"amor, tenho que ir, beijo e te amo..."

Essas lembranças foram como um soco no meu estômago.

Olho para trás, ela esta andando, ela não está no skate... sinto um lágrima cair. Eu não vou perder a garota que eu amo.

Corro até ela, a cada passo que eu chegava mais perto, surgia uma nova frase que eu poderia falar para ela, que logo era eliminada.

Quando chego nela, eu puxo o seu braço, o que faz com que ela olhe para mim confusa, ela com certeza não esperava que eu a chamasse.

Soph: o que...

Blake: não, não vou deixar você. Eu vou ser um babaca egoista, por que é isso que eu sou. Não vou dar o espaço que você precisa, por que eu preciso de você. Não me importa se você me odeia com toda a sua força, eu não vou deixar você se afastar de mim. E se for preciso eu vou para a Itália, Egito, Estados Unidos, e até mesmo Japão. Mas eu não vou deixar você ir para longe de mim._ jogo tudo em cima dela.

Soph: o que você quer dizer?_ pergunta como se quisesse confirmar algo. E ela quer. Ela quer que eu fale com todas as sílabas. E é isso que vou fazer. Já fiz isso antes.

Blake: eu quero dizer que, eu te amo porra._ ela me olha de uma tal forma, que me faz ficar com mais adrenalina ainda._ Amo o seu sorriso, amo o seu soco em mim, amo o seu jeitinho marrento e fofo ao mesmo tempo. Eu simplesmente amo. E agora que eu dei conta disso, não vou deixar ninguém te machucar, te magoar, te ferir. A partir de agora, você ganhou um maldito cão de guarda que sei que você vai chutar, bater, maltratar. Mas o mais importante, que não vai sair do seu lado. Por que eu te amo. Te amo de uma tal forma que chega a doer.

Soph: Müller..._ ela não tem palavras, e eu não consigo ler sua expressão. Olho cada detalhe do seu rosto. Sinto que ela vai me dar um soco agora.

Soph ergue a mão na altura do meu rosto, fecho os olhos rapidamente numa tentativa imbecil para aliviar a dor que logo se permaneceria ali. Esperando por um soco, sou surpreendido quando ela apenas puxa minha cabeça e tronco num abraço.

Ela não vai me bater!

Entrelaço meus braços em volta de sua cintura. Deixo o meu rosto na curva de seu pescoço, respiro bem fundo. Quero memorizar esse momento.

Soph: você é um babaca.

Blake: eu sou o seu babaca.

[...]

Soph narrando:

É tão estranho entrar nessa merda de escola, estão todos olhando para mim nesse exato momento. Minha expressão esta seria, olho para frente. Não to afim de papo.

Mas sei que todos estão me olhando e cochichando sobre a minha volta. Mesmo estando no fim da primeira aula, tem muitos alunos aqui.

Caminho con passos confiantes até a minha sala, e quando chego nela, não bati, apenas entro. Chamando atenção de muitas pessoas, é claro, de quem eu queria chamar atenção.

A professora me olha com um olhar de cansaço, ela estava usando uma toca, que eu logo estranhei. Desvio o meu olhar para as pessoas que me olhavam, todos estavam com medo no olhar, só estava a metade da sal, ou menos.

Vou até o meu lugar, que estava preenchido com um dos cães de guarda da minha priminha. Chego bem perto dele, ergo a minha sobrancelha.

Soph: esse lugar é meu._ ele me olha dos pés à cabeça.

Thiago: as coisas mudam, querida._ ele sorri.

Soph: claro que mudam, e a sua bunda vai mudar de redondinha para amassadinhos se você não sair do meu lugar._ sorrio ao ver o seu sorriso morrer._ E você sabe que eu sempre cumpro minhas,_ penso no que dizer._ quero dizer, meus avisos.

A vida de uma garota fora de serieWhere stories live. Discover now