Albert deu meia volta e saiu e eu nem tive tempo de consertar seu cabelo que estava todo bagunçado, nem de zoar pela cara de sono que ele estava... E eu não entendi! Eu não entendi porque ele deu aquela gritaria, me acusou de algo que eu não fiz, terminou comigo por um motivo idiota é completamente sem noção. Nunca passou por minha cabeça trair o Albert e principalmente com o Teddy, eu o amo, eu o amo muito e nem imagino minha vida sem ele! Ano passado tivemos uma crise em que ficamos separados um certo tempo, e eu me senti incompleta, faltava algo dentro de mim e eu sonhava com ele todas as noites e pedia proteção pra ele e pra família dele; porque eles são a minha segunda família, também são meus portos seguro. -O que aconteceu?-Maria Cecília veio correndo em minha direção e me abraçando.-Por que você está chorando? -Nada.-Enxuguei minhas lágrimas, mas não adiantou muita coisa. -Eu sei que não foi nada e estou aqui pra te escutar. -Albert terminou comigo.-Disse rápido e sem vontade de falar muita coisa. -Como? -ALBERT TERMINOU COMIGO.-Gritei já derramando lágrimas e mais lágrimas. -Meu Deus... Eu sinto muito, Ana.-Minha irmã disse me abraçando.-Mas por que? Sem motivo algum? -Ele disse que eu o trai... -E você o traiu? -Mas é claro que não, Maria Cecília! Nunca nem me passou isso pela cabeça. -E você lhe disse isso? -Disse, mas ele não acredita em mim! Antes que Maria pudesse dizer alguma coisa, meu professor veio em minha direção com um sorriso de orelha a orelha, enxuguei minhas lágrimas e minha irmã mais nova ajeitou meu cabelo. Então depois de me cumprimentar o professor sorriu dizendo: -Parabéns, Ana Júlia. O leilão está ocorrendo tudo bem e está quase acabando, e gostaria de te agradecer por estar à frente junto conosco e nos ajudando em tudo... Muito obrigado. -Eu que agradeço, professor. Seremos futuros médicos, temos que mudar o nosso futuro meio de trabalho, não é? -Com toda certeza, Ana Júlia. -E essas crianças merecem, elas não têm culpa de estarem doentes.-Forcei um sorriso.-Aproveitando a nossa conversa, eu gostaria de pedir para ir mais cedo para casa, pois não estou me sentindo muito bem! -Ia te perguntar mesmo sobre isso, você está com um carinha tão abatida.-Tentei forçar novamente um sorriso.-Claro que pode ir, e muito obrigado novamente. Maria me puxou até meu pai e a Josete, que estavam em uma mesa com a Dona Katy, o Sr. Phyls e a Katllyn. Encostei no ouvido de meu pai e sussurrei: -Preciso ir para casa, eu não estou me sentindo muito bem!
-Poxa, filha. Não dá pra ficar só mais um pouco? Estamos nos divertindo aqui. -Eu te levo.-Alguém sussurrou em meu ouvido. Me virei e me deparei com o Teddy.-Aceita?-Assenti e acenei para a mesa de meu pai dando tchau. Teddy me abraçou enquanto minhas lágrimas desciam, e Maria estava nos acompanhando revirando seus olhos e não escondendo o quanto odiava o meu amigo. Passamos pela frente e eu vi o Albert conversando com a Tânia e eu senti vontade de me esconder pra sempre.
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A menina que ele zuava 3
RomanceBem, geralmente os jovens quando terminam o colégio eles já estão providenciando a faculdade que querem e fazendo todos os vestibulares possíveis. Alguns vão direto para a faculdade; no caso da Ana Júlia. Outros demoram tempos até para decidir a fac...