- É o que vou fazer. - ele me beija de leve. - Sabe o que eu estava pensando?

- Que sou uma ótima namorada?

- Não. Mas você é. - sorrio para ele. - Lembra que eu disse que um dia sairíamos para jantar em um restaurante chique para eu poder usar um terno e você me surpreender com algum vestido?

- Lembro. Isso é um convite para jantar?

- Sim. Na segunda-feira, porque amanhã vamos embora cedo para tentar passar o dia com seu pai. O que acha?

- Acho boa ideia, mas eu não garanto que meu pai vá querer um tempo conosco.

- Podemos tentar ao menos. - ele diz beijando meu ombro. - Seu pai já tentou algum tipo de tratamento?

- Não. Meu pai nem mesmo aceita que é alcoólatra, quando a gente toca nesse assunto ele fala que é besteira nossa.

- Um dia ele pode entender.

- Ele vai, eu sei que vai. - sorrimos um para o outro. - Agora vou subir para tomar um banho, olha o estado do meu cabelo.

- Também vou subir, te espero e podemos assistir um filme na sala de tevê.

- Por mim tudo bem, mas é assistir mesmo em? Não fica me agarrando! - É claro que minhas intenções são o contrário do que eu realmente quero e ele sabe.

- Vou tentar me manter distante. Não garanto nada.

Enquanto a água cai sob meu corpo fico pensando em Anna, na crise de choro que teve ao me contar que não conseguiu ir até o fim com Guilhermo. Eu disse um monte de coisas para consolar ela e todas elas foram reais. Uma garota só pode se entregar quando estiver pronta, independentemente de como vai ser.

O final de semana passa rápido, assistimos a um monte de filmes na sala de tevê, andamos de cavalo, brincamos com os cachorros e passamos um bom tempo com o resto da família.

Entramos no helicóptero juntos, eu devia sentir medo mas só consigo sentir adrenalina e alegria por estar aqui. Anthony me beija e sorri. Estamos cada vez mais próximos e envolvidos, gostamos de dizer nossos sentimentos sem qualquer tipo de medo.

Descemos no heliponto do prédio em que Anthony está hospedado, gosto como tudo agora parece tranquilo.

Não entramos em seu quarto, descemos direto para a rua para pegar um táxi e ir para minha casa.

Liguei para minha irmã Alessandra e ela combinou de fazer o almoço na casa dela, só precisamos mesmo passar em casa antes para encontrar meu pai.

- Acha que ele está lá? - Anthiny pergunta quando entramos no táxi.

- Não sei mesmo, mas eu só posso torcer para que sim. - dou de ombros com um longo suspiro. - Ele também pode estar com alguma das mulheres que ele se envolve. Eu nem sei como ainda fico querendo ele por perto.

- É porque você não quer esse homem por perto, você quer o seu pai de antes, está tentando fazer com que de alguma forma ele torne a ser o que era antes.

- Está certo. - me encosto em seu ombro, eu tenho mesmo essa esperança sabia?

- Sei.

Sorrimos um para o outro e nos beijamos.

Descemos do carro assim que Anthony paga o motorista. Antes eu tinha problemas sobre ele ficar pagando um monte de coisas para mim, mas não vejo mais problema algum sobre isso. Não é como se ele quisesse se mostrar ou algo parecido.

Subimos os degraus da escada que sempre range. Já sabemos que meu pai não está porque não vimos sinal do seu carro dele lá fora.

O apartamento da minha avó agora pertence a um casal de idosos e a filha deles. Eles parecem ser pessoas de bem.

Duologia: Curados Pelo Amor - Um Novo ComeçoWhere stories live. Discover now