33º capítulo

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-Eu achei esse lindo!-A vendedora se animou, devia estar louca para alugarmos logo o vestido e sairmos de lá.            -Não, nós não gostamos.-Maria retrucou.-Estamos em dúvida em cinco vestidos, acho melhor você experimentá-los novamente, Jó.-Josete assentiu e foi para o provador. Meu celular tocou e me levantei urgente para atender: era o Albert. "Oi, amor." "Oi, Albert." "Está de tpm, né? Porque está com um mal humor." "Ah, não é isso não, meu bem. Estou ajudando a Josete com o vestido do casamento." "Achei que só eu, o seu pai e o Tobias estávamos escolhendo o terno dele. Meu sogro está confiando em meu estilo, fico feliz!"                                         "Besta." "Acabei de receber uma mensagem do Caio..." "Mas é meio óbvio, vocês são amigos irmãos. Você, o Caio, João Pedro e Marcos." "Está vendo? Está grossa hoje!" "Para, Albert. Não estou grossa!" "Então, o pai dele está chegando na cidade. O pai, a madrasta e o irmão dele que é um moleque fera no futebol..." "Eu lembro que vocês foram encontrar o irmão do Caio com ele, fico feliz por ele e o pai terem se aproximado depois de tantos anos."                                                "E ele quer que nós jantemos com eles. Nos convidou na maior alegria do mundo, e pediu pra você levar a Maria." "A Maria adora vocês e se sente parte do nosso grupo de amigos."     "Deixa ela..." "A Renata vai?" "Eu acho que o Caio a convidou. Se você não quiser ir eu invento uma desculpa para ele e..." "Não, eu gostaria muito de ir!" "Certo. Eu passo na sua casa às sete e pego você e sua irmã e iremos. Hoje eu sou o motorista." "Você precisa me ensinar a dirigir, eu ainda não aprendi, sabe?" "Prometo que te ensino, bem. Não é a toa que já tenho carteira." "Você é muito besta, Albert. Beijo, preciso ir. Até mais tarde." "Beijo, meu amor." -E então?-Minha irmã perguntou tomando meu celular de minha mão. -Está lindo. E devolve isso, Maria.-Reclamei pegando novamente meu celular. -Acho que deve ser esse mesmo! -Você precisa primeiramente perguntar a Josete se ela gostou deste vestido...-Maria Cecília me deu língua.- Você gostou dele, Jo? Achamos maravilhoso! -Eu amei ele, vamos pegar mesmo ele?-Sorriu e nós assentimos.-Ele está muito lindo mesmo! Era um vestido longo branco e que a cauda do vestido era grande, ele era de manga comprida e a manga era de renda e uma luva cobria a mão, que vinha do próprio vestido. E na parte da cintura havia umas pedrinhas prateadas. -Você vai ser a noiva mais linda do mundo, Jo!-Sorri.
-E vocês as daminhas mais lindas do mundo inteiro!
Corremos e lhe demos um abraço. Um abraço muito apertado, um abraço de mãe e filhas. Josete é a pessoa ideal para ser nossa segunda mãe e fazer o papel de mãe em nossas vidas, já que a nossa infelizmente faleceu há alguns anos.                                           Ela está lá em casa desde que eu nasci, ou até mesmo antes disso, e depois da morte de minha mãe ela e meu pai e alguns anos depois começaram se apaixonar, um pelo outro...                                                      Pegamos um táxi e fomos para casa, e combinamos tudo certo com a mulher do aluguel de roupas.                              Maria Cecília e eu amamos muito a música, pois ela nos lembra a nossa falecida mãe, que com certeza será a nossa paixão pelo resto de nossas vidas.                                                         -Moço, você não pode ligar o rádio não?-Maria gritou e senti vontade de enguarguelá-la.                                       -Maria, deixa o homem em paz.-Murmurei.                                                -Não estou fazendo nada com ele!-Revirou os olhos.-Só estou pedindo para por uma música, serei apedrejada por isso mesmo?                                       -Você é tão dramática, Maria Cecília...-Suspirei.-E não precisa ligar o rádio não, moço. Estamos perto de nossa casa mesmo.                                           O homem era calado e não nos disse nada. Olhei para Maria achando isso completamente estranho e quando vimos já estávamos em frente a nossa casa e enquanto descíamos nós vimos ele conversando com a Josete e lhe dizendo quanto dera a viagem.             -Maria, vamos jantar fora hoje.                    -E por que ninguém me chamou também?-Josete apareceu de repente nos abraçando.                                             -Desculpa, Jo. Recebi convites.-Aleguei.                                                  -Preciso olhar em minha agenda ainda, desculpe-me.                                          -O pessoal todo vai, Caio nos chamou para jantarmos com o pai dele, a madrasta e seu irmão mais novo...           -Acho que não vou, não quero aturar crianças pirralhas, sabe?                          -Ele tem a sua idade, a não ser que você seja pirralha...-Dei de ombros.          -A Renata também vai?-Mordeu seus lábios pequenos como os meus.           -Eu não sei te responder essa pergunta, mas se for não tem problema, não é mesmo?-Dei de ombros.-Ela é amiga dos meninos também e é  vacinada, sabe muito bem o certo e o errado.                             -Oi, oi.-Maria cumprimentou os seguranças que apenas sorriram e nos deixaram entrar.                                       [...]                                                              -Você cresceu tanto, Maria.-Lhe abracei enquanto olhávamos no espelho do seu quarto.-Lembro de você tão pequena, está uma moça.      -Quinze anos não é brincadeira.-Sorriu.                                                       Observei como minha irmã mais nova estava: com uma jardineira jeans de saia e uma camisa azul por dentro, com um brinco grande dourado, seus cabelos presos em um rabo de cavalo alto e sapatilhas azuis. Eu? Eu estava com um vestido preto longo e uma sandália rasteira e meus cabelos soltos e naturais, e o mais importante acessório: o colar meu e do Albert.            -Você está linda, Ana.-Maria elogiou.       -Elogios seu? Bem, estou desconfiada que você queira algo.-Brinquei e lhe dei um beijo na cabeça.-Mas você também está linda, Maricece.-Ela sorriu e acenou com a cabeça.                 Logo ouvimos um grito na escada e rimos muito: era o Albert nos gritando para que descêssemos logo.                     Quando descemos nos deparamos com ele e com o João Pedro. Albert enlaçou nossos braços e João fez o mesmo com Maria, que lhe deu um tapa na cabeça.                                              Entramos no carro, eu na frente ao lado do meu namorado e os dois pirracentos estavam no banco de trás.     -Por que o Marcos não vai com a gente?                                                         -Porque ele vai com a Renata.-Engoli em seco.                                                      -Soube do que a Renata fez com você...-João confessou.-Muita mancada.                                                      -Muita mesmo!-Concordei suspirando.

A menina que ele zuava 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora