Capítulo 2 - Audácia e Honra

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Naruto Uzumaki se via enclausurado nas gélidas celas subterrâneas

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Naruto Uzumaki se via enclausurado nas gélidas celas subterrâneas.

Fazia dois dias que o privaram da comida. Não se importou, era pra estar morto. De fato estaria, caso não tivesse magia... E pela primeira vez na vida a amaldiçoou. Poucos assassinos a possuíam, e os que tinham, mantinham sigilo, sua revelação atrairia muitos olhos traiçoeiros.

Arrastando-se para o feno no canto da cela, se manteve sentado o quanto pôde. A cicatrização da ferida em seu abdômen estava lenta por causa das noites mal dormidas à procura de informações dos guardas de passagem, e a sujeira naquele lugar não ajudava. Enquanto fazia um curativo mediano com a bandagem que sobrara, os guardas de merda conversavam sobre as mesmas coisas monótonas: assassinos a espreita, a princesa que chegaria em breve e sua maldita possível morte.

O falatório cessou quando havia decidido deitar, fazendo-o xingar baixinho. Ele fez um esforço para chegar mais perto das grades para ver o que tinha acontecido, porém antes que aproximasse totalmente, recuou um pouco ao ouvir murmurarem: o prisioneiro só receberá comida caso a assassina de Arkanti aceitasse casar com o rei.

Um tremor lhe percorreu a espinha. Um o que alto escapou dos lábios.

Antes que percebesse, um guarda rechonchudo estava diante de si, visivelmente irritado, erguendo o cabo da espada em sua direção. O garoto obrigou-se a desviar, porém seu corpo não obedeceu. Desmaiou antes de atingir o chão.

No dia seguinte ao acordar, comida e bebida fresca estavam a sua frente. Algo dentro do jovem se partiu... tão intensamente que pensou ser um osso.

Recusou-se comer nos primeiros minutos, era um inútil... Todavia, Sakura submeteu-se aquela atrocidade por sua causa, ela precisava de sua ajuda. Não seria um fardo novamente.

Em um instante a comida fora devorada.

● ● ●

A serva andava cautelosamente pelos corredores do palácio á caminho do quarto da assassina, tochas cintilavam ao passar despertando certo anseio na garota.

Minutos outrora, seu chefe havia pedido um voluntário para que servissem a nova convidada, pois sabia que o medo afetaria o trabalho, porém, ninguém ousou. Percebendo o desastre, a jovem deu um passo à frente.

― Eu vou. ‒ disse. As outras que estavam ao seu redor olharam-na horrorizadas.

― Não vá! ‒ berrou uma morena de cabelos vermelhos. ― Dizem que ela usa a luxúria para tentar os inocentes, seja homem ou mulher. É um demônio!

A garota perdendo o autocontrole gargalhou alto em escárnio.

― Então será mais divertido. ‒ retorquiu.

Assustadas, elas se afastaram indo em direção à saída, enquanto a Menina Carmim dizia:

― Senhor, expulse-a, é uma herege!

Ignorando a Carmim, o senhor analisou-a da cabeça aos pés. Medo estampavam seus olhos, mas seu rosto demonstrava tédio e desinteresse.

― Pegue suas coisas para seu trabalho, e saia. Não irei tolerar tal comportamento novamente, isso serve para todas. ‒ falou. Olhando a partir dela, as garotas a porta, se demorando na Carmim, percebeu ela.

Nesse tempo, a menina deu largos passos para a saída, fazendo as jovens dispersarem como um desabrochar. Ainda ria quando fechou a porta atrás de si.

A criada entrou no quarto da assassina sem bater, era seu trabalho, é claro.

Um baque surdo soou, seguidos por passos apressados. Ao piscar, olhos esmeraldas encaravam-na a um dedo de distância. Um gritinho agudo lhe escapou.

― Quem é você? ‒ não era uma pergunta, era uma ordem.

― Servirei você. ‒ respondeu, erguendo o queixo.

Sua sobrancelha arqueou levemente, deixando-a mais bela. Recuou um passo, dois, e se virou, caminhando para a cama. E a garota notou que seus passos estavam "lentos".

― Faça o que tem de fazer. ‒ disse ao se cobrir despreocupadamente.

― Qual é seu nome? ‒ quis saber a criada.

― Está me perguntando para que eu pergunte o seu?

― Não.

A rosada riu baixinho.

― É Sakura.

― O meu é Temari.

― Bom Temari, ultimamente parece que ando muito sonolenta, então, por favor, me deixe dormir.

Temari se aproximou, cedendo a curiosidade. Ao olhar para Sakura deitada, realmente notava-se uma semelhança com a lenda do demônio lascivo.

― O que está olhando? ‒ a pergunta repentina a assustou fazendo com que desviasse o olhar, mas voltou rapidamente à atenção.

― Você realmente é um demônio? ‒ indagou a jovem.

O que?! ‒ nesse momento a rosada sentou-se.

― Nada. O que você tem tomado?

― Por quê? Você é muito curiosa menina. ‒ falou, olhando-a de cima a baixo, como se desse importância a sua existência naquele momento. Aparentemente era alguns anos mais nova.

― Seus passos estão lentos, para uma habilidosa assassina.

A assassina semicerrou os olhos, e um brilho reluziu ali. Que bom, havia despertando seu interesse.

― Apenas água. ‒ disse por fim.

Temari ficou pensativa, posteriormente concluiu:

― Não, não é a água, tem que ser um liquido mais espesso para se dissolver...

― Está se referindo a alguma droga? Porque fui drogada recentemente, e tenho fortes dores de cabeça, você é uma curandeira?

A menina gargalhou alto, típico.

― Não, mas minha avó é, e trabalha aqui. Você sabe que foi drogada e não procurou uma?

― Você acha mesmo que me deixariam perambular pelo castelo? Sou. Uma. Assassina. O que há de errado com as pessoas daqui, não compreendem isso?

A garota ia abrir a boca para replicar, mas Sakura continuou, interrompendo-a.

― Explique onde é.

Flor de Rubi [REVISÃO]Where stories live. Discover now