Sombras /T.V.D

Capitulo-22

                            1864

"Meus pés tremiam, e o ar era mais pesado do que eu avia sentido antes. Abri meus olhos,e eles ardiam sobre a luz, olho para o céu e vejo que o dia está mais lindo e reluzente do que antes.
Então, me levanto assustado e procuro sobre meu estômago a bala que me acertou. Tento achar algum ferimento mais não vejo nada a não ser a camisa com a mancha de sangue e um misterioso anel entre meus dedos.
-Katharine pediu para fazer, algumas semanas. Isso te protege do sol. - diz Emelly
-Onde estou?- digo preocupado.
-Na pedreira ao norte da cidade- diz ela-Eu e meu irmão o trouxemos pra cá ontem. Vocês estavam mortos na floresta.
-onde está Damon?- ela eleva os olhos como se tivesse me mostrando uma direção. Então sigo e vejo Damon sentado.
Mil pensamentos me invadem e fiquei apavorado por talvez ser um vampiro ou um demônio como meu pai chamava.

-Eu sou... eu sou...- gaguejo tentando segurar o medo dentro de mim.
-Ainda não. Você está em transição.
-Mas como? Eu eu não...- antes que eu terminasse ela me interrompe.
-Tinha o sangue da Katherine no seu organismo quando morreu.
-Não! Eu nunca!- fico indignado ao perceber que Katherine esteve me manipulando.
-Ela fez você beber sangue durante semanas Stefan-diz ela.
-E Damon?
-Ele não precisou ser forçado. Ele bebeu por vontade própria...- ela me olha pega a cesta de flores e entra na cabana.

Decidi ir ao encontro de Damon. Que estava sentando à beira da Pedreira cuja o som era tão alto que eu mal podia suportar.
Me aproximo e antes que eu sentasse junto à ele.

-Acordei ontem à noite. Sem saber onde eu estava. Fui até a igreja. E vi quando a arrastaram para dentro. Depois eles colocaram fogo. E a igreja foi engolida pelas chamas.
Mataram ela Stefan.- ele me olha com uma expressão que eu nunca havia visto desde o funeral de nossa mãe.

Por mais que eu quisesse dizer algo, eu não consegui dizer. Só pensava em o quanto tinha sido doloroso sentir um vazio dentro de mim deixado por Katherine. Eu não sabia se me derramava no desespero ou se eu ficava de luto.

-Ela se foi.- diz Damon com os olhos cheios de lágrimas.

Passamos a tarde ali. Tirando o sangue de nossas roupas na pedreira, e sentindo todos os instintos e sensações que nos traziam perturbação.

-Meus olhos estão ardendo!- reclama Damon.
-Faz parte. Tudo isso, a dor, os músculos enfraquecendo. Emilly disse que só passa se complementarmos...
-A transição.- diz Damon me interrompendo.
-Você vai?- pergunto o encarando.
-Tudo isso só fazia sentido por causa dela Stefan... agora que ela se foi, não quero mais. Vou me deixar morrer.

As palavras do meu irmão saiam como a água, e eram mais decididas do que as minhas. Naquele momento eu só senti remorso, e eu queria me despedir da pessoa que eu mais me importava além de Katherine.
Então ao anoitecer, saio e vou para a minha antiga casa. Passo perto da janela do escritório de meu pai. E o ouço ele ditando o acontecimento pela morte minha e de Damon com o Sr Gilbert.
Espero até o Sr Gilbert ir embora. Então surgi atrás de meu pai.

-Não se aproxime!- exclamou ele segurando um pedaço de madeira grosso e áspero.
-Pai calma sou eu...- digo tentando me redimir.
-Meu filho está morto! Você não existe mais, é um deles.
-Pai eu vim me despedir, eu vou me deixar morrer para não completar a transição.
-Você não tem nada que se despedir.

Em questão de segundos, meu pai tenta se aproximar. E eu arremesso-o pra longe e ele acaba se perfurando com o pedaço de madeira.

-Pai! Meu Deus!- digo.
-Não toque em mim!- ele levanta as mãos tentando se proteger.
-Pai! Calma!- digo olho a aquilo encravado na sua barriga.
-Não por favor não! - implora.