Chap.2

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O meu desânimo pode se sentir a km, eu simplesmente não quero sair daqui. Posso não ter ninguém mas foi aqui que cresci, foi aqui que conheci a vida. Mas agora já não interessa, parece que é hoje o "grande dia". Passou-se já uma semana desde o "grande anúncio", não dirigi a palavra a ninguém a não ser o Brian e ele está muito estranho jeez.

***3 hours later***

  Aqui estamos nós, num carro a ir para não sei onde. Só me lembro de agarrar no telemóvel e meter a minha playlist favorita "random shits", meto alto o suficiente para não ouvir a voz dos meus pais. Eu não sei se estou a ser demasiado dura com eles, mas eu fiquei mesmo magoada por não ter sido avisada da nossa situação. Estou com uma certa apreensão e medo, disto tudo. Lado positivo: ninguém me conhece, nem nunca me viu ou seja posso reconstruir a minha vida social.

(Dudes eu vou fazer pausas nestes capítulos ou seja não vou detalhar cada dia e cada minuto destes 3 anos, sooo vai ser curto.) (Ah e devem ter reparado que está história está no português de PORTUGAL, é diferente do português brasileiro por isso seja compreensivos por favor, thank you.)

***5 weeks later***

Era o que eu estava a prever, Portugal. Isto não pode ficar pior, não pode mesmo. Mas anyways, já estou cá há cerca de 5 semanas e vou começar a escola amanhã, deverei me preocupar?
Não tenho nada preparado, tenho apenas uns quantos cadernos e umas canetas, não tenho manuais (como é óbvio, sad.). Vou entrar então para uma secundária vou para um curso que se chama humanidades? Eu realmente não faço ideia, mas era o único curso que era similar aquele que eu tinha em França, yay, i'm sooooo happy, that will be sooooo fun ha ha.

****segunda-feira de manhã****

Okay, Juliette é agora. Escolhe a porra da roupa que não te faça passar por uma weirdo ao lado das outras raparigas. Eu nem sei como são as gajas (bad word) aqui, aposto a vida que todos têm o cabelo semi-longo a longo e bastante claro ou com madeixas loiras ou whatever.
Depois de passar 5 bons minutos a frente do guarda roupa escolhi algo de bastante simples: um body de riscas amarelas, bordeaux, castanhas (cores bastante deslavadas e escuras btw) escolhi umas calcas de cintura alta pretas e um casaco de ganga preto as well. O meu cabelo estava bastante comprido e meio loiro devido a descoloração que lhe tinha feito há uns meses atrás. Deixei o solto e questão maquilhagem não fiz nada de mais, apenas rímel e sobrancelhas e um batom claro. Basic girl around here aha.
Não tomei pequeno almoço, apenas fui para a escola com Brian que não fez esforço nenhum ao se vestir o que me fez dar uma gargalhada quando o vi na entrada a minha espera.

Havia 3 ou 4 escolas não faço ideia, ele ia para a do meio e eu para a de baixo. Fui levá-lo até lá em cima, quando chegamos aquela escola apercebi-me de um número absurdo de raparigas de mãos dadas ou abraçadas a rapazes. Troquei um olhar confuso e assustado com o meu irmão e uma senhora veio buscá-lo para lhe mostrar os arredores.

Comecei a caminhar para baixo, quando esbarro com um rapaz loiro de cabelo MUITO encaracolado, devia ir para as aulas na escola de onde acabei de sair. Diria que tem entre os 13 e 14 anos mesmo sendo alto, pude reparar que tinha olhos azuis escuros, estranho.

???: ah...ham....peço desculpas -o rapaz parecia hipnotizado, o que me fez dar uma gargalhada-
eu: Eu que peço desculpas, devia ter estado atenta - saio dali o quanto antes, sem mesmo tê-lo deixado argumentar-
???: Não f...-nem o deixei acabar que eu já estava longe-

A medida que eu me ia afastando podia sentir o olhar dele sobre mim ou sobre outro ponto sei lá.

Cheguei então a tal secundária, que estava vazia por sinal, acredito que eu esteja bem atrasada. Dirigi-me até ao painel onde estavam as turmas, procurei "Humanidades" e para minha sorte havia duas, FUCKING DUAS.

Eu: Caramba onde estão os nomes dos alunos? - eu já estava a desesperar-
???: Aluna nova?
Eu: Oh a sério? Pensava que já estudava aqui há 5 anos. -revirei os olhos para o rapaz-
Hum, não muito alto, cabelo castanho, não olhei para os olhos, nada de mais
???- Como te chamas?
eu: Juliette.
???: Uau que diferente, eu sou o João, prazer.
Eu: Não me lembro ter perguntado, além do mais tenho aula e ainda preciso encontrar a sala e a turma que irei pertencer, por isso tchau.
João: hm okay, que curso?
Eu: Humanidades.
João: Ah okay, es da minha turma então. Sala 17.
Eu: okay. - Há duas turmas de humanidades, como caramba ele pode saber que eu sou da dele? Ah dane-se, vou nesta mesmo, se não for, azar-

Subi então as escadas e tive um bom tempo a procura da sala. Quando finalmente encontrei, receei em bater mas porra dane-se.
Bati 3 vezes, ninguém, bati mais uma vez e uma mulher abriu a porta.

Prof.1: Oh, deves ser a nova aluna. Entra
eu: Obrigada.
Prof.1: fica aqui por enquanto.

Pude sentir todos os olhares em mim, analisei cada pessoa ali presente. Mais raparigas do que rapazes.
Pude perceber uns risinhos lá do fundo mas não prestei atenção.

Prof. : Muito bem, podes te apresentar a turma.
Eu: Olá sou a Juliette, venho de outro sítio. Posso me ir sentar?
Prof.1: Mas tu não disseste quase nada...
Eu: Disse o suficiente para saberem me reconhecer.

Dito isto fui me sentar lá ao fundo de tudo, a minha frente estava um rapaz que parecia depressivo ou sei lá. Não me importei muito e voltei ao trabalho.

***Intervalo***

Mal saí da sala dezenas de pessoas vieram falar comigo. Uau isto nunca tinha acontecido, realmente pela primeira vez senti que existia. Isso durou pouco tempo pois 1 semana depois já ninguém me dirigia a palavra. Mesmo assim, eu quero que seja diferente estou farta de ser a rude da escola, a anti-social. Vou ser simpática para todos afinal é mais 3 anos, daqui a nada tenho 18 e poderei voltar as minhas origens.

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Olá, tenho noção que este capítulo está um pouco confuso, mas a história mesmo começará no capítulo 4 ou 5. Isto é apenas uma sinopse de acontecimentos passados na vida de Juliette. Btw não farei alusão ao sítio onde ela se encontra pois não tenho conhecimento de aldeias portuguesas , apenas uma mas não irei usá-la.

amar sem sentimentosWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu