar.
"Vamos trocar de roupa para o luau."
"Uau, a gente tá mesmo na Havaí hein." - ela ri do meu falso entusiasmo - "Quando o MacGarret vai aparecer?"
Agora ela ri de gargalhar. Nossa série favorita desde sempre. É uma das únicas séries que nos quatro vemos juntas. As outras a gente não consegue esperar uma pela outras e vamos vivendo assim. Mas Havaí 5-0 é nossa ohana. Amamos.
"Queria que ele viesse me prender agora, mas tá difícil. Ele ainda tá afim da sem sal da Cat." - subimos as escadas rindo, entramos no meu quarto ainda falando sobre a série.
"Veste isso." - essa foi a única coisa diferente que falamos. Nos trocamos e fomos a direção à fogueira.
Uma enorme chama já estava acessa. O friozinho de julho ajudou para fica mais aconchegante.
Lili e Môni chegam trazendo alguns lanches e umas garrafas de cerveja.
Pego uma garrafa e dou um gole. A bebida gelada desce refrescando minha garganta. Gelada e forte. Do jeito que eu gosto.
